sábado, 10 de outubro de 2020

Nota de saudação do Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil enviada ao camarada Kim Jong Un




 

Ao Camarada Kim Jong Un, Presidente do Partido do Trabalho da Coreia:

O Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil envia ao povo coreano nossas calorosas saudações por ocasião do 75° aniversário de fundação do Partido do Trabalho da Coreia.

O Partido do Trabalho da Coreia, fundado pelo eterno líder camarada Kim Il Sung é a organização de vanguarda dos trabalhadores coreanos. Fundado inicialmente como Partido Comunista da Coreia do Norte, o Partido iria incorporar outras duas organizações e alterar o seu nome para Partido do Trabalho da Coreia – nome que segue até os nossos dias.

Desde sua fundação o Partido do Trabalho da Coreia soube guiar acertadamente as massas populares coreanas nas mais diferentes etapas da revolução. Conduziu com exatidão o processo de estabelecimento das bases fundamentais do socialismo, criando uma sociedade socialista centrada nas massas populares. O camarada Kim Il Sung deu inúmeras contribuições ao desenvolvimento da causa socialista e desenvolveu em várias dimensões a teoria revolucionária da classe operária.

Seguindo a Ideia Juche, criada pelo camarada Kim Il Sung, o Partido do Trabalho da Coreia estabeleceu um sistema de ideologia única que garantiu o fortalecimento da coesão e do desenvolvimento da causa socialista na República Popular Democrática da Coreia.

Depois, liderado pelo dirigente camarada Kim Jong Il, o Partido do Trabalho da Coreia herdou as tradições revolucionárias estabelecidas pelo camarada Kim Il Sung. Dirigindo o país em um contexto especial, marcado pelo avanço da ofensiva contrarrevolucionária produzida pela bancarrota dos países socialistas dirigidos pelo revisionismo. Nesse processo, o camarada Kim Jong Il tirou lições pertinentes da queda da União Soviética e dos países do Leste Europeu e afirmou em alto e bom som que a difamação do socialismo não seria tolerada. Desenvolveu a Política Songun, que colocava as questões militares como aspecto central do socialismo, elevando o papel do Exército Popular da Coreia.

Atualmente, liderado pelo Presidente Kim Jong Un, o Partido do Trabalho da Coreia segue defendendo o legado revolucionário dos líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il e da ideologia do Kimilsunismo-Kimjongilismo e segue obtendo inúmeras vitórias na construção socialista. Recentemente, dada a eclosão mundial do novo coronavírus e também nas campanhas de recuperação por conta das recentes inundações, o Partido do Trabalho da Coreia mostrou ao mundo a superioridade do sistema socialista, tomando em tempo e adequadamente todas as medidas necessárias para proteger e salvaguardar a vida da população.

Ao contrário do que acontece nos países capitalistas, onde a sociedade sucumbe em enorme crise política, econômica e social, na Republica Popular Democrática da Coreia, liderada pelo Partido do Trabalho da Coreia, o povo desfruta de uma vida feliz e está protegida diante dos graves perigos que assolam toda a humanidade. Esses são resultados concretos da posição classista e revolucionária do Partido do Trabalho da Coreia, que sempre colocou os interesses das massas populares no centro de tudo.

Desejamos que todos os militantes do Partido do Trabalho da Coreia e todo o povo coreano desfrutem com alegria esse importante dia.

CENTRO DE ESTUDOS DA IDEIA JUCHE - BRASIL

10 de outubro de 2020

sábado, 19 de setembro de 2020

Algumas observações sobre o problema da transição e a ditadura do proletariado na visão de Kim Il Sung


Gabriel Martinez - Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil

Sabemos que a ditadura do proletariado é um conceito de suma importância no léxico marxista. Karl Marx, em carta endereçada à J. Weydemeyer (1852), afirmou que o que existia de novo em sua teoria não era o fato de ter descoberto a existência das classes na sociedade moderna, nem a existência da luta entre as classes, mas sim de que tal luta “necessariamente levaria à ditadura do proletariado (...) que essa luta apenas constitui uma transição para a “abolição de todas as classes e a sociedade sem classes “ (Marx, Engels and Lenin. On the Dictatorship of the Proletariat. Foreign Language Pres, Peking, 1975, pg.5). Lenin, em Estado e a Revolução, afirma que “confinar o Marxismo a doutrina da luta de classes significa reduzir o Marxismo, distorce-lo, reduzindo-o aquilo que é aceitável para a burguesia (ibidem, pg.8). Também líderes como Josef Stálin e Mao Zedong deram suas contribuições teóricas e práticas para o entendimento do conceito da ditadura do proletariado. 

Aqui apresentaremos as teses sobre a ditadura do proletariado desenvolvidas por Kim Il Sung em sua obra Sobre os problemas do período de transição do capitalismo ao socialismo e da ditadura do proletariado, de 25 de maio de 1967.

Nesta importante obra, fruto de uma conversa com trabalhadores do campo ideológico do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Il Sung chama a atenção para o fato de que, segundo ele, os problemas surgidos no período da transição e da ditadura do proletariado não poderiam se resolvidos de maneira dogmática, recorrendo meramente a citações dos textos clássicos do marxismo-leninismo. Naquela época ainda era a grande a influência do revisionismo e dos oportunismos de direita e “esquerda”, de modo que ambos exerciam sua influência no ambiente político ideológico na Coreia. Desse modo, muitos intelectuais insistiam em interpretar o conceito da ditadura do proletariado como uma mera repetição das obras clássicas de Marx, Engels e Lenin, ou influenciados por documentos e teses apresentadas por outros partidos e organizações. Kim Il Sung lançou uma crítica aqueles que assim procediam, chamando a atenção para que os intelectuais compreendessem os problemas da transição e da ditadura do proletariado partindo da própria realidade e situação concreta da Coreia. Daí ter afirmado:

De nenhuma maneira devemos solucionar dogmaticamente esses problemas, apegando-nos as teses clássicas, nem tampouco devemos interpretá-los de modo alheio, deixando-os cativados pela ideia de servilismo às grandes potências. No entanto, tanto as notas de opiniões de muitos sábios, como os artigos de alguns camaradas que eu tive a oportunidade de ler, se desprende que quase todos os companheiros tratam de interpretar de maneira dogmática as teses clássicas ou explicá-las da mesma forma como pensam as pessoas de outros países, deslizando-se a tendência de servilismo às grandes potências, pela qual, finalmente, planteiam os problemas em um sentido radicalmente distinto ao que pensa nosso Partido. Fazendo isso, jamais se poderá estudá-los nem resolvê-los corretamente. Somente quando se coloca em claro os problemas com sua própria cabeça, livre do servilismo às grandes potências e do dogmatismo, se poderá chegar a conclusões justas. (Kim Il Sung, Sobre os Problemas do Período de Transição do Capitalismo ao Socialismo e da Ditadura do Proletariado, 1967)

