sábado, 25 de dezembro de 2010

O muro da Península Coreana

Em 1977, os imperialistas norte-americanos e seus lacaios do governo traidor sul-coreano construíram um muro que submeteu milhões de coreanos ao drama da divisão. Até hoje, seguem impunes dividindo uma nação de mais de 70 milhões de habitantes.


Recentemente, os condecorados com o Prêmio Nobel da Paz apelaram à comunidade internacional para derrubar os muros que contravêm a paz e o humanitarismo, em um foro internacional realizado na ocasião do 20º aniversário do desmantelamento do muro de Berlim, símbolo do término da guerra fría entre o oriente e o ocidente. Passaram-se vinte anos desde que aconteceu tal evento, mas ainda continua em pé uma muralha. A sociedade internacional dirige com atenção à muralha de concreto que atravessa a península coreana no oriente.


Quem levantou a muralha?

A tal muralha apareceu há cerca de 30 anos.

Durante aquele tempo se registrava uma reviravolta dramática no movimento pela reunificação da nação coreana. Em 1972, pela primeira vez depois da divisão, efetuaram-se negociações políticas Norte-Sul de alto nível, abriu-se a porta para as conversações Norte-Sul e foi publicada a Declaração Conjunta de 4 de Julho, cujo conteúdo principal são três princípios: independência, reunificação pacífica e grande unidade nacional, com o qual o fervor pela reunificação da nação coreana aumentou mais do que nunca.

Isto não agradou aos Estados Unidos que quería consolidar o sistema de dominação no Sul da Coréia e apoiar-se nele para estabelecer o domínio sobre toda a Coréia. Instigou as autoridades sul-coreanas em 1973 para publicar a “declaração especial de 23 de junho” para revogar unilateralmente a referida declaração conjunta Norte-Sul e iniciar, em 1977, a construção de um muro introduzindo uma colossal quantidade de matérias e de mão de obra para dividir fisicamente o Norte e o Sul.

Como resultado, na área sul da península coreana levantaram ao longo da Linha de Demarcação Militar uma muralha de concreto de mais de 240 Km.



Símbolo da divisão e do confronto



Coréia do Sul: Um Estado sem soberania militar


A muralha de concreto serviu de símbolo da cisão nacional e de confronto entre o Norte e o Sul durante mais de 30 anos.

Dividiu 122 povoados,  8 distritos e cortou completamente 3 vias férreas, 4 rios e mais de 220 estradas. O curso da água dos rios acabou suspendido, os animais salvagens que cruzavam livremente de Norte ao Sul foram mortos e o ambiente natural e ecológico, gravemente destruído.

O tal muro não é só um obstáculo físico. De 5 a 8 metros de altura, de 10 a 19 metros de largura na parte inferior e de 3 a 7 metros na superior e com a faceta norte vertical e a sul ligeiramente inclinada, o muro possui casamatas e diversas armas pesadas, assim como, a intervalos de certa distância, portões de ferro com interruptor automático para deixar a grande coluna de efetivos moverem rápidamente (detrás dele estão estacionados os tanques, carros blindados e outros veículos militares). Isto significa que o muro é uma grande estrutura militar, desenhada e construída a favor da operação de ataque ao Norte. Na realidade, serve às tropas norte-americanas e sul-coreanas de base para perpetrar a maioria das provocações militares contra o Norte.

A existência da muralha acentua o fato de que atualmente a Península Coreana constitui um latente foco de guerra que ameaça a paz e a segurança mundial.

Na Terra há incontaveis muros e construções militares grandes e pequenas, mas nenhuma divide em duas partes um território pátrio nem promove o enfrentamento entre os compatriotas, como faz a muralha de concreto da península coreana.

A paz e segurança desta península é a do mundo, o qual é reconhecido pela sociedade internacional.

Deve-se desmantelar sem demora a muralha de concreto que não só causa incontáveis desgraças e provações à nação corena como também põe a península coreana em permanente estado de enfrentamento e conflito.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Fotos de Pyongyang no inverno


Cavalo Chollima







No ano de 1945, o povo coreano foi libertado do jugo japonês com uma ajuda fundamental do grande Exército Vermelho da URSS. Neste monumento, o povo coreano expressa sua eterna gratidão ao grande Stálin e ao grande povo soviético






Mensagem do Partido Comunista do Brasil ao Partido do Trabalho da Coréia



São Paulo, 30 de novembro de 2010.



Ao Camarada Kim Jong Il

Secretário Geral do Partido do Trabalho da Coréia



Estimado camarada,

O Partido Comunista do Brasil expressa o seu mais veemente repúdio e indignação em relação às reiteradas e continuas provocações que vem sendo perpetradas contra o território e o povo da República Popular Democrática da Coréia (RPDC), agravadas recentemente quando o exército sul-coreano, articulado com as tropas de ocupação dos Estados Unidos na península coreana, disparou tiros no último dia 23 de novembro, a partir da Ilha Yonphyong no Mar Oeste da Coréia, em direção às águas territoriais da RPDC.

Ao mesmo tempo, o PCdoB se solidariza com a RPDC e seu Exército Popular, que reagiu imediatamente ao atentado imperialista, sinalizando que não ficará inerte diante dos ataques à sua soberania nacional.

Neste primeiro de janeiro de 2010 a RPDC já havia divulgada uma mensagem propondo o fim das hostilidades com os Estados Unidos, na qual reafirma seu compromisso com a desnuclearização da península coreana.

Em diversas ocasiões o governo da RPDC tem reafirmado seu propósito de lutar por um “sistema pacífico na península coreana”, argumentando que a questão fundamental para assegurar a paz e a estabilidade na península coreana e no resto da região asiática é colocar um termo nas relações de hostilidade entre a Coréia e os EUA, através do diálogo e de negociações.
Além disso, a RPDC tem freqüentemente defendido a necessidade de se estabelecer um Tratado de Paz que substitua o armistício assinado no final da Guerra da Coréia de 1950 – 1953. Todo esse esforço, entretanto, tem sido negado pelo continuo cerco econômico e militar mantido pela ação imperialista norte-americana e sul-coreana. 

