quarta-feira, 26 de maio de 2010

A defesa da Coreia e a belicosidade dos EUA



por Workers World

Quem nos Estados Unidos prestar atenção ao noticiário dos media corporativos deve pensar que a República Democrática Popular da Coreia violou o Tratado Abrangente de Proibição de Testes. Certo?

Só que tal tratado não existe.

Uns 180 países assinaram-se, mas apenas 148 o ratificaram. Segundo o sítio web da Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization, "Todos os 44 Estados listados especificamente no Tratado – aqueles com capacidades de tecnologia nuclear no momento das negociações finais do Tratado em 1996 – devem assinar e ratificar antes de o CTBT entrar em vigor". (ctbto.org)

Nove daqueles 44 Estados nucleares não ratificaramo tratado, apesar de o terem assinado a uns 13 anos atrás. Portanto, o tratado não está e nunca esteve em vigor.

O governo que mais parece protestar quando um país como a RDPC efectua testes tem sede em Washington. Mas, será que pode imaginar? O Senado dos EUA não ratificou o tratado. De facto, é a recusa de Washington que constitui o principal obstáculo para o tratado CTBT entrar em vigor.

Os EUA testaram as primeiras bombas atómicas do mundo em 1945 e quase imediatamente lançaram duas delas sobre cidades japonesas, matando 220 mil pessoas nos locais e deixando outras 200 mil tão envenenadas pela radioactividade que morreram logo após. Desde aquele tempo até assinarem o tratado em 1996, os EUA testaram 1032 armas nucleares.

Este número de testes com ogivas é maior do que aquele que foi executado por todos os restantes países do mundo em conjunto, do início até o presente.

Assim, como pode o mundo ter qualquer confiança num tratado de proibição de testes nucleares se o país que testou um número tão enormemente desproporcionado de armas não o ratificará?

A RDPC efectuou com êxito dois testes subterrâneos de dispositivos nucleares, um em 2006 e outro em 25 de Maio. Ela não lançou quaisquer bombas sobre ninguém. De facto, as suas tropas nunca combateram em qualquer outro lugar senão a Coreia, e isso para expulsar invasores estrangeiros.

A determinação da RDPC de dedicar recursos substanciais à construção de um dissuasor nuclear reflecte a história trágica da Coreia. Primeiro invadida e anexada pelo colonialismo do Japão, a seguir ocupada pelas tropas dos EUA no fim da II Guerra Mundial, a Coreia sofreu terrivelmente com a ascensão do imperialismo no século XX.

Os EUA criaram uma ditadura militar fantoche no Sul, a qual em 1948 declarou-se República da Coreia. Foi só então que as forças revolucionárias, que haviam libertado a parte norte da Coreia das garras de ferro do Japão, responderam declarando a constituição da RDPC, não como um Estado permanente que ratificaria a divisão da Coreia, mas como um reconhecimento da realidade. O objectivo da RDPC e do povo coreano como um todo sempre foi reunificar o país. Dentro de dois anos, contudo, a RDPC estava a combater uma nova guerra contra invasores imperialistas – desta vez centenas de milhares de tropas estado-unidenses.

Vários milhões de coreanos, civis e soldados, foram mortos na guerra de 1950-53. Uns 53 mil soldados americanos morreram. Embora a guerra acabasse num cessar-fogo com os dois lados aproximadamente onde estavam no princípio, os ocupantes estado-unidenses da Coreia do Sul recusaram-se a assinar um tratado de paz com a RDPC. E assim as coisas permaneceram desde então, com 30 a 40 mil tropas dos EUA a ocuparem o Sul.

Muitos países – o primeiro deles foram os Estados Unidos – declaram que tinham de ter armas nucleares para a auto-defesa. Ninguém tem um direito mais forte a um dissuasor nuclear do que a RDPC, a qual durante mais de meio século enfrentou a ameaça constante de nova agressão da mais poderosamente armada superpotência imperialista.

Se Washington fosse sincera acerca de querer avançar para um mundo livre do nuclear, ela começaria por assinar um tratado de paz com a RDPC, ratificar o CTBT e remover as suas tropas de ocupação da Coreia.
27/Maio/2009
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O original encontra-se em http://www.workers.org/2009/editorials/korea_0604/

Este editorial encontra-se em http://resistir.info/ .

