segunda-feira, 29 de abril de 2013

Nota do PCB sobre a tensão na Península Coreana


Coreia do Norte: entra a guerra, a paz e o futuro

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) repudia as ameaças de agressão militar imperialista à  República Popular Democrática da Coréia e presta total solidariedade ao governo e ao povo nortecoreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com o caminho que escolheu para sua construção socialista.

Nesse momento de provocações por parte do imperialismo, queremos ressaltar que a Coréia do Norte precisa do apoio solidário dos governos e povos amantes da paz, de todos os que se opõem ao imperialismo, para que possa desenvolver-se livre e plenamente, em todas as esferas da vida social, para um futuro de igualdade e justiça social.

Constatamos que é grande a pressão internacional contra o país, comandada pela grande mídia burguesa e pelo governo dos EUA, centrada, principalmente, em ações de propaganda anti-socialista, em medidas políticas e econômicas e em mobilização militar para impedir que a Coréia do Norte desenvolva plenamente a  capacidade nuclear de que necessita para fazer mover sua economia, movimento que se intensificou a partir dos anos 90, com o fim da União Soviética. São freqüentes palavras como “ditador”, usadas para referência ao dirigente máximo (o termo não é usado para os Emires, Príncipes e outros monarcas absolutistas que governam países árabes) e alusões à “ajuda humanitária” da qual a população nortecoreana dependeria para sobreviver. As reportagens falam do “autoritarismo” e do “atraso” da Coréia do Norte, atribuídos, é claro, ao estilo do socialismo lá vigente. O objetivo dessas ações é isolar o país,  destruir as conquistas sociais e tentar agredir e ocupar militarmente o país, em função de sua localização estratégica na disputa hegemônica com a China e a Rússia. .

A imprensa, naturalmente, não traz informações sobre as conquistas sociais do país, atestadas por fontes insuspeitas como o Banco Mundial e o Factbook da agência de inteligência dos EUA, a CIA: 60% da população vive em cidades; 97% da água consumida é tratada; a expectativa de vida é, hoje, 69 anos (era 67 anos em 2001); o acesso ao saneamento chega a 80% dos domicílios, o anafalbetismo é de 1%. A saúde, a educação, os esportes e outros serviços sociais são gratuitos, há moradias para todos. O país tem centrais nucleares, termo e hidroelétricas, produz automóveis, tratores, aço, máquinas diversas, cimento, tecidos, fertilizantes e um grande número de outros produtos industriais. Além do domínio do ciclo do urânio, a Coréia do Norte logrou pôr um satélite em órbita com um foguete construído no próprio país.

A história recente do país ajuda a explicar o quadro atual: com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a União Soviética passou a controlar a região norte da península coreana, ao passo que os EUA controlavam a parte sul. Em 1948, após 3 anos de negociações frustradas para uma possível reunificação do país, foi criada a República Popular e Democrática da Coréia, na região norte, após a realização de eleições gerais ganhas pelos comunistas e outros partidos aliados (dois dos quais participam até hoje da coalizão que governa o país). No sul seria criada, na mesma época, a República da Coréia. Após a guerra entre os dois lados, no começo dos anos 50 - uma guerra provocada pelos EUA, que iniciava assim a Guerra Fria -, a Coréia do Norte viveria um período de crescimento e prosperidade que duraria mais de duas décadas.

No entanto, a situação econômica do país viria a deteriorar-se após a queda da União Soviética, país que lhe oferecia equipamentos, petróleo e muitas outras formas de cooperação econômica e técnica, além de ser seu principal aliado político. Sem a URSS, aumentaria sobremaneira a pressão dos EUA  e seus aliados sobre a Coréia do Norte.

No campo econômico, o país já vinha tomando iniciativas para atrair investimentos externos desde os anos 1980, e esforços vêm sendo feitos para uma aproximação com a Coréia do Sul, a China e outros países. Entre outros empreendimentos conjuntos, há um complexo industrial gerenciado pelas duas Coréias. Mas esses esforços não têm sido suficientes para reverter o quadro de dificuldades por que passa o país.

O anúncio feito há poucos dias pelo governo sulcoreano, de que estaria disposto a abrir uma rodada de negociações, pode ser o primeiro sinal de que a crise pode estar começando a se dissipar. Mas as pressões para impedir o desenvolvimento da Coréia do Norte, por parte dos EUA, certamente continuarão.

Não cabe aos comunistas do PCB dizer como deve ser o governo da Coréia do Norte, como se dá a escolha de seus dirigentes ou quais devem ser as suas prioridades. Tampouco nos cabe questionar o mérito ou as bases teóricas do pensamento político que orienta as decisões do estado. Mas repudiamos fortemente as ameaças de agressão militar imperialista àquele país, e prestamos total solidariedade ao governo e ao povo nortecoreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com a sua forma de construção socialista.