O PCdoB reafirma seu apoio ao povo coreano e à RPDC em sua permanente missão em defesa de sua soberania e em defesa da paz na península coreana.

Saudações fraternais,

Renato Rabelo
Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Ricardo Alemão Abreu
Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mais informações sobre a situação da Península Coreana

Estamos postando uma série de notícias sobre os últimos acontecimentos no conflito técnico que se desenrola na Península Coreana. Infelizmente, nada postamos sobre o conflito armado na Península neste mês e, portanto, a postagem será longa e pedimos ao leitor por isso. Como sempre acontecia, os Estados Unidos e seus lacaios sul-coreanos mantiveram sua postura agressiva contra a RDP da Coréia, realizando diversos exercícios militares. O conflito, porém, foi composto também por avanços e recuos tanto por parte da Coréia revolucionária quanto por parte dos imperialistas. Logo após o bombardeamento da ilha Yeonphyeong pelos mísseis da RDPC, em resposta aos obuses atirados pela Coréia do Sul contra as águas soberanas da Coréia Socialista, a Península coreana passa pela situação mais dramática desde 1953. O exército títere sul-coreano, de início, planejou realizar novos exercícios militares contra as águas soberanas da RDPC, porém aprendeu com as conseqüência da represália de 23 de novembro por parte do Exército Popular, e realizou exercícios ao sul da ilha de Yeonphyeong, recuando nas provocações. No dia 20 de dezembro, o exército títere sul-coreano realizou disparos de artilharia da Ilha Yeonphyeong, o que se caracterizou como uma clara provocação que a RDPC preferiu não responder, pois certamente pioraria a situação que atualmente já se encontra como a pior desde 1953.


Destacamos também o importante papel de países irmãos como Rússia e China, que se opuseram aos exercícios militares realizados pelo “trio” EUA-Coréia do Sul-Japão e mantiveram uma postura de ajuda internacionalista à RDP da Coréia.


Mais uma vez, pedimos desculpa aos leitores pelo atraso nas postagens.


Forte abraço a todos.

Assinado: Solidariedade à Coreia Popular
 
 
 
EUA, Japão e Coreia do Sul recusam proposta de diálogo da China


Rebatendo a proposta chinesa de reiniciar o diálogo multilateral entre as Coreias, Estados Unidos, Japão, China e Rússia, o governo estadunidense marcou para a próxima segunda-feira (7) uma reunião para, mais uma vez, orquestrar mais uma condenação contra a República Popular Democrática da Coreia.

A nova recusa à China é resultado das seguidas ameaças efetuadas pelos ocupantes americanos da Coreia do Sul e das forças militares deste país contra a RPDC. No dia 23 de novembro, o exército sul-coreano disparou obuses contra o mar territorial da Coreia do Norte, que respondeu em seguida com um forte fogo de artilharia contra a ilha de Yeonpyeong, de onde partiram os disparos sul-coreanos.

O resultado da troca de tiros foi a morte de quatro pessoas na ilha e danos materiais de monta. A reunião em Washington evidencia "a coordenação estreita" entre ocupantes e ocupados (Washington, Seul e Tóquio). O comunicado do Departamento de Estado precisa a data do encontro e é revelado com o fim das manobras conjuntas de forças aeronavais americanas e sul-coreanas, mais uma ameaça militar realizada de domingo até quarta-feira (1º/12) no mar Amarelo.

O encontro tripartite na capital americana deverá estabelecer os contornos de uma condenação ao contra-ataque desferido pela RPDC, enquanto a China veta no Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovação de uma resolução contra a RPDC.

Pequim considera inaceitável o uso de vocábulos como "condenar" ou "Conselho expressa preocupação" e tem insistido no reinício do mecanismo conhecido como as negociações a seis, que envolve as duas Coreias, EUA, Japão, Rússia e China.

Washington não admite retornar à mesa de negociações multilaterais, abandonada em abril de 2009. Pouco antes, os Estados Unidos adotaram novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte, que se viu forçada a deixar a mesa de negociações.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, insistiu que era "dever e obrigação" de Pequim "pressionar" a Coreia do Norte. A China prefere a via do diálogo e não tem dado indícios que vai ceder a qualquer pressão dos Estados Unidos. O comportamento beligerante dos EUA é evidenciado quando se anunciam novas manobras militares conjuntas com o país ocupado ainda este ano, ou no início de 2011.

Mais uma vez, a artilharia naval sul-coreana vai realizar exercícios na costa ocidental, um espaço marítimo em disputa pelas duas Coreias desde o armistício de 1953 e onde está a ilha de onde partiram os obuses contra o mar territorial norte-coreano.

FONTE: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 02/12/2010.


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China e Estados Unidos discutem crise das Coreias


Os presidentes da China, Hu Jintao, e dos Estados Unidos, Barack Obama, conversaram por telefone, na noite de domingo (05), sobre a atual crise das Coreias. É a primeira vez que os dois chefes de Estado discutem o tema desde os ataques entre a Coreia do Norte e a do Sul, em novembro.

Na semana passada, os EUA e a Coreia do Sul realizaram exercícios militares, que a Coreia do Norte e a China rejeitaram. A Coréia do Norte caracterizou tais manobras como ofensivas e uma ameaça à sua segurança. Os Estados Unidos deixaram clara sua posição unilateral em favor da Coréia do Sul, sua aliada estratégica. Washington mantém cerca de 30 mil soldados na Coréia do Sul e armas nucleares. Durante a recente crise na Península Coreana, o presidente Barack Obama fez acusações à Coréia do Norte, avalizando as posições da Coréia do Sul.
A China, por seu turno, tem se declarado "profundamente preocupada" com a situação na Península Coreana, temendo que ela possa sair do controle se não for tratada de modo adequado, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. O presidente chinês pediu uma abordagem calma, enfatizando a importância do diálogo para resolver o impasse nuclear e temas relacionados.