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sobre a crise provocada pelo Imperialismo na península coreana

O texto que publicamos a seguir (em espanhol), foi escrito por Alejandro Cao de Benos, delegado especial do Comitê de Relações Culturais com o exterior do governo da RPD da Coréia. Alejandro também é fundador e presidente da Korean Friendship Association.

Observaciones sobre hundimiento del Cheonan
25 de Mayo, 2010
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El incidente de la nave de Cheonan es una fabricación de Corea del Sur y los E.E.U.U.

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¿Por qué el Sur Corea rechazó al equipo de investigación ofrecido por el norte?
La RPD de Corea ha ofrecido públicamente varias veces el enviar a un equipo de su ejército para aclarar el incidente y demostrar su inocencia. El Sur de Corea no lo permitió. Esto quivale a un caso sin evidencia fundamentada, sin la defensa para el acusado. Una corte planeada para justificar una agresión y un rearme militar imperialista de las fuerzas de los E.E.U.U. en el Pacífico. Igual que sucediera con las armas de destrucción masiva que justificaran la invasión de Irak, y que todavía tienen que encontrar los norteamericanos.

2
¿Quién está utilizando caracteres chinos??
La RPD de Corea, orgullosa de sus raíces y cultura, nunca utiliza caracteres chinos en cualquier producto hecho en el país. Desde hace muchos años, la RPDC produce sus propios tanques, submarinos o torpedos que confían en su industria autosuficiente militar. Ésta es la razón los E.E.U.U. ha vigilado siempre la fabricación de armas como exportación principal de la RPDC. Todas las armas manufacturadas por Corea del Norte utilizan alfabeto coreano, pero las noticias siguientes de Yonhap, hablan de caracteres chinos en los fragmentos del torpedo.
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Corea del Norte utilizó el torpedo Chino en ataque contra la nave surcoreana
SEUL, 19 de mayo 2010 (Yonhap) — Los investigadores han concluido que Corea del Norte atacó una embarcación surcoreana en marzo con un torpedo Chino ya que encontraron la escritura china en los fragmentos del torpedo recogidos de la escena, una fuente gubernamental dijo miércoles. “Los torpedos chinos y Rusos, respectivamente, tienen los idiomas chinos y rusos escritos en su interior” la fuente dijo. ” El chino estaba escrito en fragmentos de torpedo recogidos de la escena adonde la nave de patrulla de 1.200 toneladas Cheonan se partió por la mitad y se hundió el 26 de marzo, él dijo.
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Es precisamente el Sur Corea el que utiliza regularmente lengua China en todos sus artículos manufacturados, incluyendo las armas o los torpedos. En esta historia de las noticias de Yonhap (agencia surcoreana), el 25 de mayo de 2010, podemos ver una ceremonia de instalaciones industriales para fabricar torpedos. Bajo alfabeto coreano, podemos leer los caracteres chinos.


Fábrica de torpedos inaugurada
25 de mayo de 2010, JINHAE, el Sur Corea — Una ceremonia de inauguración se lleva a cabo para marcar la terminación de una nueva fábrica de la fabricación de torpedos en Corea del sur; Jinhae, provincia del sur de Gyeongsang, el 25 de mayo. (Yonhap)

3
¿Cómo un simple número 1 puede vincular un arma a cierto país?
Viendo esta imagen de Reuters, parece que la única prueba que supuestamente vincularía el torpedo a Norcorea, es un número 1 escrito por cualquier persona, esta vez en lengua coreana.
¿No divulgó originalmente el Sur de Corea, que los caracteres chinos fueron escritos en el torpedo? ¿Cómo puede aparecer repentinamente un nuevo carácter coreano escrito con un rotulador azul? (ni siquiera marcado en el metal)


4
A continuación, una foto emitida por el Sur Corea sobre el modelo del supuesto torpedo de Corea del Norte. Las diferencias entre el plano del modelo (incluida la imagen superpuesta por ordenador) y el arma encontrada están claras. Especialmente en el pedazo número 3, podemos ver que la posición no se asemeja en absoluto con el modelo.