PCB – Partido Comunista Brasileiro

Comissão Política Nacional

(abril de 2013)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A defesa da República Popular Democrática da Coreia é parte integrante da luta anti-imperialista


A defesa da República Popular Democrática da Coreia é parte integrante da luta anti-imperialista

Gabriel Martinez

A recente elevação da tensão na Península Coreana deu margem para o surgimento de um debate dentro da esquerda brasileira que, no fundo, possui uma dimensão bastante ampla, pois está relacionada diretamente com a luta anti-imperialista.  Como devemos nos portar frente as ameaças do imperialismo norte-americano à uma nação ameaçada há mais de 60 anos? A resposta, para todos os anti-imperialistas e revolucionários parece óbvia e só pode ser uma: apoiar de maneira decidida a República Popular Democrática da Coreia. Certo estão os partidos e organizações que se colocaram de maneira decidida ao lado do povo norte-coreano.

Mas, infelizmente, não foi assim que o problema foi encarado por alguns setores dessa mesma esquerda brasileira. Talvez por ignorância, fruto de um profundo desconhecimento da história das lutas dos povos, alguns quadros chegaram a questionar a importância de se promover a solidariedade à República Popular Democrática da Coreia, e algumas organizações fizeram questão de deixar claro que não participam de nenhuma iniciativa de solidariedade ao país.  De fato, cada pessoa e organização possui o direito de adotar as mais variadas posições diante os vários fatos, porém tais posições revelam algumas coisas, entre elas, a falta de entendimento do caráter do imperialismo contemporâneo, cada dia mais agressor.

Para tentar fundamentar suas posições contra a RPDC alguns elementos tentam apelar para o discurso fácil da “democracia”. Entendem a democracia como um valor universal que paira acima das classes e que somente os países democrático-burgueses ocidentais representam o modelo “verdadeiro” de democracia. Que liberais sustentem esse tipo de posição, consideramos normal, o problema é quando argumentos do tipo são proferidos por comunistas e pessoas que dizem estar do lado do campo revolucionário. “Democracia pura” não existe na Coreia Popular e em nenhum lugar do mundo, simplesmente porque toda democracia possui um caráter de classe. A democracia que existe na RPDC é uma democracia popular em um regime socialista, construída de acordo com a realidade do país, que está em situação de guerra há mais de 60 anos.

Ainda existem aqueles que consideram o modelo socialista coreano uma “aberração”, uma sobrevivência do passado em nosso século e o opõem um estranho “socialismo” que não possui nenhuma base científica e na prática defendem uma mescla de capitalismo com socialismo dentro de uma ordem liberal-burguesa o que por si só é impossível. Ambos setores desconhecem as enormes conquistas econômicas e sociais obtidas pelo povo norte-coreano, dirigido pelo Partido do Trabalho da Coreia.

Desconhecem porque tratam a República Popular Democrática da Coreia como um país de “segunda classe” revelando todo seu preconceito eurocêntrico. Criticar a Coreia Popular utilizando os mesmos argumentos do imperialismo contra o país é uma grave concessão ideológica, inadmissível para aqueles que querem estar nas trincheiras da luta anti-imperialista. Seria interessante se alguns setores da esquerda brasileira, em vez de ficarem vociferando sobre o que não conhecem, estudassem procurando entender a história do bravo povo coreano, que muito pode ensinar aos povos do mundo todo na condução da luta anti-imperialista e revolucionária.

sábado, 20 de abril de 2013

Kim Il Sung, exemplo para toda a humanidade


Kim Il Sung, exemplo para toda a humanidade

ROSANITA CAMPOS - Jornal Hora do Povo

Kim Il Sung, cujo 101º aniversário comemoramos no dia 15 de Abril de 2013, ficará para sempre como uma das maiores figuras da História da Humanidade. O líder comandou a heroica e prolongada luta pela independência do país da invasão estrangeira e dirigiu a revolução e a construção socialista até 1994, data de seu falecimento.

Tinha nascido num país escravizado e humilhado. O imperialismo japonês, com a colaboração de alguns traidores no governo monárquico, havia destruído o Estado coreano, anexado a Coreia em 1910 e instituído a mais impiedosa dominação colonial. Os coreanos foram proibidos até mesmo de ter nomes coreanos, eram obrigados a trocá-los por nomes japoneses. Apesar disso, milhões não se submeteram. Preferiram enfrentar a prisão, a tortura, a morte ou emigrar.