A China até agora se recusou a culpar o ataque de artilharia da Coreia do Norte pela mais recente crise. Pyongyang argumenta que só atacou pois a Coreia do Sul disparou em suas águas territoriais, durante um exercício militar. A China é aliada da Coreia do Norte desde a Guerra da Coreia (1950-53) e continua a enviar auxílio econômico a Pyongyang.


Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 06/12/2010.


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Coreia do Sul retoma manobras militares e tensão cresce na região


A Coreia do Sul reiniciou nesta segunda-feira (6) manobras militares no Mar Amarelo, perto da fronteira com a Coreia do Norte, mesmo depois de receber o aviso do país vizinho de que os exercícios poderiam ter consequências. A Coreia do Norte considera os exercícios militares uma "provocação" e advertiu, em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA, que "ninguém poderá prever as consequências" das manobras sul-coreanas.

O presidente da China, Hu Jintao, ligou hoje para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e manifestou sua preocupação com a "frágil situação de segurança" na península coreana. O presidente chinês convocou todas as partes envolvidas no conflito da região do Mar Amarelo a atuar com "calma e de maneira racional" para evitar "a deterioração da situação na península coreana". Segundo Hu Jintao, "sem um manejo adequado, a situação pode derivar para uma maior escalada nas tensões e, inclusive, ficar fora de controle".


Tensão na Ilha de Yeonpyeong


As manobras militares desta segunda-feira (6) são distantes da Ilha de Yeonpyeong, que no dia 23 de novembro foi motivo de tensão entre as coreias. Na época, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) denunciou que a Coreia do Sul disparou dezenas de obuses rumo as águas territoriais do Norte, provocação à qual respondeu. De acordo com uma informação do Comando Supremo do Exército Popular da Coreia, divulgada pela agência de noticias norte-coreana KCNA, a parte sul-coreana realizou ações nos arredores da ilha Yonphyong do Mar Oeste.

Esta provocação militar parte do sinistro intento da Coreia do Sul de manter a “linha de limite ao Norte", possibilitando mandar seus navios de guerra sob o pretexto de "controlar os barcos pesqueiros". Na época, o comando do norte advertiu que continuará reagindo sem vacilação alguma caso a Coreia do Sul se atreva a invadir as águas territoriais deste território.

“No Mar Oeste existirá apenas a linha de demarcação militar marítima estabelecida pela RPDC", concluiu o comunicado.


Manobras


As manobras sul-coreanas devem continuar até a próxima sexta-feira (10) e ocorrerão em 29 lugares da costa, incluindo a Ilha Daecheong, uma das maiores propriedades da Coreia do Sul e próxima da fronteira marítima entre os dois países.

Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 06/12/2010.


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Coreia do Sul e Estados Unidos fazem mais manobras no Mar Amarelo


A Coreia do Sul e os Estados Unidos decidiram nesta quarta-feira (8) realizar novas manobras militares, aumentando a tensão após a troca de tiros entre as duas Coreias em novembro. A informação foi divulgada pela agência estatal de notícias da Coreia do Sul, Yonhap e desde segunda-feira os dois países realizam exercícios militares no Mar Amarelo. Desde os bombardeios que atingiram a ilha de Yeonpyeong, a península coreana segue em constante tensão, com os exércitos de ambos os lados realizando exercícios militares nas águas do Mar Amarelo, que banha as duas Coreias e a China.

Na época, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) denunciou que a Coreia do Sul disparou dezenas de obuses rumo as águas territoriais do Norte, provocação à qual respondeu.

Segundo a Yonhap, a Coreia do Sul pressiona a China a tomar uma providência quanto às tensões na região. O gigante asiático é um aliado histórico da Coreia do Norte. A posição da China, entretanto, é de buscar o fim dos bombardeios, ao invés de apoiar respostas militares, como o os Estados Unidos têm feito junto à Coreia do Sul.

Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 08/12/2010.


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Coreia do Norte: Bombardeio foi provocação deliberada de Seul


A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) emitiu na quarta-feira (8) um comunicado no qual assinala que os últimos disparos de artilharia na ilha de Yeonpyeong foram consequência de uma "provocação deliberada" da parte da Coreia do Sul. O detalhado documento foi emitido pela Secretaria do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, e revelou a verdade e a natureza do bombardeio ocorrido em águas da costa ocidental da Península Coreana, informou na quinta-feira (9) a agência de notícias coreana KCNA.

A agência diz que comunicado esclarece de forma interna e externa sobre "quem foi o provocador e de quem foi toda a culpa do incidente".

O motivo da troca de tiros e o seu pano de fundo "esclarecem que isto foi uma provocação deliberada de Seul", assinala o comunicado, agregando que a Coreia do Sul "disparou milhares de projéteis nas águas territoriais da RPDC".

Do mesmo modo, agrega que "este ato irresponsável foi obviamente uma provocação deliberada para que a RPDC realizasse uma neutralização militar". Não obstante, mesmo sendo Seul o provocador direto, os Estados Unidos foram "manipuladores e diretores" por trás do incidente.

As tensões na Península Coreana aumentaram depois de que Pyongyang e Seúl realizaram uma troca de disparos de artilharia em 23 de novembro, em águas próximas à disputada fronteira marítima conhecida como a Linha Limítrofe Norte (LLN).

Durante o incidente, vários projéteis cairam na ilha sul-coreana de Yeonpyeong, causando a morte de dois militares e dois civis.

A LLN foi declarada unilateralmente pelo Comando das Nações Unidas, encabeçado pelos Estados Unidos, depois da Guerra da Coreia (1950-1953), e continua sendo uma fonte de tensão e friçcões entre a RPDC e a Coreia do Sul.

A Coreia do Sul aceita a LLN como a fronteira intercoreana ocidental de fato. Não obstante, a RPDC a repudia, e só reconhece a linha de demarcação que fixou em 1999, a qual está situada mais ao sul da LLN.


Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 10/12/2010.


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Coreia do Norte denuncia ações de aliança militar norte-americana


A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) denunciou nesta sexta-feira (17) que os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul estão intensificando sua aliança militar com ações que poderiam provocar um conflito bélico com Pyongyang, informou a agência de notícias da RPDC, KCNA.

Um porta-voz do Comitê Central da Frente Democrática para a Reunificação da Coreia disse em um comunicado que os três países intensificaram sua aliança militar, mostrando sua intenção de manipular o caso do naufrágio da corveta sul-coreana Cheonan e o recente incidente na ilha de Yongpyong.

"A perigosa aliança entre Estados Unidos e seus seguidores (Japão e Coreia do Sul) só aumentará a tensão na península e no resto do nordeste asiático, precipitando uma nova corrida armamentista e elevando o perigo de guerra mundial", assinalou o porta-voz da RPDC.

Não obstante, observou, suas ações para consolidar uma aliança militar traiangular vão fracassar, "em vista da tendência atual no sentido da Justiça e da Paz".

As tensões na Península Coreana aumentaram desde a troca de tiros de 23 de novembro entre a RPDC e a a Coreia do Sul na fronteira marítima em disputa, que deixou quatro mortos na ilha sul-coreana de Yongpyong. Após o enfrentamento, Seul e Washington realizaram exercícios navais conjuntos nas águas do mar Amarelo, entre 28 de novembro e 1º de dezembro. Poucos dias depois, em 3 de dezembro, Tóquio e Washington deram início a suas maiores manobras militares de treinamento até a data, nas quais também Seul participou, como observador.

Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 17/12/2010.


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Coreia do Sul executa manobras militares com munição real




Belicistas títeres sul-coreanos disparam contra águas territoriais da RDP da Coréia no dia 20/12/2010. Com o receio de começar uma nova guerra, Coréia Socialista não responde aos disparos.



Coreia do Sul executou nesta segunda-feira (20) manobras militares, com munição real, na ilha de Yeonpyeong, que foi palco de uma troca de tiros em 23 de novembro entre as duas coreias. Os exercícios aconteceram apesar das reações de Pyongyang e horas depois de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito ter acabado sem qualquer acordo.

As manobras tiveram duração de uma hora, segundo a agência sul-coreana Yonhap. O ministério da Defesa de Seul não comentou as informações e deve divulgar um comunicado ainda nesta segunda-feira. A neblina atrasou o início dos exercícios, que segundo as previsões oficiais deveriam durar menos de duas horas. Em precaução contra uma possível retaliação, jatos sul-coreanos sobrevoaram a região. Os civis da ilha sul-coreana de Yeonpyeong e de outras quatro ilhas vizinhas receberam a ordem de seguir para refúgios com proteção antiaérea durante a manhã. Uma ordem similar foi comunicada a todas as ilhas do Mar Amarelo na fronteira com a Coreia do Norte.

Pyongyang havia afirmado que seria um "desastre" se a Coreia do Sul não renunciasse às manobras militares na ilha. As forças armadas do país, contudo, afirmaram nesta segunda-feira que "não valia a pena" reagir às manobras militares

O canal americano CNN informou que a Coreia do Norte aceitou o retorno a seu território de inspetores da ONU para examinar seu programa nuclear, com o objetivo de tentar reduzir a tensão na península coreana. Os norte-coreanos aceitaram permitir o retorno à central nuclear de Yongbyon dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica.


ONU


O Conselho de Segurança (CS) da ONU se mostrou neste domingo incapaz de chegar a um acordo para solucionar a crise da península da Coreia, após a decisão de Seul de realizar manobras militares. Na reunião, os Estados Unidos ficaram de um lado, e Rússia e China de outro. Russos e chineses tentam evitar os exercícios militares da Coreia do Sul, que foram apoiados pelos americanos.

"O CS não chegou a um compromisso para um acordo", afirmou o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, assinalando que "a situação continua tensa e perigosa". Já a embaixadora dos Estados Unidos e presidente de turno do CS, Susan Rice, tentou colocar a culpa das tensões apenas na Coreia do Norte, acusando-a de ter um "comportamento provocador".

Os Estados Unidos e outros membros do Conselho tinham exigido que o Conselho condenasse o regime de Pyongyang, mas a China e a Rússia se opuseram veementemente a qualquer decisão nesse sentido. Vitaly Churkin expressou a posição de seu país contra os exercícios militares da Coreia do Sul. A Rússia teme que haja um agravamento das tensões, o que poderia ter reflexo ao equilíbrio regional da Ásia.

"A península estava à beira de um conflito armado (quando houve o incidente na ilha de Yeonpyeong em 23 de novembro), por isso todas as partes devem exibir moderação e renunciar a qualquer ação que possa gerar uma escalada", afirmou uma fonte diplomática russa, hoje pela manhã. "Acreditamos que as manobras realizadas com munição real não correspondem a este objetivo", acrescentou.

Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 20/12/2010.


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Coreia do Sul fará novas manobras militares com fogo real


A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (22) uma nova série de manobras militares, três dias depois de ter realizado exercícios na ilha que foi foco de uma situação tensa na Península Coreana no mês de novembro.

O Exército sul-coreano anunciou manobras militares, terrestres e aéreas, com uso de munição real, para quinta-feira em uma área próxima da fronteira com a Coreia do Norte. As manobras, classificadas de 'importantes', acontecerão em Pocheon, que já foi cenário de vários exercícios militares, 20 km ao sul da fronteira entre as Coreias, segundo o Exército.

As manobras terão a participação de 800 soldados, além de helicópteros, seis aviões de combate, tanques, mísseis antitanque e lança-foguetes. O Exército também anunciou o início de manobras navais nesta quarta-feira na costa leste da península coreana, no Mar do Japão, em um exercício que deve durar quatro dias.