 

Devemos reconhecer que o problema do servilismo às grandes potências não foi uma exclusividade de certos intelectuais coreanos, mas exerceu uma grande influência no conjunto do Movimento Comunista Internacional. No afã de reproduzirem os “sucessos” e “vitórias” obtidas por alguns partidos, muitos dirigentes e intelectuais comunistas tendiam a repetição mecânica de teses de outras organizações; caindo no mais puro subjetivismo burguês, não se esforçavam para estudar a realidade concreta, faziam que na prática a revolução em seus países não avançasse, e em alguns casos, até retrocedesse ao ponto de serem completamente derrotadas. Quando o revisionismo se apossou da direção de alguns países socialistas, tal problema manifestou de maneira ainda mais clara o seu caráter nefasto. Portanto, Kim Il Sung teve o mérito histórico de educar o povo coreano em um espírito independente, livre do servilismo das grandes potências, ao mesmo tempo que defendeu os princípios revolucionários desenvolvendo novas ideias e teorias.

Como sabemos, o problema da ditadura do proletariado foi colocado pela primeira vez por Marx. Marx, fundador da teoria do Socialismo Científico, deu importantes indicações teóricas a respeito do socialismo e do período de transição do capitalismo ao comunismo. Contudo, segundo Kim Il Sung, suas teses refletiam a realidade específica dos países capitalistas desenvolvidos (Inglaterra), fato que deveria ser levado em consideração na hora de se construir a ditadura do proletariado na Coreia. O que seria, então, um país capitalista desenvolvido segundo Marx? Kim Il Sung afirma:

Então, o que seria o país capitalista desenvolvido que apresentamos como uma questão? É um país capitalista que no campo já não existem camponeses, mas sim operários agrícolas junto com industriais, dado que predomina em toda sociedade as relações capitalistas, por se ter operado uma total transformação capitalista, não somente nas cidades, mas também nas áreas rurais. O país capitalista que Marx tinha em conta para desenvolver sua doutrina possuía essas características, e um país como a Inglaterra, onde ele vivia e atuava, era precisamente tal país. Portanto, quanto planteou o problema do período de transição do capitalismo ao socialismo, Marx partiu, tomando como premissa, antes de tudo, as condições em que já não existia a diferença classista entre classe operária e campesinato.

Essa não era a realidade da esmagadora maioria dos países da África, América Latina e Ásia, de modo que os comunistas e as forças revolucionárias desses países precisavam levar em consideração tal realidade na hora de formularem sua linha política. Nos países capitalistas desenvolvidos as forças produtivas já atingiram um alto nível de desenvolvimento, de modo que a transformação capitalista já processou completamente, até mesmo nas zonar rurais, fazendo com que a classe operária fosse a única classe trabalhadora. O desenvolvimento das forças produtivas nos países capitalistas fez com que a diferença classista entre operários e camponeses tenha desaparecido, as forças produtivas agrícolas tenham alcançado o mesmo nível das industriais, de modo que entre os operários industriais e agrícolas só existisse uma diferença relacionada as suas condições de trabalho (trabalho na fábrica e no campo).

Fazendo essa avaliação, Marx trabalhava com a ideia de que a transição ao socialismo seria relativamente curta, o que fazia certo sentido caso fosse levado em consideração apenas a realidade dos países capitalistas desenvolvidos. A construção do socialismo – ou seja, a revolução socialista –  seria produto da tomada do poder pelo proletariado nos países capitalistas, que despojaria a burguesia do controle dos meios de produção, fazendo com que estes se convertessem em propriedade de todo o povo. Como afirmado na citação inicial que fizemos de Karl Marx em Crítica ao Programa de Gotha, este período de transição entre a sociedade capitalista e comunista é correspondido politicamente pela ditadura do proletariado. Nessa fase de transição o proletariado se utiliza do estado como arma da luta de classes, no sentido de “eliminar as forças restantes da classe exploradora e extirpar as sobrevivências de velhas ideologias que ficam na mente dos homens.”

Sabemos que Marx desenvolveu sua obra e sua atividade política em um período onde o capitalismo ainda vivia em sua etapa pré-monopolista. Sendo assim, Marx não pôde ver o caráter desequilibrado do desenvolvimento capitalista, de modo que defendia a ideia de que a revolução socialista iria eclodir de maneira mais ou menos simultânea e sucessiva nos países capitalistas desenvolvidos da Europa Ocidental. Daí o fato de ter presumido que a revolução mundial obteria sucesso rapidamente.

Lenin herdou as posições fundamentais de Marx sobre a ditadura do proletariado e o problema da transição, destacando, porém, que apesar de Rússia ser também um país capitalista, o seu nível de desenvolvimento era bastante débil, principalmente comparado com os países capitalistas desenvolvidos. Portanto, para Lenin a etapa transitória do socialismo seria relativamente longa. Lenin, da mesma maneira que Marx, também considerava que em uma sociedade onde persistia as diferenças entre camponeses e proletários, mesmo que o proletariado tenha derrubado a burguesia e instaurado o seu próprio poder, ainda não era possível considerá-la como uma sociedade comunista ou socialista completa. Como afirmou Lenin, na Rússia, após a tomada do poder pelo proletariado: “As classes ainda existem, e irão existir por anos depois da conquista do poder pelo proletariado” (V.I.Lenin, Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo). Para Lenin, portanto, o período de transição do capitalismo ao socialismo (ou estágio inferior do comunismo) corresponde a fase onde se aplicam as medidas necessárias para eliminar as diferenças de classe no sentido de construção de uma sociedade sem classes.

Kim Il Sung considera que essas definições sobre o problema da transição são “fundamentalmente corretas”, mas chama a atenção para o que considera ser uma interpretação dogmáticas dessas teses. Ele critica aqueles que consideram que a ditadura do proletariado corresponderia apenas a tal período de transição (derrubada do capitalismo e estabelecimento da sociedade socialista ou fase inferior da sociedade comunista). Tal interpretação estaria correta caso a revolução triunfasse sucessivamente em todos os países, porém seria completamente equivocado considerar que, sendo o socialismo construído apenas em uma nação ou em um pequeno grupo de nações, a situação evoluísse de um modo que possibilitasse a eliminação da ditadura do proletariado depois do estabelecimento da sociedade socialista. Por isso Kim Il Sung afirmou: “Ainda assim, enquanto no mundo exista o capitalismo, a ditadura do proletariado não poderá desaparecer, nem muito menos poderemos falar de extinção do Estado”. Sendo assim, caberia aos comunistas coreanos analisarem o problema da transição e da ditadura do proletariado levando em consideração sua própria realidade e não se aferrar dogmaticamente a certas teses dos clássicos.

