sábado, 25 de dezembro de 2010

O muro da Península Coreana

Em 1977, os imperialistas norte-americanos e seus lacaios do governo traidor sul-coreano construíram um muro que submeteu milhões de coreanos ao drama da divisão. Até hoje, seguem impunes dividindo uma nação de mais de 70 milhões de habitantes.


Recentemente, os condecorados com o Prêmio Nobel da Paz apelaram à comunidade internacional para derrubar os muros que contravêm a paz e o humanitarismo, em um foro internacional realizado na ocasião do 20º aniversário do desmantelamento do muro de Berlim, símbolo do término da guerra fría entre o oriente e o ocidente. Passaram-se vinte anos desde que aconteceu tal evento, mas ainda continua em pé uma muralha. A sociedade internacional dirige com atenção à muralha de concreto que atravessa a península coreana no oriente.


Quem levantou a muralha?

A tal muralha apareceu há cerca de 30 anos.

Durante aquele tempo se registrava uma reviravolta dramática no movimento pela reunificação da nação coreana. Em 1972, pela primeira vez depois da divisão, efetuaram-se negociações políticas Norte-Sul de alto nível, abriu-se a porta para as conversações Norte-Sul e foi publicada a Declaração Conjunta de 4 de Julho, cujo conteúdo principal são três princípios: independência, reunificação pacífica e grande unidade nacional, com o qual o fervor pela reunificação da nação coreana aumentou mais do que nunca.

Isto não agradou aos Estados Unidos que quería consolidar o sistema de dominação no Sul da Coréia e apoiar-se nele para estabelecer o domínio sobre toda a Coréia. Instigou as autoridades sul-coreanas em 1973 para publicar a “declaração especial de 23 de junho” para revogar unilateralmente a referida declaração conjunta Norte-Sul e iniciar, em 1977, a construção de um muro introduzindo uma colossal quantidade de matérias e de mão de obra para dividir fisicamente o Norte e o Sul.

Como resultado, na área sul da península coreana levantaram ao longo da Linha de Demarcação Militar uma muralha de concreto de mais de 240 Km.



Símbolo da divisão e do confronto



Coréia do Sul: Um Estado sem soberania militar


A muralha de concreto serviu de símbolo da cisão nacional e de confronto entre o Norte e o Sul durante mais de 30 anos.

Dividiu 122 povoados,  8 distritos e cortou completamente 3 vias férreas, 4 rios e mais de 220 estradas. O curso da água dos rios acabou suspendido, os animais salvagens que cruzavam livremente de Norte ao Sul foram mortos e o ambiente natural e ecológico, gravemente destruído.

O tal muro não é só um obstáculo físico. De 5 a 8 metros de altura, de 10 a 19 metros de largura na parte inferior e de 3 a 7 metros na superior e com a faceta norte vertical e a sul ligeiramente inclinada, o muro possui casamatas e diversas armas pesadas, assim como, a intervalos de certa distância, portões de ferro com interruptor automático para deixar a grande coluna de efetivos moverem rápidamente (detrás dele estão estacionados os tanques, carros blindados e outros veículos militares). Isto significa que o muro é uma grande estrutura militar, desenhada e construída a favor da operação de ataque ao Norte. Na realidade, serve às tropas norte-americanas e sul-coreanas de base para perpetrar a maioria das provocações militares contra o Norte.

A existência da muralha acentua o fato de que atualmente a Península Coreana constitui um latente foco de guerra que ameaça a paz e a segurança mundial.

Na Terra há incontaveis muros e construções militares grandes e pequenas, mas nenhuma divide em duas partes um território pátrio nem promove o enfrentamento entre os compatriotas, como faz a muralha de concreto da península coreana.

A paz e segurança desta península é a do mundo, o qual é reconhecido pela sociedade internacional.

Deve-se desmantelar sem demora a muralha de concreto que não só causa incontáveis desgraças e provações à nação corena como também põe a península coreana em permanente estado de enfrentamento e conflito.