Os exercícios acontecem a quase 100 km da fronteira com a Coreia do Norte, com a presença de seis navios de guerra e helicópteros. "Os exercícios demonstrarão a solidez de nossa preparação militar", declarou o comandante do I Batalhão Armado, Choo Eun-Sik.

Na segunda-feira (20), Seul realizou exercícios militares com munição real na ilha de Yeonpyeong, apesar das ameaças de graves represálias feitas por Pyongyang. Mas a Coreia do Norte decidiu não responder às manobras.

A sequência de manobras militares da Coreia do Sul é uma clara provocação à Coreia do Norte. A República da Coreia (Sul) conta com o ativo respaldo dos Estados Unidos, que mantém ali mais de 30 mil soldados, bases militares e armas nucleares.

Fonte: PORTAL VERMELHO - Notícia postada no dia 22/12/2010.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Kim Jong Il inspeciona Unidade 2670 do Exército Popular da Coréia

Camarada Kim Jong Il, inspecionando a Unidade 2670 do EPC 



O Dirigente Kim Jong Il, Secretário Geral do Partido do Trabalho da Coréia, Presidente do Comitê de Defesa Nacional da RDPC e Comandante Supremo do Exército Popular da Coréia, inspecionou a Unidade 2670 do EPC. Depois de receber a recepção, Kim Jong Il averiguou na sala de comando de operações como esta unidade cumpria sua missão e como se relacionam os comandantes da mesma.


Os oficiais e soldados da unidade cumprem com responsabilidade sua missão de guarda avançada mantendo forte vigilância sobre as manobras agressivas dos imperialistas norte-americanos e seus lacaios. Em suma, todos os comandantes são capazes de organizar e dirigir quaisquer combates e operações difíceis realizando substancialmente os exercícios correspondentes.

Kim Jong Il mostrou-se satisfeito com relação aos mesmos e apresentou as tarefas necessárias para incrementar o nível combativo da unidade.

Em seguida, informou-se sobre o estado de mantimento dos equipamentos técnicos de combate e deu uma volta pelo recinto do quartel averiguando-se de todos os detalhes da administração da unidade. Avaliou positivamente os méritos realizados pela unidade na luta para materializar a linha militar do Partido do Trabalho da Coréia. Os militares do Exército Popular da Coréia, que sempre avançam produzindo inovações, glorificam a grande época do Songun criando incessantemente valiosos bens ideológico-culturais e materiais que contribuem para a prosperidade da pátria. Apontaram que tais orgulhosos êxitos refletem a potência espiritual do patriótico Exército Popular da Coréia.

O Comandante Supremo Kim Jong Il recorreu às instalações do quartel da unidade averiguando-se minuciosamente acerca das condições de vida dos militares. Elogiou os esforços dos comandantes da unidade que resultou em magníficas instalações do quartel para o conforto dos militares, e os cuidados dos mesmos com fraternidade.

Convencido de que os militares da unidade cumpriram satisfatoriamente sua honrosa missão e dever de vanguardistas em apoiar a política do Songun do Partido do Trabalho da Coréia, fotografou-se junto a eles.

Acompanharam-no nesta ocasião Ri Yong Ho, membro do Presidium do Birô Político do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia; o vice-presidente da Comissão Militar Central do PTC e chefe do Estado Maior General do Exército Popular da Coréia, Kim Jong Un; o vice-presidente da Comissão Militar Central do PTC, Kim Yong Chun e outras lideranças da Coréia Socialista.

 
Texto: Embaixada da RDP da Coréia no Brasil

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Coreanos comemoram os 19 anos da nomeação de Kim Jong Il para Supremo Comandante do Exército Popular

El Presidente del Comité de Defensa Nacional Kim Jong Il, Máximo Dirigente de la RPD de Corea, es un Comandante Supremo ideal con alta capacidad política y cualidad militar excepcional, quien tiene una espada invencible llamada Songun (preferencia militar).

Con la aplicación del Songun él consolidó la unidad monolítica, más poderosa que las armas atómicas.

“La Dirección de la revolución, la unidad nomolítica y el socialismo son una comunidad de destino”. Esta es una nueva tesis que él presentó en el proceso de practicar la política del Songun. Según esta tesis la unidad monolítica tradicional de la sociedad coreana ha escalado a un poldaño superior.

El hizo librar enérgicamente la lucha por homogeneizar a toda la sociedad con la idea de Songun conforme a la demanda de la época del Songun. Gracias a ello el Ejército y el pueblo de Corea se han convertido en adeptos absolutos, defensores firmes y ejecutores resueltos de la idea del Songun. Toda la sociedad se ha consolidado como la más sólida comunidad de destino sobre la base de esa idea.

La dirección del Songun ue él da sin cesar a la revolución tiene la camaradería en su fondo. El porfesa un amor y una confianza ilimitada a los militares tratándolos no como los simples súbditos a partir del criterio de la jerarquía militar, sino como los camaradas con quienes comparte el propósito y el destino. Visita cualquier lugar donde están los soldados sin reparar en la distancia y dificultad. Su amor y confianza han hecho de las relaciones entre el Comandante Supremo y los militares y entre el Dirigente y los habitantes las del amor y la fidelidad y las de la confianza y la obligación moral. El ejército y el pueblo responden con la fidelidad y la obligación moral al amor y la confianza del Dirigente, y su totalidad está dispuesta a defender a costa de su vida al Comandante Supremo-Dirigente. Precisamente he aquí la garantía fundamental de la estabilidad de la sociedad coreana y de invencibilidad de la Corea socialista.

Mediante el Songun el Comandante Supremo Kim Jong Il ha preparado invencibles fuerzas militares.