Os dois tipos de desvios sobre o problema da transição e da ditadura do proletariado: os desvios de direita e de “esquerda”

Especialmente após a chegada do poder do revisionismo ao poder na União Soviética, após a realização do XX° Congresso do PCUS, passa a predominar entre os Partidos Comunistas dos países socialistas visões direitistas acerca do problema da transição. Os direitistas advogavam a ideia de que terminada a fase de transição do capitalismo para o socialismo, a ditadura do proletariado teria cumprido sua função histórica. Foi por isso que os revisionistas passaram a defender teses como “Estado de todo o povo”. Muitos anos depois da chegada do revisionismo ao poder, já com o completo colapso do revisionismo e da dissolução da União Soviética, Kim Il Sung, analisando a figura de Kruschev, afirmou: “Este país começou sua derrubada desde a época de Kruschev. Este homem negou a ditadura do proletariado” (Conversas com uma jornalista cubana, 1994, vol.44). Infelizmente a adoção de teorias de tal tipo não foram uma exclusividade dos soviéticos, de modo que elas explicam em grande medida as causas da vitória da contrarrevolução no final da década de 80 e começo dos anos 90.

Dado a forte influência que a União Soviética ocupava dentro do Movimento Comunista Internacional, obviamente que tais ideias também exerceram influência dentro da Coreia, entre aqueles indivíduos imbuídos de espírito de servilismo aos grandes países. Os oportunistas de direita também difundiam o uso do termo “transição gradual ao comunismo”. A tese da “transição gradual” também foi defendida por Lenin (As Tarefas do Proletariado em Nossa Revolução), mas depois ela seria utilizada pelos revisionistas com um significado particular específico, que não vamos tratar aqui com mais detalhes.

Enquanto analisava o problema do desvio oportunista de direita, Kim Il Sung igualmente prestou atenção a outro desvio igualmente pernicioso, mas que se apresentava como uma resposta aos desvios direitistas e revisionistas: o revisionismo oportunista de “esquerda”. Os “esquerdistas”, segundo Kim Il Sung, partindo do princípio que o comunismo só pode ser construído ao longo de várias gerações, consideravam que o processo de transição seria todo o período que vai do capitalismo até o comunismo, dando ênfase de que a ditadura do proletariado seria necessária durante toda esse processo.

Para resumir, podemos dizer que os oportunistas de direita consideravam como “transição” o processo que vai do capitalismo até o estabelecimento do socialismo - depois o que existiria, no plano interno, seria o fim da ditadura do proletariado, já que supostamente não haveriam mais classes sociais e luta de classes, e no plano externo a recusa de promover a revolução mundial – e começaria uma “transição gradual ao comunismo”; os “esquerdistas”, por outro lado, criticavam os direitistas pelo seu abandono da ditadura do proletariado e da luta de classes, mas consideravam como “transição” todo o período histórico que vai do capitalismo até o comunismo; consideram que o comunismo só pode ser alcançado após a revolução mundial. Ou seja, o período de transição não pode ser terminado antes da realização da revolução mundial. Para Kim Il Sung, o ponto mais importante da questão do período de transição, não era se a transição seria “transição ao socialismo” ou “transição ao comunismo”, mas sim como avaliar e marcar o limite desse período de transição.

Analisemos, portanto, as duas posições.

Como ficou evidenciado pela próprio desenvolvimento da situação política e econômica dos países que aderiram as teses revisionistas, abandonar a ditadura do proletariado após o estabelecimento das bases do socialismo foi um equívoco completo. Isso abriu margem para que os inimigos da revolução, os elementos remanescentes das classes exploradoras, continuassem atuando sorrateiramente no seio da sociedade socialista, espalhando sua ideologia e desviando o conjunto da sociedade do caminho da construção do socialismo. Os oportunistas de direita começaram a introduzir gradualmente uma série de medidas revisionistas no âmbito da economia, que não só prejudicaram os níveis de desenvolvimento econômico, como fizeram ressurgir problemas típicos das sociedades capitalistas, já que os métodos que utilizavam para administrar a economia também eram capitalistas. Seguindo essa linha eram impossível fazer com que as massas elevassem o seu nível de consciência e desempenhassem de fato o papel que as correspondem em uma sociedade socialista, a saber, o papel de donas de seu próprio destino. No âmbito ideológico, seguindo a política de “coexistência pacífica” com os imperialistas, abriram as portas de seus países para todo tipo de infiltração ideológica que no final das contas produziu um gigantesco estrago impossível de ser sanado. Como afirmou Kim Jong Il em uma conversa com filhos de mártires revolucionários: “É uma quimera pensar em construir o socialismo e o comunismo sem luta classista e a ditadura do proletariado. A revolução não terminou e a luta de classes segue em diversas formas em todas as esferas da sociedade”.

As teses esquerdistas também influenciaram alguns países e produziram certos efeitos negativos na construção do socialismo. No âmbito ideológico, os esquerdistas, a pretexto de estarem aplicando a ditadura do proletariado, adotaram teses extremistas na relação do partido com os intelectuais e elementos oriundos das antigas classes exploradoras, mesmo os que estavam dispostos a serem reformados e aceitavam a direção do partido revolucionário, o que no final das contas acabou prejudicando a união do partido com tais setores, gerando desconfiança e ressentimento em um amplo setor da sociedade. Os esquerdistas não encaravam o problema da luta de classes a partir de uma perspectiva voltada para o fortalecimento da união e da solidariedade entre os membros da sociedade socialista, mas sim meramente como uma luta “pela tomada do poder”, fazendo com que inevitavelmente se produzissem uma série de distúrbios econômicos e sociais que na prática impediam o avanço saudável da causa socialista. Na economia, mesmo considerando que a transição ocupa um longo período, que vai do capitalismo ao comunismo, falharam em compreender o caráter transitório da sociedade socialista, negligenciando o papel importante que os incentivos materiais ainda prestam para o desenvolvimento da economia socialista, impondo formas de distribuição que não refletiam corretamente o verdadeiro caráter da sociedade socialista, o que desembocou no igualitarismo.

Como fixar o período limite da transição?

