sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Na Coreia do sul, Lei de Segurança Nacional continua fazendo suas vítimas


As tentativas que o governo títere sul-coreano tem feito de tentar censurar materiais da RPD da Coreia sob os olhos e ouvidos de seus cidadãos estão se tornando cada vez maiores. E, à medida que o governo vai censurando cada vez mais sítios de Internet sobre a Coreia do Norte, alguns órgãos da imprensa internacional passam a noticiar tal fato. A prisão sumária de cidadãos simplesmente por postarem músicas norte-coreanas foi coberta pela Associated Press dos Estados Unidos e, mais recentemente, pelo próprio New York Times. Numa entrevista concedida à agência de notícias National Public Radio (1), o ditador da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, defendeu a Lei de Segurança Nacional (2) como essencial para manter o “modo de vida sul-coreano”. Segundo ele: “Nos últimos 60 anos, temos enfrentado um dos países mais bem-armados e perigosos do mundo. Considerando esse fato, e se você é alguém que vive nesse país todos os dias, você entenderá a necessidade de leis para manterem nosso modo de vida”.

Pak Jong Kun, sul-coreano de 24 anos, preso e interrogado
sob a acusação de propaganda pró-RPDC em seu Twitter

Sob o governo de Lee Myung Bak, o número de censuras contra postagens na Internet disparou. Para efeitos de comparação, houveram 80.449 requisições por parte da polícia ao Centro de Comunicações da Coreia para a remoção de postagens online em 2010, contra apenas 14.430 em 2009 e 1.793 em 2008, o que representa um aumento de 45 vezes nos últimos dois anos. Os conteúdos pró-Coreia do Norte continuavam a ser constantemente deletados na última década, na faixa de 1000 a 1500 por ano. Dispararam em 2009 quando a administração reacionária de Lee Myung Bak entrou no poder.(3) Segundo jornal Dong-A Ilbo, a maioria das postagens tinham como conteúdo a refutação das mentiras do suposto afundamento da corveia sul-coreana Cheonan pelo exército do Norte e denunciar os graves retrocessos nas relações intercoreanas.

As investigações contra os tais “crimes cibernéticos” também aumentaram, na média de 58 anualmente, para 91 no ano de 2010. Tais investigações também atingiram o seu pico em 2011, com 150 investigações até agosto desse mesmo ano, de acordo com as estimativas da agência de notícias NPR.

A Associated Press mostrou o caso de Kim Seung Kyu (4), interrogado por postar artigos, canções e outras informações sobre a RPDC no seu blog. O New York Times noticiou o caso de Kim Myung So (5), que foi preso sob a acusação de “ajudar o inimigo”, vendendo livros na Internet, supostamente simpáticos à Coreia do Norte.

“Alguns países ergueram barreiras eletrônicas para impedirem as próprias populações de terem acesso a certas parcelas da Internet, censurando palavras, nomes e frases em sítios de buscas. Eles violaram a privacidade de seus cidadãos engajados no discurso político não baseado na força. Tais ações são contrarias à Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que os povos devem “procurar, receber e veicular quaisquer informações ou ideias por qualquer forma de veículo de imprensa independente das fronteiras nacionais”. Com o aumento de tais práticas restritivas, uma nova cortina sobre a informação está sendo criada no mundo” – Hillary Clinton




(2)    Lei fascista feita na Coreia do Sul em 1948, que reprime as liberdades democráticas acusando como criminosa quaisquer organizações de oposição independente contra o governo, organizações democráticas, comunistas, pró-Coreia do Norte ou que apoiem a reunificação pacífica da Coreia.





Da Redação