Bajo su política del Songun, el Ejército Popular de Corea se ha convertido en un ejército invencible, en el más poderoso del planeta. Todos sus oficiales y soldados están listos para defender resueltamente al Comandante Supremo y ejecutar al pie de letras sus órdenes e instrucciones. Las fuerzas militares de Corea tienen una capacidad suficiente para derrotar de un golpe a cualquier agresor potente y destruir totalmente hasta su baluarte central. En diciembre de 1994, cuando un helicóptero norteamericano entró en el espacio aéreo de Corea un soldado del Ejército Popular lo derribó de un tiro, y en marzo de 2003, cuando un avión de exploración norteamericano “RC-135” realizaba el espionaje volando cerca del aire de Corea, una escuadra de cazas del Ejército Popular se le aproximó tanto que ese avión escapara horrorizado. Estos hechos prueban elocuentemente que nadie agredir ni una pulgada del territorio de Corea.

La política del Songun que él practica ha llevado la industria militar de Corea a un nivel excepcionalmente elevado.

Hoy, ésta es capaz de fabricar cualesquier medios de ataque y defensa modernos, pertrechos militares y equipos técnicos de combate poderosos que desee. Frente a la obstinada política de hostilidad y la amenaza de la anticipada nuclear de EE.UU., Corea declaró recientemente que ya tiene armas atómicas y aumentará incesantemente su capacidad de disuasión nuclear, manifestando así a todo el mundo que ninguna amenaza militar, ni desafío ni reto nuclear tendrá efecto alguno en Corea.

Por medio del Songun el Comandante Supremo Kim Jong Il demuestra su convicción, voluntad y audacia incomparables.

El es poseedor de la más férrea confianza y voluntad y de la mayor audacia. Como Comandante Supremo del Ejército Popular de Corea, no muestra la menor vacilación ante el desafío, amenaza y chantaje de decenas de millones de enemigos, y como Máximo Dirigente de la Corea socialista supera pruebas y dificultades sin ningún titubeo ante la adversidad. Cada vez que se crea una situación tensa y aguda rechaza a cada paso el desafío enemigo con un juicio exacto, una decisión resuelta y un golpe implacable. Tal decisión y audacia admiran a todo el mundo. En la década de los 90 del siglo pasado, el pueblo coreano estaba atravesando la más severa prueba; la guerra fría entre el Oriente y el Occidente se había reducido en un duelo entre la RPD de Corea y EE.UU. y el mundo se preocupaba por el destino de aquella. Entonces él levantó más alto la bandera de Songun.

La política de Songun es un reflejo de la convicción, la voluntad y la audacia que posee él. En ella encerrados la convicción de que no hay quien pueda vencer al que no teme la muerte, el temple y la audacia de vencer infaliblemente en combate. Su determinación y voluntad consisten en responder con la espada al cuchillo del enemigo y con el cañón al fusil de éste. Con tal convicción, voluntad y audacia él realizó día y noche el largo recorrido de inspección para poner en práctica su política de Songun. No se trataba de un recorrido que podría hacer cualquier persona. Mojado de rocío matinal, pasaba una cuesta abrupta en busca de los soldados de la primera línea del frente o corría toda la noche en el automóvil venciendo la nevasca en busca del pueblo que apretándose el cinturón aceleraba enérgicamente la construcción de una gran potencia próspera. Su convicción, su voluntad y su audacia se convirtieron al pie de letra en el espíritu del ejército y del pueblo de Corea, y los levantaron como un cuerpo invulnerable. En fin de cuentas, Corea salió vencedora del riguroso combate por la defensa del socialismo y acogió una nueva era de la construcción de una gran potencia socialista.

Verdaderamente, el Dirigente Kim Jong Il es el más destacado estratega del tiempo actual que conduce el ejército y el pueblo a la victoria con la espada todopoderosa llamada Songun.

Con motivo del 24 de diciembre en que se cumplen 19 años desde su nombramiento como el Comandante Supremo del Ejército Popular de Corea, le rendimos el máximo homenaje y felicitación.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Conheça o Centro de Estudos da Idéia Juche - Brasil


Centro de Estudos da Idéia Juche - Brasil


O blog de Solidariedade à Coréia Popular foi criado em abril de 2010. Desde então, obtivemos grandes êxitos em desenvolver um movimento de solidariedade à RDP da Coréia. O blog tornou-se mundialmente conhecido e, num curto período de tempo, recebeu mais de 15 mil visitas. Porém, ainda que tenhamos conseguido leitores fiéis e bons críticos, poucos são aqueles que ainda conhecem os princípios da Idéia Juche, ou mesmo o que ela significa.


A equipe do Solidariedade à Coréia Popular, em conjunto com os camaradas da embaixada da RDPC aqui do Brasil, resolveu entrar em acordo e criar um grupo de estudos para que se pudesse conhecer mais a respeito da Idéia Juche e tirar conclusões teóricas acerca da mesma, para ver que pontos poderiam ser de ajuda para a vitória da Revolução Brasileira. Levamos agora ao ar a página do Centro de Estudos da Idéia Juche Brasil (CEIJ-Brasil) para que possamos estudar em conjunto esta grande teoria marxista-leninista e para que os internautas possam conhecê-la mais a fundo. O primeiro texto que postamos foi “A Idéia Juche e a Revolução Coreana” – texto curto, porém de grande densidade teórica, foi postado no blog de Solidariedade à Coréia Popular, porém pouco lido pelos internautas. O CEIJ-Brasil, porém, não se configura como um blog de solidariedade à RDPC, mas sim dedicado exclusivamente ao estudo do Juche.

Marcamos reuniões periódicas para o estudo do Juche, e postamos nossas conclusões na página do CEIJ-Brasil. Para os que moram em São Paulo e queiram comparecer às reuniões, entrem em contato com o e-mail do Solidariedade à Coréia Popular: solidariedadecoreiapopular@gmail.com

Eis aí o endereço da página do CEIJ-Brasil para os que quiserem conhecer: http://ceijbrasil.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Entrevista com Elias Jabbour



O Blog de Solidariedade à Coréia Popular dará inicio a uma série de entrevistas com personalidades do mundo político e intelectual que já tiveram oportunidade de visitar a RPD da Coréia. Começaremos publicando uma brilhante entrevista concedida ao Blog de Solidariedade à Coréia Popular pelo geógrafo Elias Jabbour, autor do livro “China: infra-estruturas e crescimento econômico” da Editora Anita Garibaldi. Destacamos aqui que as opiniões do entrevistado não refletem, necessariamente, as opiniões dos editores do blog.