Levantamos acima que para Kim Il Sung, o mais importante era fixar o limite da transição. Em outros termos, ao analisarmos o problema da transição, o mais correto é analisar qual seria o seu limite, ou seja, como definir se a sociedade ainda está na fase de transição ou que tal transição já foi concluída. Vimos que os direitistas consideram como transição o período que vai do capitalismo até o estabelecimento do socialismo, seguindo o fim da ditadura do proletariado e a “transição gradual ao comunismo”, ao passo que os esquerdistas avaliam que a transição é todo o período que vai do capitalismo ao comunismo, que por sua vez só é possível de ser alcançado após a revolução mundial, ou seja, um país ou poucos países não podem entrar na etapa comunista. Kim Il Sung vai definir o limite da transição fazendo uma analise tendo como base a realidade específica da Coreia. Ele diz que é irrelevante se devemos chamar a transição como “transição ao socialismo” ou “transição ao comunismo”, pois o socialismo é um estágio inferior do comunismo e acrescenta:

A fase superior do comunismo não apenas compreende uma sociedade sem classes onde já não existe a diferença entre operários e camponeses, mas também uma sociedade altamente desenvolvida, na qual não existe diferença entre trabalho intelectual e manual, e todos os seus membros trabalham segundo suas capacidades e se distribui de acordo com suas necessidades. Por esta razão, considerar como período de transição até a etapa superior do comunismo equivale, de fato, a não fixar um limite. Algumas pessoas não somente enxergam o período de transição como até a fase superior do comunismo, como também dizem que em um só país é impossível realizar o comunismo. Elas sustentam que somente se tenha cumprido a revolução mundial se pode entrar no comunismo. Segundo tal opinião, o período de transição não pode terminar antes de que a revolução mundial se realize totalmente. Tais pessoas interpretam como se a ditadura do proletariado correspondesse o período de transição, considerando-a até a fase superior do comunismo, enquanto outras, com uma posição direitista, consideram-na como até o triunfo do socialismo. Em nosso entendimento, tais opiniões são exageradas.

Apresentando todas essas questões, Kim Il Sung avalia que é correto considerar que, na Coreia, a transição corresponde o período que vai até o estabelecimento da sociedade socialista, porém, ao mesmo tempo, isso não significaria o fim do processo de transição.

Kim Il Sung afirmou que:

Mesmo após o estabelecimento da sociedade socialista, ou seja, com a realização da transição de uma sociedade capitalista até a sociedade socialista, isso não significa que exista uma sociedade socialista completa, dado ao fato de que na sociedade socialista persistem resquícios e traços da velha sociedade, que precisam ser modificados e transformados por meio da revolução ininterrupta. Contudo, mesmo a sociedade socialista possuindo aspectos de sociedade transitória, ela já é uma sociedade completamente distinta da velha sociedade capitalista baseada na propriedade privada dos meios de produção e na exploração do homem pelo homem.

Vindo de uma situação que herdava o passado colonial e semifeudal, após a tomada do poder o proletariado coreano ainda tinha uma longa tarefa pela frente, que ia no sentido de construir a base material do socialismo impulsionando a revolução ininterrupta. Como a Coreia nunca havia passado por um processo de transformação capitalista, caberia ao proletariado coreano e a nova sociedade socialista construir a base material e as forças produtivas, que em países capitalistas desenvolvidos foram construídos e desenvolvidos durante os processos de revoluções burguesas desses países. Não se tratava, portanto, de construir o capitalismo para depois propor a transformação socialista, mas sim, já no socialismo, ir construindo essas forças produtivas, se aproximando paulatinamente dos países capitalistas desenvolvidos. A tarefa que estava colocada aos países coloniais e semicoloniais que iniciavam a construção do socialismo era de caráter completamente novo e a maneira concreta como se daria tal processo jamais foi vista ou analisada pelos pensadores clássicos, daí a insistência constante que Kim Il Sung presta ao problema de se combater o servilismo dentro do Partido do Trabalho da Coreia.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Rodong Sinmun: "Fracassará a tentativa de pressão dos EUA contra a China"


Pyongyang, 2 de julho (ACNC) - No último mês de maio, os Estados Unidos oficializaram em seu informe a pressão aberta e total como sua estratégia sobre a China.
O mais grave neste caso é que o país nega totalmente o regime socialista da China, liderado pelo Partido Comunista, qualificando-o como ditatorial.
Adianta assim o diário Rodong Sinmun em um comentário individual divulgado hoje e continua:
Os Estados Unidos elevam em todos os aspectos o antagonismo com a China, considerando o crescimento e desenvolvimento desta nação como uma “ameaça” a sua hegemonia e “liderança mundial”.
Recrudesce a pressão contra o Partido Comunista e o regime socialista da China, visando desintegrar o povo chinês e produzir uma “revolução colorida”.
O socialismo é a opção estratégica do povo chinês. O partido e o governo chinês mantém uma inabalável vontade de defendê-lo e desenvolvê-lo constantemente.
Sob a liderança do PCCh, o povo chinês alcançou mudanças e conquistas que chamam a atenção de todo o mundo. A margem de sua orientação, não se pode pensar nos êxitos notáveis obtidos na campanha profiláctica contra a transmissão da pandemia mundia.
Acossar um país pelo fato de este ter uma diferente ideologia e regime e estar logrando avanços e prosperidade, é uma violação flagrante da soberania e um insulto a dignidade de seu povo.
O povo coreano seguirá apoiando a luta do povo chinês para manter a liderança do Partido Comunista da China, defender as conquistas do socialismo e lograr assim a grande prosperidade da nação chinesa.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Che Guevara e sua viagem à Coreia Popular



Dos países socialistas que visitamos pessoalmente, a Coreia é um dos mais extraordinários. Talvez o que mais nos impressionou. Tem somente dez milhões de habitantes e tem o tamanho de Cuba, um pouco menos, uns 110 mil quilômetros quadrados. A mesma extensão territorial que a parte sul da Coreia, porém com a metade de população. Foi assolada por uma guerra tão assustadoramente destrutiva que nada ficou de suas cidades, e quando digo nada, é nada. É como os pequenos povoados de guano que Merob Sosa e Sánchez Mosquera e essa gente queimava aqui, e dos quais não restavam nada mais do que cinzas. Assim ficou, por exemplo, Pyongyang, que é uma cidade de um milhão de habitantes. Hoje não se vê nenhuma reminiscência de toda aquela destruição, tudo é novo. A única recordação que fica é, em todos os caminhos, em todos as estradas e em todas as ferrovias, os ocos das bombas que caíam uma atrás da outra.

