Nos últimos dois meses, a maior parte do território
norte-coreano vem testemunhando uma grande seca, principalmente nas regiões da
parte oeste do país. Altas temperaturas o afetaram desde o dia 30 de abril,
chegando a atingir 27 graus celsius em Pyongyang, 26,6 em Phyongsong, 27,4 em
Sariwon, 26,7 em Haeju, 26,9 em Kaesong e 22,2 em Nampo.
Nos dias 13 e 14 de maio, a maior parte do país, com exceção
das províncias de Ryanggang e Jangang, testemunharam precipitações de chuva, porém
em quantidades insuficientes para superar a seca. Desde o dia 26 de abril até
20 de junho, Pyongyang registrou 2 mm de chuva, 5 mm na cidade de Haeju, 4 mm
em Phyongsong, 1 mm em Sinuiju e 0 mm em Sariwon. A evaporação média leva o
solo a perder o equivalente em quantidades de água de 4 a 8 mm de chuva, e a
umidade do solo encontra-se em 60% no momento. Sem o aumento de chuvas desde
final de maio, a RPDC passou pela menor precipitação de chuvas desde 1962.
Na província de Hwanghae do Norte, mais de 2 mil hectares de
terra e 15% das terras de cultivo de milho foram perdidas. Em Kaesong, 1000
hectares de arrozais e mais de 600 hectares de terra não arrozais estão sem
crescer desde o dia 17 de junho. Na
mesma cidade, 4 hectares de arroz secaram por conta da seca e o cultivo de
novos campos de arroz se mostraram impossíveis em mais de 1600 hectares, por
serem dependentes do regime de chuvas.
No mês de junho, algumas áreas da RPDC foram atingidas por
tempestades de granizos e enchentes. Chuvas de granizo atingiram os povoados de
Pudok e Chongchon no município de Jaeryong, província de Hwanghae do Sul, das
16h50min às 17h35min do dia 12 de junho. O mesmo fenômeno aconteceu em Hamgyong
do Norte, das 14h55min às 15h30min do dia 20 de junho. Tais áreas passaram por
uma precipitação 50 mm em menos de uma hora.
As chuvas de granizo deixaram alguns feridos e algumas casas
foram destruídas. Cerca de 200 hectares de milho e trigo foram perdidos no
povoado de Pudok. Cerca de 12 hectares foram perdidos em Chongchon e 150
hectares em Sinjang.
Segundo Pang Sun Nyo (48), chefe do departamento de serviços
meteorológicos, tal situação tende a persistir até o final de junho, quando em
julho e agosto são esperadas maiores precipitações de chuvas.
O povo coreano agora se engaja numa campanha nacional para
superar os desastres naturais. O Gabinete e o Ministério da Agricultura tomaram
medidas de emergências para prevenir os danos causados pela seca e todos os
setores e unidades estão levando a cabo trabalhos para lutar contra de uma
maneira massiva.
Áreas rurais estão agora preparando trabalhos de reparação e
ajuste de poços, reservatórios de água, tubos de poços e equipamentos de
bombeamento de água e irrigação, irrigando todos os campos com águas das
represas e reservatórios naturais. As províncias de Hwanghae do Norte e Phyongan
do Norte estão fazendo um uso racional do sistema de irrigação para superar e
prevenir as secas. Outras cidades e povoados como Jongju, Sariwon, Thaechon,
Ryongchon e Pongsan estão concentrando o contingente laboral para a irrigação
de cultivos de milho, batata, trigo e cevada atingidos pela seca. Trabalhadores
das províncias de Hwanghae do Sul e Phyongan do Sul estão irrigando várias
áreas todos os dias. Fazenas de Nampo e das províncias de Kangwon e Hamgyong do
Sul estão irrigando campos com sucesso através da organização de brigadas de
trabalho para resolver problemas específicos e fazer um uso efetivo dos
recursos hídricos.
As áreas rurais de Pyongyang levam a cabo projetos de
irrigação através de vários métodos como aspersão hídrica e distribuição de
água em sulcos, por meio da modernização das instalações. Todas as fazendas
fazem o arado e a capinação com inovações técnicas para manter o solo nas
melhores condições possíveis, aplicando fertilizantes orgânicos e estrumes para
resistir à seca.
Seca na província de Hwanghae do Norte |
Seca na província de Hwanghae do Norte |
Camponeses trabalham para superar a seca |
Camponeses trabalham para superar a seca |