Obama reafirma retórica de agressão contra Coreia do Norte


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta segunda-feira (23) que as forças militares dos EUA estejam de prontidão para um possível conflito com as forças armadas da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Segundo informou Gibbs, os EUA apoiam energicamente os planos do presidente sul-coreano Lee Myung-bak, que pretende retaliar o vizinho do norte pelo suposto afundamento de um vaso militar do país, ocupado militarmente pelos Estados Unidos há mais de 50 anos.

"O apoio dos EUA à defesa da Coreia do Sul é inequívoco, e o presidente deu ordens para que comandantes militares se coordenem com os colegas da República da Coreia para garantir prontidão e impedir futuras agressões", disse ele.

A corveta de 1.200 toneladas Cheonan, da marinha sul-coreana, ancorada nas águas do sul da ilha de Baengnyeong, explodiu às 21h22 (horário local) da noite de 26 de março passado, dividindo-se em duas partes e afundando completamente em seguida. Dos 104 membros da tripulação, 46 morreram.

A ilha é um dos pontos mais nervosos da fronteira marítima entre as Coreias e foi palco recente de exercícios militares conduzidos pelas forças armadas estadunidenses e sul-coreanas. Após uma "investigação" endossada pelas forças armadas americanas, a Coreia do Norte foi acusada de disparar um torpedo que teria afundado a corveta sul-coreana.

Indução à guerra

O caso lembra o incidente do Golfo de Tonkin, utilizado pelos Estados Unidos para iiciar uma invasão massiva de tropas e dar início à Guerra do Vietnã. Na época, o governo americano alegou que barcos norte-vietnamitas teriam atacado destroieres americanos no golfo.

Diferentemente de Tonkin, onde o ataque jamais aconteceu, o caso da corveta sul-coreana não detonou de imediato uma agressão militar contra a RPDC, mas serve para o complexo militar industrial, com comando no Pentágono, reverter qualquer tentativa de resolução multipolar da questão nuclear da Península Coreana.

"O complexo militar industrial americano não deseja permitir que o Oriente da Ásia passe à esfera de influência da China, procurando obter vantagens no incidente com o Cheonan para induzir uma agressão da Coreia do Sul contra a RPDC", afirma o jornalista japonês Tanaka Sakai, estudioso das relações entre as duas repúblicas.

Os Estados Unidos mantêm cerca de 28 mil soldados na Coreia do Sul e submarinos nucleares, como o USS Columbia — vetor de ataque nuclear —, estiveram presentes na região em que houve o suposto ataque norte-coreano. As duas Coreias, ainda tecnicamente em guerra, têm mais de 1 milhão de tropas próximo à fronteira.

O incidente com a corveta Cheonan foi o pior acontecido com a marinha sul-coreana, desde 1974, quando um dos navios de desembarque de tropas virou e matou 159 marinheiros.

Da redação, com agências

Fonte: Portal Vermelho

domingo, 23 de maio de 2010

RPDC responde a acusações da Coreia do Sul

Da Prensa Latina

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) advertiu hoje sobre uma invalidação do pacto de não agressão com a Coreia do Sul em caso de represálias por seu suposto vínculo com o afundamento de um navio de guerra.

A partir deste momento, consideramos a situação atual como conjuntura de guerra e enfrentaremos todos os problemas que se apresentam nas relações Norte-Sul desse ponto de vista, de acordo com declarações de um porta-voz do Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria, difundidas pela agência de notícias KCNA.

A resposta inclui a ruptura total dos vínculos e o cancelamento total da cooperação, segundo o porta-voz, que recusou novamente as acusações da outra parte quanto a uma participação norte-coreana no afundamento do barco Cheonan em março passado.

Ao referir-se a esse incidente, assinalou que depois de uma investigação de quase dois meses, as autoridades sul-coreanas inventaram à base de hipóteses e conjecturas a chamada prova circunstancial e apresentaram como evidência material “uns pedaços de ferro e alumínio, o que tem sido motivo de deboche”.

O mais ridículo é que vinculam intencionalmente à RPDC esses materiais, que não têm nenhuma marca nem nacionalidade, alegando que o indicam a análise de sua composição, tamanho e forma, acrescentou.