Eles me mostraram muitas das fábricas, todas elas reconstruídas e outras recém construídas, e cada fábrica dessas havia suportado entre 30 e 50 mil bombas. Se nós fazemos ideia do que eram 10 ou 12 bombas atiradas ao nosso redor na Serra, que significava um bombardeio terrível, e era necessário ter sua dose de valor para resistir a essas bombas, o que significavam 30 mil bombas atiradas em um espaço de terra, as vezes menor que uma cavalaria!

A Coreia do Norte saiu da guerra sem uma indústria em pé, sem uma casa em pé, até sem animais. Em uma época em que a superioridade área dos estadunidenses era tão grande, e já não tinha o que destruir, os aviadores se divertiam matando o gado, matando o que encontravam. Era, pois, uma verdadeira orgia de morte o que cobriu a Coreia do Norte durante apenas dois anos. No terceiro ano apareceram os Mig-15 e a coisa mudou. Mas esses dois anos de guerra significaram, talvez, a destruição sistemática mais bárbara que já existiu.

Tudo o que se pode contar da Coreia parece mentira. Por exemplo, nas fotografias se vê pessoal com ódio, esse ódio dos povos que alcança a mais profunda parte do ser, quando se assassinam ali com fogo e em outras vezes com gás. Os esquartejamentos das pessoas, matar mulheres grávidas com golpes de baioneta para tirar o filho das entranhas, queimar feridos com lança-chamas... As coisas mais inumanas que se pode imaginar a mente foram realizadas pelo exército norte-americano de ocupação. E chegou quase até a fronteira da Coreia com a China, e ocupou, em determinado momento, quase todo o país. Somado a isto o fato de que na retirada destruíram tudo, podemos dizer que a Coreia do Norte é um país que se fez de mortes. Naturalmente, recebeu a ajuda dos países socialistas, sobretudo a ajuda da URSS, de forma generosa e ampla. Mas o que mais impressiona é o espírito deste povo. É um povo que saiu de tudo isso após uma dominação japonesa de trinta anos, de uma luta violenta contra a dominação japonesa, sem ter sequer um alfabeto. Ou seja, era um dos povos mais atrasados do mundo neste sentido. Hoje possui uma literatura e uma cultura nacionais, uma ordem nacional e um desenvolvimento ilimitado, praticamente, da cultura. Tem ensino secundarista, que lá vai até o nono grau, obrigatório para todos.

Tem em toda a indústria o problema que oxalá nós tenhamos dentro de 2 ou 3 anos, o problema da falta de mão de obra. A Coreia está mecanizando aceleradamente toda a agricultura para conseguir mão de obra e poder realizar seus planos, e também está se preparando para levar aos irmãos da Coreia do Sul o produto de fábricas de tecidos e outras, para ajudá-los a suportar o peso da dominação colonial norte-americana.

É, realmente, o exemplo de um país que graças a um sistema e a dirigentes extraordinários, como é o Marechal Kim Il Sung, pode sair de uma desgraça das mais grandes para ser hoje um país industrializado. A Coreia do Norte poderia ser para qualquer um aqui em Cuba, o símbolo de um dos tantos países atrasados da Ásia. Entretanto, nós vendemos para eles um açúcar semi-elaborado com é o açúcar cru, e outros produtos primários, como o sisal, e eles nos vendem tornos, todo tipo de maquinaria, máquinas de minas, ou seja, produtos que necessitam de uma alta capacidade técnica para ser produzido. Por isso é um dos mais que mais me entusiasma.

Informe de uma viagem aos países socialistas, de 31 de dezembro de 1960
Páginas 57 e 58 das Obras Completas de Ernesto Guevara

Entidades internacionais assinam declaração conjunta


Uma declaração internacional conjunta está sendo assinada em apoio à República Popular Democrática da Coreia diante da nova onda de agressões externas contra a Revolução Coreana.
A declaração, escrita em conjunto pela Associação de Amizade com a Coreia do Reino Unido e o Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, condena as ações hostis do regime fantoche da Coreia do Sul que tem provocado a RPDC nas últimas semanas e acabou rompendo todos os compromissos de paz e diálogo na Coreia ao ser cúmplice do lançamento de balões na fronteira da Coreia no início do mês.
A declaração foi aprovada em uma reunião online no último dia 19 e logo em seguida foi assinada por várias organizações de várias partes do mundo.
A declaração é reproduzida a seguir.
DECLARAÇÃO INTERNACIONAL CONJUNTA
Nesse momento, a República Popular Democrática da Coreia está sofrendo mais uma série de agressões de forças externas contra a sua soberania. Tais agressões e ações hostis praticadas pelo governo fantoche da Coreia do Sul estão em desacordo com a Declaração de Phanmunjom de 2018 e são graves violações da paz na Península Coreana. A RPDC sempre se manteve em uma posição diplomática e em busca de diálogos amistosos, mas as autoridades da Coreia do Sul abusaram da paciência e recentemente tomaram ações tolas.
Nossas organizações condenam veementemente as autoridades da Coreia do Sul por conivência com as ações hostis anti-RPDC dos chamados “desertores” na Coreia do Sul, que foram corretamente denunciadas pelo povo da RPDC como escória humana.
O regime sul-coreano é o único culpado pela deterioração das relações inter-coreanas que formou o plano de fundo para a demolição do escritório de ligação inter-coreano. O regime sul-coreano foi conivente nas operações anti-RPDC dos chamados “desertores” da RPDC enquanto fingia que não tinha nada a ver com eles. Sob acordos inter-coreanos que foram assinados em 2018, ambos os lados concordaram em encerrar ações hostis em áreas de linha fronteiriça. No entanto, os “desertores” lançaram folhetos anti-RPDC das áreas da linha de frente contra a RPDC. Este foi um ato de guerra psicológica e, de fato, uma reminiscência dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. De fato, a guerra psicológica é frequentemente o prelúdio da agressão física real. Se a Coreia do Sul levava a sério os acordos inter-coreanos, por que ela permitiu que “desertores” operassem em seu território? Na verdade, ela sustenta os “desertores” e oferece uma recompensa financeira para as pessoas que desertam da RPDC.
Portanto, apoiamos a ação da RPDC em demolir, por uma explosão controlada, o escritório de ligação inter-coreano em Kaesong e apoiamos as declarações da camarada Kim Yo Jong, Primeira Vice-diretora de Departamento do Comitê Central do PTC e de Jang Kum Chol, Chefe do Departamento da Frente Unida do PTC e de Estado Maior. Parabenizamos a RPDC pela firme determinação de romper relações com a Coreia do Sul.
Essa declaração conjunta está sendo assinada por várias organizações internacionais de estudo e apoio à Revolução Coreana. Nós condenamos veementemente as ações hostis da Coreia do Sul e a quebra dos acordos de paz. Não aprovamos de forma alguma os ataques de “desertores do Norte” e apoiamos completamente as ações da República Popular Democrática da Coreia para defender o seu orgulho e dignidade.
Os ataques e conspirações anti-RPDC das autoridades sul-coreanas são intoleráveis e causam instabilidade na região, quebrando o clima de paz da Península Coreana e causando grandes obstáculos na causa da Reunificação coreana!
Convidamos todas as organizações de amizade e solidariedade da RPDC a intensificarem o seu apoio à RPDC e a fazerem mais para expôr a natureza dupla e corrupta do regime sul-coreano.
Assinado
Várias organizações dos povos livres de todo o mundo
Associação de Amizade com a Coreia – Brasil
Associação de Amizade com a Coreia – Reino Unido
Associação de Amizade com a Coreia – Sérvia
Associação de Estudo da Política Songun – Reino Unido
Centro Brasileiro de Estudos sobre a Coreia Popular
Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil
Centro de Estudos da Política Songun – Brasil
Grupo Britânico de Estudo da Ideia Juche
Grupo de Estudos da Ideia Juche – Irlanda
Grupo de Estudos da Política Songun – Bangladesh
Instituto Latino-Americano de Estudo da Ideia Juche
Fonte: CEPS