Boa leitura a todos.

Assinado: Equipe do Solidariedade à Coréia Popular
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Solidariedade à Coréia Popular: Países como China e Vietnã adotaram um modelo de construção socialista que ficou conhecido como “socialismo de mercado”. Na Coréia Popular, sabemos que na cidade de Kaesong existe uma Zona Econômica Especial, onde atuam empresas sul-coreanas, que empregam trabalhadores norte-coreanos. Foi uma maneira que o país encontrou para atrair investimento estrangeiro e desenvolver a região. Seria indício de que a Coréia Popular, futuramente, poderá adotar um “socialismo de mercado” semelhante ao da China e Vietnã?

Elias Jabbour: Sim,a instalação da zona de Kaesong é um indício de mudanças de rumo na economia norte-coreana. Mas as mudanças de rumo por lá dependem muito de uma mudança radical das relações da Coreia com os EUA e Japão. Acredito inclusive que os atuais incidentes ocorridos entre as duas Coreias são um forte indício de que a parte norte da península não se contenta mais com as conversas entre as seis partes e sim busca uma conversa bilateral diretamente com os EUA. Ouso afirmar que um dos objetivos estratégicos do regime está no reconhecimento de sua existência por parte dos EUA e do Japão, o que aliviaria sobremaneira as tensões na península e abriria condições objetivas a um aprofundamento de reformas. Mas a adoção de um modelo socialista de mercado não depende somente desses fatores. A Coreia do Norte demanda por uma mudança radical na forma como eles concebem o problema do desenvolvimento econômico e o papel do comércio internacional nesse processo. Além claro de uma mudança completa de atitude com relação a utilização de mecanismos puramente de mercado no que cerne a alocação de recursos. Enfim, (além de mudanças qualitativas no quadro internacional) acho que somente uma mudança radical das concepções de desenvolvimento por parte do governo norte-coreano. Impossível ter desenvolvimento onde a prática de comercialização de excedentes agrícolas por parte dos camponeses seja objeto de criminalização. A China do “Grande Salto Adiante” e da “Revolução Cultural” devem ser princípio de análise sobre o que não deve ser feito em matéria de política econômica.

S.C.P.: Kim Il Sung foi o principal líder da revolução coreana. Após sua morte, em 1994, o principal líder do país passou a ser seu filho, Kim Jong Il. Existe uma grande especulação por parte da imprensa ocidental que, após a morte de Kim Jong Il, quem assumirá seu posto será um de seus filhos. Acredita que tais informações seriam apenas boatos ou, pelas informações que colheu no país, seria realmente uma possibilidade? Caso não tenha ouvido falar em nada do tipo no país, comente sobre a questão do “culto à personalidade” dos líderes e a influência que isso exerce na vida do povo coreano.

E. J.: A resposta já foi dada: o filho de Kim Jon Il será o herdeiro do poder estatal. Sobre isso não cabem comentários e é uma forma coreana de solucionar seus impasses. Não temos o direito de julgar se é certo ou errado, pois o socialismo se manifesta em diferentes lugares de acordo com as particularidades de cada formação social. Sobre o culto à personalidade em si acho que se trata de um ataque a qualquer inteligência humana, não somos materialistas para continuarmos a acreditar na infabilidade deste ou daquele líder. Ninguém deve ser tratado com deus, até porque deus não existe. Olha que contradição!!! Nem Lênin que foi o maior revolucionário de todos os tempos esteve imune a erros. Mas a Coreia é rescaldo de sociedades agrárias confucianas, daí uma influência a ser levada em consideração quando se quer entender as sociedades asiáticas em geral. Num outro ângulo, seria leviano não trabalhar com o papel e o legado que o grande homem que foi Kim Il Sung deixou para seu país. Talvez aquela experiência não estaria viva sem esse legado.

S.C.P.: O Partido do Trabalho da Coréia se autodenomina um partido de tipo jucheano. O marxismo-leninismo foi abandonado pelos comunistas coreanos ou poderíamos dizer que não existiria Idéia Juche sem o marxismo-leninismo?

E. J.: É muito forte fala que eles abandonaram o marxismo-leninismo. Mas, o que é de fato marxismo-leninismo? É esse arremedo de teoria criado pela 3º Internacional e até hoje cultivado por gente sem nenhum apego com a verdade objetiva e concreta e que sobrevive politicamente às custas de um discurso “revolucionário” somente capaz de insuflar jovens fora do mercado de trabalho? Se isso que eu vejo de vez em quando por aí for “marxismo-leninismo” (muito materialismo e pouca dialética, muita forma e pouco conteúdo) eu mesmo estou fora. Podem me classificar como um “revisionista” se for o caso (aliás, certos “radicais” são especialistas em apontar o dedo na cara dos outros, numa clara reverência aos defeitos de Stálin e não às suas virtudes que foram muitas).
O marxismo-leninismo que cultivo é aquele que se propõe a ser um poderoso instrumento de penetração sobre a realidade, que se desenvolve pela mais ampla liberdade intelectual e de circulação de ideias e divergências. Um marxismo-leninismo em que todos tenham o direito de pensar o que quiserem, sem medo de serem julgados ou atropelados por quem acredita ser o “dono” deste mesmo marxismo-leninismo ou mesmo por quem tenha algum micropoder que se esvai no decorrer do tempo. Um marco teórico pautado pela busca incessante da verdade, mesmo que essa verdade nos faça chorar e sentir indignação sobre os próprios princípios que acreditamos serem “infalíveis”.  Reflitam sobre isso. Não existiria revolução coreana (consequentemente nem Ideia Juche) sem o leninismo, sem a vitória da União Soviética na 2ª Guerra Mundial e sem a derrota japonesa. Será que existiria Lênin sem o malogro russo na 1ª Guerra Mundial?