Insiste que a publicação do “resultado da investigação” não é um simples esclarecimento do caso do afundamento do barco, senão uma provocação premeditada para tentar o pretexto de uma guerra de agressão contra este país.

Também considerou isso um complô criado para eludir a grave crise surgida de uma fracassada política interna e externa, e realizar sem problemas as próximas eleições locais.

O Cheonan afundou na noite do passado dia 26 de março no Mar do Oeste da Coreia. De seus 104 tripulantes, 58 foram resgatados, os demais foram dados como mortos ou desaparecidos. A causa do naufrágio foi uma explosão, segundo explicou-se então, sem chegar a vincular a RPDC ao incidente a princípio.

Ontem, um porta-voz do Comitê de Defesa Nacional afirmou que Pyongyang está disposto a enviar inspetores à outra parte para verificar a suposta prova material apresentada como resultado da investigação, que atribui o acontecimento a um ataque de torpedo.

Fonte: O Outro lado da Notícia

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Hu Jintao recebe Kim Jong Il: “A amizade entre China e RPDC é um tesouro para nossos povos”


Kim Jong Il sendo recebido por Hu Jintao em Pequim.


Kim Il Sung e Mao Tsé-tung



Kim Jong Il, presidente da República Popular Democrática da Coreia, visitou a China entre os dias 2 e 7 de Maio em retribuição a visita do presidente chinês, Hu Jintao, à Pyongyang em fevereiro passado.

No encontro entre os dois presidentes em Pequim, Hu Jintao afirmou que “a amizade tradicional entre a China e a RPDC é um tesouro comum de ambos os governos, partidos e povos e que têm a responsabilidade histórica de impulsionar ainda mais essa amizade de geração em geração avançando com os tempos”. Hu enfatizou que o fortalecimento das relações de amizade e cooperação da China com a RPDC é uma política consistente do PCCh e do governo chinês. “A China mantém e promove as relações com a RPDC com uma perspectiva estratégica e de longo prazo e fará esforços conjuntos com a RPDC para fortalecer tais aspectos com a finalidade de beneficiar os povos de ambas nações e contribuir para a manutenção da paz na região e a prosperidade comum”.

O presidente chinês assinalou que “a intensificação dessa cooperação fortalecerá a construção socialista em cada um dos países e a salvaguarda da paz, da estabilidade e da prosperidade regionais”.

O presidente Hu Jintao apresentou cinco propostas sobre o fortalecimento dos vínculos com a RPDC: manter os contatos de alto nível, intensificar a coordenação estratégica, aprofundar a cooperação econômica e comercial, aumentar o intercâmbio de pessoal e consolidar a coordenação em assuntos internacionais e regionais para salvaguardar a paz e a estabilidade regionais.

Kim Jong Il de sua parte, afirmou estar “completamente de acordo” com as propostas. E que “a tradicional amizade entre a RPDC e a China, estabelecida e cultivada pelos líderes das velhas gerações dos dois Estados suportaram as provas do tempo e isso não mudará apesar das mudanças de época e de gerações. A série de atividades de celebração do 60º aniversário do estabelecimento das relações bilaterais no ano passado elevou a amizade RPDC-China a um novo nível histórico. Graças aos esforços conjuntos das duas partes deu-se um sadio impulso no desenvolvimento do amistoso intercâmbio bilateral e a cooperação em diversos campos”, destacou o presidente coreano, mencionando o recente acordo para a construção de uma ponte sobre o rio Yalu na fronteira entre os dois países e que se converterá num “novo símbolo de cooperação amistosa entre a RPDC e a China”.

O máximo líder coreano afirmou que “em cada visita realizada à China constatei os avanços conquistados pelo povo chinês na grande causa da construção do socialismo com as peculiaridades chinesas. Os êxitos da China são uma importante injeção de coragem para o povo da RPDC”.

Kim Jong Il enfatizou que “o trabalho da RPDC nos diversos terrenos está progredindo de forma ordenada e que a tarefa central de todo o trabalho do partido no país é melhorar constantemente o nível de vida do povo”.