domingo, 21 de junho de 2020

Rodong Sinmun comemora 25° aniversário de publicação de obra de Kim Jong Il




KCNA - No dia 19 de junho, o jornal Rodong Sinmun divulgou um artigo individual por ocasião do 25° aniversário da publicação da obra do Dirigente Kim Jong Il “Priorizar o trabalho ideológico é requisito indispensável para o cumprimento da causa socialista”.

O trabalho, que apareceu em 19 de junho de 84 da era Juche (1995), aclara a via para resolver satisfatoriamente todos os problemas surgidos na revolução e construção e realizar com sucesso a causa socialista com o poderio da ideologia, afirma o articulista e prossegue:

Ao priorizar o trabalho ideológico está garantia da existência e do futuro do socialismo.

Nosso Partido insiste que a atual arremetida frontal deve ser uma campanha de mobilização ideológica.

A ofensiva ideológica de caráter revolucionário constitui a chave para fortalecer por todos os meios a unidade monolítica, símbolo do socialismo ao nosso estilo, e formar a todos os habitantes como defensores resolutdos da pátria e construtores competentes do socialismo.

Nosso Partido sempre prestou muita atenção a educação e autoconfiança tomando-a como tarefa importante do trabalho ideológicos, graças a qual nosso povo pôde lograr grandes transformações nunca antes vista em nossa milenar história nacional.

Armar a todos os membros da sociedade com a única ideologia revolucionária e alcançar a identidade ideológica baseado nega, aqui está o requisito ingênito da sociedade socialista.
Durante o aprofundamento dos trabalhos para estabelecer o sistema de ideologia única em toda a sociedade, se fortalecerá as ideias e as convicções, assim como será mais sólida a unidade ideológica e política de nosso Estado.

Rodong Sinmun reitera que será eterna a amizade entre Coreia e China





Pyongyang, 20 de junho (ACNC) – O periódico Rodong Sinmun divulgou hoje um artigo individual em homenagem ao primeiro aniversário do encontro entre o Máximo Dirigente Kim Jong Un e Xi Jinping, Secretário-Geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e Presidente da República Popular da China, que realizou uma visita de Estado a República Popular Democrática da Coreia.

Essa reunião em Pyongyang é um marco importante para aprofundar a amizade entre os dignatários de ambos países e desenvolver as relações bilaterais, apontou o diário, e continuou:

Durante um longo tempo, os partidos e povos dos dois países vizinhos fortalecem o apoio e a cooperacão na luta conjunta pela independência anti-imperialista, a paz e o socialismo, oferecendo o sangue e a própria vida.

O socialismo é a grande bandeira que liga os dos líderes supremos com os povos de ambos os países na base da confiança e obrigação mora.

Hoje em dia, os dois partidos e países juntam suas almas e forças na vida de defender e desenvolver o socialismo superando o despotismo e os atentados desesperados das forças hostis.

Continua a histórica tradição de amizade entre Coreia e China que respaldam fortemente uma a outra em meio a uma complicada situação internacional.

Se consolidará e se desenvolverá também no futuro essas relações amistosas sob a profunda atenção dos mandatários e avançará triunfantemente nos dois países a construção socialista. -0-

sábado, 20 de junho de 2020

Mensagem do Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil enviada ao CC do Partido do Trabalho da Coreia


Por ocasião do 56° aniversário do início dos trabalhos do camarada Kim Jong Il no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, o Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil publica a seguinte mensagem de felicitação ao povo coreano:

Hoje o povo coreano comemora o 56° dos inícios do trabalho do Dirigente Kim Jong Il no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia.
Ao iniciar os seus trabalhos no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, o camarada Kim Jong Il defendeu firmemente a ideologia revolucionária do Presidente Kim Il Sung e desenvolveu importantes atividades para que o Partido afirmasse o seu caráter revolucionário e jucheano. Graças ao camarada Kim Jong Il, o Partido do Trabalho da Coreia, aderindo firmemente a Ideia Juche, fortaleceu sua unidade militante como um Partido kimilsunista. Em junho de 1964, Kim Jong Il afirmou que: “O que importa no trabalho e nas atividade de nosso Partido é estabelecer estritamente em todas as suas fileiras o sistema ideológico do Líder”.

Quando o camarada Kim Jong Il iniciou os seus trabalhos no Comitê Central do Partido, o movimento comunista e revolucionário internacional atravessava um período bastante delicado, devido às atividades fracionistas dos revisionistas contemporâneos. O camarada Kim Jong Il soube analisar tal situação complexa e formular corretas orientações políticas que fortaleceram o caráter revolucionário do Partido do Trabalho da Coreia, desmantelando assim grupos revisionistas e dogmáticos aduladores das grandes potências. Kim Jong Il deu decisivas contribuições ideológicas, ao explicar o conteúdo e o desenvolvimento histórico da ideologia precedente da classe operária, e de que modo o kimilsunismo representava uma nova ideologia, que herdava os princípios revolucionários das ideologias precedentes, ao mesmo tempo em que seria uma teoria nova e original, baseado na ideia Juche. Esse correto entendimento foi fundamental para demarcar campo com os revisionistas contemporâneos e os dogmáticos de “esquerda” e assim estabelecer o sistema de ideologia única do Partido.