S.C.P.: Um dos princípios básicos da Idéia Juche é o da autonomia. Durante a luta revolucionária anti-japonesa, ao formular os postulados básicos de sua nova concepção, Kim Il Sung dizia que os comunistas coreanos precisavam de autonomia em relação às grandes potências. Além disso, também dizia que somente o povo de cada país teria condições de definir qual seria o seu destino, o que pressupunha uma autonomia ideológica do movimento comunista coreano. Seria correto dizer que, da mesma maneira que Lênin rompeu com o esquematismo da II Internacional, Kim Il Sung teria rompido com o esquematismo que depois caracterizou a própria prática da Terceira Internacional e dos Partidos Comunistas a ela ligada?

E. J.: Pode ser que sim e podem ser que não. A lógica da 3º Internacional da revolução anti-imperialista e antifeudal teve sucesso no caso coreano. O que pode ter havido foi um certo rompimento com as formas de divisão internacional de trabalho dentro do mundo socialista. A Coreia do Norte tem siderurgia e indústria química, Cuba não.

S.C.P.: Mesmo com as diferenças culturais e ideológicas existentes entre os comunistas brasileiros e coreanos, existe algo do que podemos aprender da experiência socialista coreana?

E. J.: Temos muito o que aprender com a construção nacional de cada formação que deu arcabouço ao Leste Asiático. São construções milenares, inclusive a Coreia. Daí a noção de nação ser muito forte e essencial para a construção daquelas experiências. Impossível fazer um diagnóstico da experiência coreana sem entender os Impérios chinês e mongol, sem compreender a penetração do confucionismo e do taoísmo naquela região. O problema de caracterizar a experiência coreana é muito mais complexo do que analistas de direita e de “esquerda” acham.

S.C.P.: O marxismo-leninismo é o auge do desenvolvimento intelectual da classe trabalhadora. Você acha que de acordo com um desenvolvimento cultural diferenciado, com tradições fortemente enraizadas e com um desenvolvimento histórico muito peculiar, uma outra teoria do socialismo científico poderia ser mais eficaz que o próprio marxismo-leninismo?

E. J.: Acho que não. Mas o marxismo-leninismo só tem serventia e capacidade de influir nos rumos de um determinado lugar se ele for enriquecido com todo acúmulo nacional de cada formação. O contrário é um discurso estéril, ruim, pobre, dogmático, um stalinismo de quinta categoria.

S.C.P.: Cuba é conhecida internacionalmente por seus elevados índices sociais, como são os mesmos na Coréia Popular?
  
E. J.: Eu não conheço os índices sociais coreanos e não existem – até onde eu saiba – estatísticas à disposição do público. Sei que eles são apontados como modelo em matéria de todo o chamado pré-natal e que com certeza deve haver um grande esforço nacional para manter patamares decentes em matéria de saúde e educação. Trata-se de uma herança positiva do antigo bloco socialista. Por outro lado, temos de medir o impacto que sérias crises de abastecimento alimentar tem derivado ao conjunto dos índices sociais.

S.C.P.: Qual é a relação da Coréia Popular com os países socialistas e com os comunistas do resto do mundo em geral, mas precisamente da Coréia do Sul e do governo Venezuelano?

E. J.: A princípio, pelo que noto, são muito boas apesar da “forma coreana” de relação com outros partidos e outros países. Sobre a Venezuela e sua relação com a Coreia eu não tenho informações. Seria uma boa pauta a ser feita com algum representante diplomático venezuelano ou coreano.

S.C.P.: Durante o governo Lula, tivemos avanços no que concerne às relações com a RPDC?

E. J.: Pensem bem: o maior país da América Latina (tido pelo imperialismo como “seu quintal”) abrindo uma embaixada na Coreia do Norte em meio a toda crise nuclear. Isso já diz muito. Parabéns ao Brasil.

S.C.P.: Existe uma forte participação das mulheres no processo político norte-coreano?

E. J.: Trata-se de um grande exemplo a ser diagnosticado na análise da Revolução Coreana. As mulheres tiveram um grande papel tanto no movimento revolucionário nacional quanto na administração do país. As mulheres somente se emanciparam na Ásia onde existe socialismo. No Japão e na Coreia do Sul existem recintos e reuniões em que mulheres, objetiva e subjetivamente, são proibidas de entrar. Muito diferente das experiências socialistas daquela região.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Coréia do Sul recusa diálogos e mantém política hostil contra o Norte

Em discurso transmitido pela televisão sul-coreana, o presidente Lee Myung-bak desconversou sobre a iniciativa chinesa de convocar uma reunião de urgência dos países que participam do diálogo de seis lados (as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão) para abordar a crise coreana, dando indícios de que o governo títere da Coreia não deseja negociar.


"Chegou o momento de demonstrarmos nossa determinação com ações em vez de palavras", disse Lee, que levantou a voz contra o vizinho do norte, ao qual acusa de ter disparado contra a ilha de Yeonpyeong, na última terça-feira (23). Lee chegou a dizer que a Coreia do Norte "pagará caro pela nova provocação".

Lee também negou a possibilidade de retomar em breve o diálogo para o desarmamento nuclear norte-coreano, porque alega "não fazer sentido" pensar que o Norte "abandonará seu programa nuclear".

O governo sul-coreano ainda foi longe, ao colocar sob suspeita o papel da China na ação de convocar os membros do diálogo multilateral para novas negociações e diminuir a tensão atual entre as duas partes da Península Coreana.

As negociações multilaterais para a desnuclearização da Coreia do Norte estão estagnadas desde dezembro de 2008, com um impasse provocado pelos Estados Unidos, que voltou atrás em sua proposta de prestar auxílio econômico à RPDC ao editar mais uma sanção contra bancos e empresas norte-coreanas.


Fonte: Portal Vermelho