O presidente da China elogiou as medidas efetivas do líder do país vizinho “para impulsionar a economia e as condições de vida de seu povo” e manifestou seu desejo de que a RPDC “alcance metas mais ambiciosas em matéria de desenvolvimento com a liderança do PTC”.

Em resposta o Presidente Kim Jong Il expressou sua convicção de que “sob a direção do PCCh, com o presidente Hu Jintao como secretário-geral, o povo da China seguirá acumulando novas vitórias no processo histórico de aperfeiçoar a capacidade de governar do Partido, de por em prática a concepção científica de desenvolvimento e de construir uma sociedade harmoniosa”.

Kim Jong Il apresentou ao líder chinês as felicitações pelo sucesso da abertura da Exposição Universal de Xangai e as condolências pelas vítimas humanas e as perdas materiais causadas pelo terremoto de Yushu, em Qinghai, e convidou Hu Jintao a uma nova visita à RPDC, gesto que Hu agradeceu e aceitou.

No dia seguinte ao encontro, 6 de maio, o presidente Hu Jintao acompanhou o presidente Kim Jong Il em visita a uma empresa de biotecnologia de Pequim.

“O povo da RPDC sente-se orgulhoso das conquistas da China em matéria de desenvolvimento nacional”, assim o líder máximo da RPDC concluiu seu diálogo com o Presidente chinês.

Em seguida Kim Jong Il teve encontros separados com o presidente da Assembléia Nacional chinesa, Wu Bangguo, e com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, que havia visitado Pyongyang em outubro do ano passado.

Durante a viagem de 5 dias à China, o presidente Kim Jong Il também participou de encontros com líderes chineses de várias cidades do nordeste da China como Dalian, na provícia de Liaoning, onde visitou indústrias para que seus funcionários estudassem a experiência chinesa em renovar sua antiga base industrial. Em Tianjin priorizou o porto e sua capacidade logística e em Sheniang visitou centros de processamento de alimentos, de alta tecnologia e de maquinaria.

Fonte: Jornal Hora do Povo

domingo, 9 de maio de 2010

Presidente da Coreia Popular, Kim Jong Il, visita a China


O presidente da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong Il, chegou a Dalian, cidade chinesa há 300 Km da fronteira com a RPDC no dia 3 de maio numa escala de viagem a Pequim. No dia 5 de maio Kim Jong Il encontrou-se com o presidente chinês, Hu Jintao.

A escala em Dailian é repleta de simbolismo. Nesse importante centro industrial do nordeste da China foi construída, em parceria entre os dois países, a Ponte da Amizade.

A visita do presidente Kim Jong Il à China foi uma retribuição à visita do presidente Hu Jintao a Pyongyang em outubro do ano passado para as celebrações dos 60 anos de amizade e relações diplomáticas entre a China e a RPDC. Na oportunidade Hu Jintao reiterou o convite a Kim Jong Il para a visita à China.

Antes de Kim Jong Il viajar, uma delegação da Coreia Democrática, coordenada por Kim Yong Nam, esteve em Xangai no dia 1º de maio para a abertura da Exposição Universal e foi recebida com honras pelo presidente chinês. Hu Jintao sublinhou que “nos últimos anos conseguimos um grande avanço nas relações bilaterais comuns graças aos esforços dos nossos dois países. Desejo de todo coração ao povo coreano os maiores êxitos na luta para acelerar a construção econômica e para melhorar ainda mais a vida do povo nesse ano em que celebrará os 65 anos de fundação do Partido do Trabalho da Coreia”.

Demonstrando certa irritação com as boas relações mantidas pelos vizinhos China e Coreia Democrática, o presidente sul-coreano, Lee Myung Bak, decidiu, no dia 4 de maio, responsabilizar seus irmãos do norte pelo acidente ocorrido com a corveta da marinha de guerra sul-coreana que afundou, matando 46 soldados, no mar Oeste da Coreia há quase dois meses atrás.

Em comunicado oficial, a Coreia Democrática negou qualquer envolvimento com o acidente do navio sul-coreano e afirmou “faltar aos coreanos do sul uma investigação mais profunda sobre o caso e que o acidente é de responsabilidades dos próprios sul-coreanos”.

ROSANITA CAMPOS


Fonte: Jornal Hora do Povo