Kim Jong Il também deu valiosíssimas contribuições no campo da defesa nacional, para fortalecer o poderio defensivo da pátria socialista e assim fortalecer o socialismo contra as manobras imperialistas, que sempre buscam lançar novas guerras de agressão.

Kim Jong Il dirigiu uma profunda revolução no campo da arte e da literatura, promovendo assim um renascimento artístico e literário de caráter socialista; inúmeros novos livros, filmes, pinturas e obras arquitetônicas foram surgindo, refletindo brilhantemente o caráter da nova época onde as massas populares são donas da sociedade.

As brilhantes vitórias e conquistas do povo coreano nos dias atuais, são produto direto de todo um legado deixado pelos líderes revolucionários Kim Il Sung e Kim Jong Il. Atualmente, sob a liderança do camarada Kim Jong Un, o Partido do Trabalho da Coreia dirige o povo coreano em sua luta pela construção e consolidação do socialismo centrado nas massas populares. Temos a certeza de que o caminho traçado pelo Partido do Trabalho da Coreia é correto, e reflete as demandas das massas populares em sua luta por independência nacional e social. Também no futuro seguirá o Partido do Trabalho da Coreia levantando alto a bandeira do Kimilsunismo-Kimjongilismo, defendendo a bandeira vermelha do socialismo, marchando em conjunto com todos os povos do mundo que lutam por sua libertação.

CENTRO DE ESTUDOS DA IDEIA JUCHE – BRASIL

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Publicada declaração de Kim Yo Jong, primeira subchefa do departamento do CC do Partido do Trabalho da Coreia


Camarada Kim Yo Jong


Pyongyang, 17 de junho (ACNC) – A primeira sub-chefa do Departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Yo Jong, publicou no dia 17 a seguinte declaração:

Quando as relações Norte-Sul chegaram a pior conjuntura irremediável, o governante sul-coreano finalmente quebrou o silêncio.

No último dia 15, ele pronunciou seguidamente dois discursos prolixos na reunião de secretários superiores e assistentes da Chongwadae e uma mensagem em vídeo enviado ao “ato comemorativo do 20° aniversário da Declaração de 15 de Junho”.

Usava a mesma gravata que o ex-mandatário no momento da assinatura da Declaração Conjunta de 15 de Junho de 2000, e apareceu na mesma tribuna usada durante a publicação da Declaração Conjunta de Phanmunjom de 2018. Apesar do simbolismo e significado, o seu discurso foi repugnante.

Em uma palavra, seus pronunciamentos foram cínicos e atrevidos do começo ao fim.

Senti náuseas ao ouvir o chamado discurso do “presidente”, repleto de justificações de si mesmo, tentativas de fugir de sua responsabilidade e profundo servilismo às grandes potências, na qual não se pode apreciar nenhuma responsabilidade e vontade assumida diante da nação, e os remédios para reparar a situação atual.  

É uma retórica que inverte as coisas.

É um fato conhecido por todos que a grave situação atual se deve ao lançamento de balões anti-RPDC por escórias humanas e a tolerância e cumplicidade das autoridade sul-coreanas.

Portanto, o governo sul-coreano deveria expressar em seu discurso a desculpa e uma reflexão dando firme garantir para prevenir que tais atos provocadores se repitam.

Porém, ele apenas deu desculpas e palavras bonitas para não assumir sua culpa, tais como que a paz não chega em uma manhã, que se deve ter convicção otimista como o curso de um rio que chega ao mar, e que é necessário avançar passo a passo, ainda que fosse devagar.

Parece que lhe custou muito trabalho para colher as expressões e assim ser um “atrativo orador”com sua peculiar linguagem e modo coloquial. Gostaria de perguntar se ele conhece a essência da situação atual.

Não se pode ignorar com abstração retórica florida o lançamentos de panfletos anti-RRPDC cometido pelos desperdícios biológicos e sua cumplicidade com as autoridades coreanas.

A parte Sul tratou de vulnerar o princípio de respeito mútuo e confiança que constituem o fundamento e ponto de partida das relações Norte-Sul. Aqui está a gravidade do problema.

Caluniou atrevidamente a nosso companheiro Presidente do CE, máxima dignidade que santificamos mais do que ninguém, e ao mesmo tempo, insultou a todo nosso povo.

Como isso pode ser qualificado como conduta de “algumas pessoas” e de “assunto incomodo e difícil”, tratado como um mero “pesar”?

Reitero que o insulto atrevido ao companheiro Presidente, representante da nossa dignidade, significa a ofensa ao núcleo espiritual de nosso povo e não podemos tolerar de nenhum modo. Este é o sentimento ideológico de todo o povo e nosso estilo estatal.

Há pouco, Chongwadae reconheceu oficialmente que o lançamento de balões anti-Norte é um ato nocivo e inútil, declarando que tomaria contra-medidas rotundas, o que mostra que parte Sul conhece muito bem a gravidade de seu crime.

Porém, o governante sul-coreano não reconhece sua culpa, nem reflexiona e não toma nenhuma correspondente.

A imputação da responsabilidade do próprio pecado é uma prática dos covardes.
Produz grande consternação o discurso caracterizado pelo cinismo e repugnância, pronunciado pela máxima autoridade que representa o Sul da Coreia.

Ele insiste tanto no avanço contínuo das relações intercoreanas, porém não reconhece francamente sua culpa, o que constituiria um primeiro passo. Sem apresentar nenhuma medida para frear as feitorias das escórias humanas, disse estar preocupado pela possibilidade de se envolver em um turbilhão não desejado.

Sua verdadeira intenção está em dissimular o seu crime e evadir a crise atual com charlatanice. É então uma ideia simplista e estúpida.

Como se poderá mudar as relações intercoreanas com algumas palavras sedutoras, já que se rompeu a raiz e a confiança mútua e se chegou ao extremo da aversão?

Sofismas cínicos para evitar assumir responsabilidade.

O mandatário sul-coreano é o responsável por levar adiante as relações intercoreanas.
É muito natural que ele assuma a atitude e a responsabilidade total pelos vínculos N-S, queira eles marchem bem ou não, porque foi ele que assinou a histórica Declaração de Phanmunjom e Pyongyang, prometendo o destino e o futuro da nação frente 80 milhões de coreanos.

Porém, em seu discurso, ele atribuiu a fatores externos o estancamento das relações N-S.

Em tom de queixa, disse que a política sobre o Norte perdeu sua constância devido a mudança do “poder” e não se desenvolveu de maneira reta as relações entre ambas partes coreanas devido aos auto e baixos da situação internacional.

Teria sido melhor se ele tivesse dito sem rodeios que para eles não havia nada que pudesse ser feito desde o princípio para a implementação das declarações conjuntas.

Suas palavras querem dizer que o vínculo N-S não deu um passo adiante devidão a situação interna no Sul da Coreia e por falta de apoio dos Estados Unidos e da sociedade internacional. Então, essas não passam de desculpas que tira a razão da “teoria do condutor” de que falavam tanto no passado.

Além disso, ele disse que “é uma grande lástima que as relações N-S não tenham avançado como o esperado”. Não é uma atitude e posição para um chamado “chefe de Estado” ficar se expressando somente sobre esperanças ambíguas e lástimas.

O que não se pode passar por cima é que ele teme que nossa parte regresse a época de confrontação do passado criticando a parte Sul e cortando toda a comunicação pelo incidente de lançamento de balões por parte dos “fugitivos do Norte” e que deseja resolver o problema mediante o intercâmbio mediante troca de opiniões e cooperação.

Parece que suas palavras cheiram a cinismo.

Quem traiu a confiança e deixou de cumprir a promessa desobedecendo nossos conselhos de retornar a posição de autor das relações N-S?

Como se fosse pouco, o governante sul-coreano tenta cinicamente e insolentemente tentar nos culpar pelo presente caso engendrado por sua parte.

A primeira cláusula do segundo artigo da Declaração de Phanmunjom estipula o cessar da radioemissão com auto-falantes, o lançamento de balões e todas as demais formas de atos hostis na Linha de Demarcação Militar.

É evidente que para todos que a responsabilidade do lançamento de panfletos anti-RPDC, que teve lugar no Sul da Coreia durante logos dois anos, recai sobre as autoridades sul-coreanas que o toleraram em silêncio.

O cinismo das autoridades sul-coreanos chegou ao seu auge quando falaram como se estivessem realizando imensos esforços para executar o acordo N-S.

Então, qual é o artigo da Declaração de Phanmunjom e a Declaração Conjunta de Pyongyang que foram cumpridas devidamente pelas autoridades sul-coreanas?

O que elas fizeram foi ter mendigado ajuda para a sociedade internacional, deixando se levar pelo estado de humor de seu amo, longe de desempenhar o papel de protagonista.

Não obstante, as astutas autoridades sul-coreanas a descreveram descaradamente como “esforços constantes” e “linha de comunicação”.

O mesmo mandatário sul-coreano havia confessado que tratou com muita cautela sobre o tema das relações N-S, como se estivesse pisando em ovos. Pois, ele que vacilou sem poder executar até o que pode ser feito entre ambas as partes.

Não se pode imputar o evitar a responsabilidade da história.

Um homem deve ter pelo menos a postura de assumir a responsabilidade que lhe corresponde.

Baixeza e submissão manifestadas

Ao dizer que as “declarações N-S constituem um princípio firme que não deve ser afrouxado”, o mandatário sul-coreano se pronunciou como se fosse fazer algo para as relações intercoreanas, ainda que não existam as “condições propícias”.

Não obstante, se revelou claramente o seu inalterável atributo servi às grandes potências ao escutarmos sua retórica entendiante de que a “situação atual não permite que ambas as partes coreanas marchem com vontade própria” e de que “realizará esforços constantes para conseguir o consentimento da sociedade internacional ainda que isso demore muito”.

Conhecemos assim sua situação miserável de viver coibido de acordo ao estado de ânimo de seu amo. Porém, sua conduta demasiada servil é como mendigar a ajuda para um gangster que destruiu sua casa, até na atual conjuntura catastrófica das relações Norte-Sur.

Como é reconhecido por todos, os excelentes acordos N-S não deram um passo adiante para sua implementação devido o jugo do servilismo aos Estados Unidos, que tomou para si a parte sulina.

As trágicas consequências de hoje foram provocadas pelo fato de que ele remeteu a consideração da Casa Branca todos os assuntos surgidos nas relações intercoreanas, chegando a aceitar de boa vontande a proposta do “grupo de trabalho Coreia do Sul-EUA”, que foi imposto pelo seu amo, ainda antes de se assinar o acordo Norte-Sul.

Sabem as autoridades sul-coreanas que eles violam flagrantemente o acordo N-S e suas ações imbecis são feitas sob mando de seu amo, tais como realizar exercícios militares e comprar armas sofisticadas com somas astronômicas recolhidas por meio do imposto.

Conduzem o Sul da Coreia pelo caminho da submissão prolongada e traição cínica da sua confiança cega em que antes do acordo essa “aliança” e o seu poder podem lhe assegurar a paz.

Durante os últimos anos, as autoridades sul-coreanas recorrem a política estranha de “circulação primeira” das relações N-S e as entre RPDC-EUA, em lugar de preconizarem a independência nacional. Mesmo quando expuseram a vontade, ainda que tardiamente, a vontade de “ampliar o escopo de ação”, colocam como condição absoluta que ela seja “dentro dos marcos da sanção”.

Hoje em dia, as relações intercoreanas se converteram em uma matéria manipulada pelos Estados Unidos, resultado trágico do obstinado e crônico servilismo e submissão das autoridades sul-coreanas.
O problema é que até em este momento delicado, o governante sul-coreano mostre sua imagem penosa insistindo em não se separar das forças estrangeiras.

Se diz que até um animal não cai duas vezes na mesma armadilha.

Porém, ele repete orações estúpidas cada vez que pronuncia um discurso, fato que me faz pensar com preocupação se esse homem, aparentemente normal, não sofreria de algum tipo de transtorno mental.

O servilismo as grandes potências e a submissão são o prelúdio da autodestruição.
É nossa convicção invariável que não podemos discutir mais as relações intercoreanas com uma contraparte tão covarde.

Em caso de um político, o seu ideal é importante, porém não deve faltar o temperamento de fazer com ousadia aquilo que deve ser feito.

É certo que há homens que preferem mais a palavra do que a ação.

Cada vez que se coloca em frente de uma câmera ou microfone, se porta como uma criança ingênua dizendo palavras cheias de esperanças, como um apóstolo da paz que advoga por tudo que é justo. Então, me dá pena ver sozinha essa horrível cena, portanto preparei essa bomba verbal para que conheçam um pouco como pensam nossos habitantes.

Em todo caso, as autoridades sul-coreanas não poderão fazer nada com a nossa parte.

O único que poderão fazer no futuro é se arrepender e lamentar.

Sentirão na própria carne com o passar do tempo quão caro lhes custaria a traição à boa fé alheia. -0-