Desde o primeiro momento, nos disse num artigo o companheiro Claudio Campos, "Kim Il Sung soube perceber que a chave para a vitória estava na consciência dos homens. Não é outra coisa o que significa a idéia Zuche, formulada pela primeira vez em 1930, em seu informe à Conferência de Kalun, quando tinha 18 anos. "Estabelecer o Zuche é manter-se em atitude de dono da revolução e da construção de seu país. Isto significa manter a posição independente de pensar com a própria cabeça, abandonando o espírito de encostar-se nos outros, e desenvolver o espírito revolucionário de apoiar-se com confiança em suas próprias forças para assim resolver sob responsabilidade própria seus próprios problemas". Não é difícil perceber o conteúdo profundamente revolucionário deste conceito. Ainda mais numa Nação subjugada pelo Japão".

Os imperialistas japoneses tentavam de todas as formas esmagar a Nação, quebrá-la. Para libertar a Pátria, a consciência independente e livre de dominação era a exigência decisiva. A segunda era unir a todos os 20 milhões de coreanos na guerra de libertação.

"Depois de derrotar os japoneses quando tinha apenas 33 anos, Kim Il Sung liderou a luta contra a agressão norte-americana, de 1950 a 1953. O império, que promoveu quase duas mil provocações armadas no paralelo 38 para forçar a Coreia a iniciar a guerra, foi rechaçado. Numa atuação fulminante, o Exército Popular, fundado e comandado por Kim Il Sung, empurrou as hordas ianques até o extremo sul da península.", nos disse Claudio.

Da situação de destruição a que o ataque japonês e, depois, dos EUA, a levaram, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) se levantou, construiu uma poderosa e pujante economia, acabou com o analfabetismo e o desemprego, tornou-se um país soberano, independente e culto. Desenvolveu a tecnologia e a ciência. Siderurgia, química, máquinas-ferramentas, aviões, aços finos, tecnologia nuclear permitindo o fornecimento de energia em condições naturais precárias. Um rico e crescente movimento editorial e artístico.

Com o povo unido em defesa de sua independência, o presidente Kim Il Sung enfrentou a política guerreira e intervencionista dos EUA, tarefa continuada e aprimorada pelo seu filho e sucessor, Kim Jong Il que elaborou a política de Songun que prioriza as questões da defesa para criar o efeito dissuasório da guerra imperialista contra a RPD da Coreia. Política hoje prosseguida e estimulada pelo máximo líder coreano Kim Jong Un.

Kim Il Sung consagrou sua vida à luta pela independência da Coreia e pela reunificação pacífica e independente da Pátria ocupada em sua parte sul pelas tropas norte-americanas. Em uma frase, poderia se dizer que a contribuição de Kim Il Sung à Humanidade foi sublinhar, como ninguém antes dele, o papel decisivo e imprescindível da consciência e da unidade na luta pela libertação do jugo imperialista, contribuição que ele deu com seus escritos teóricos, desenvolvidos em seguida por Kim Jong Il, e com sua vida, de armas na mão contra os ocupantes da sua Pátria, como governante, dirigente do Partido do Trabalho da Coreia e grande líder da Revolução Coreana.

A Nação coreana fundada por Kim Il Sung é um país livre. Seu povo é alegre, instruído e culto. A primeira lei do Estado coreano no momento de sua fundação em 1948 foi a lei de igualdade de direitos entre homens e mulheres. A saúde a educação e a habitação são gratuitas para todos em todo o país.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mensagem do Centro de Estudos da Ideia Juche (Brasil) enviada ao camarada Kim Jong Un


Ao estimado camarada Kim Jong Un, Primeiro Secretário do Partido do Trabalho da Coreia e Primeiro Presidente da Comissão Nacional de Defesa:

Enviamos a você e ao bravo povo coreano nossas maiores saudações, por ocasião do aniversário de 101 anos do nascimento do Presidente Kim Il Sung, grande líder da Revolução Coreana, fundador da República Popular Democrática da Coreia e do Exército Popular da Coreia.

A vida do Presidente Kim Il Sung foi inteiramente dedicada à grande causa da Revolução e da construção do socialismo em seu país. Graças a sua liderança, o povo coreano derrotou os dois imperialismos mais assassinos da história, japonês e norte-americano, e rumou para a construção de um grande país próspero e independente.

A Coreia, outrora um país oprimido, colonial e atrasado, graças a Ideia Juche, poderosa ideologia criada pelo camarada Kim Il Sung, emerge hoje como uma grande potência econômica e militar, capaz de garantir ao seu povo todas as conquistas da Revolução e da construção socialista.

Os feitos do Presidente Kim Il Sung em sua luta pela independência e soberania do povo coreano são um exemplo para todos os combatentes anti-imperialistas do mundo.

Nos dias de hoje, quando o imperialismo norte-americano e seus títeres sul-coreanos tentam por todas as maneiras fazer estalar uma nova guerra de agressão contra os povos do mundo, especialmente contra a República Popular Democrática da Coreia, temos plena convicção de que a figura do grande líder camarada Kim Il Sung inspirará o povo coreano a seguir em sua luta pela defesa da Pátria e da Revolução.

Saudações internacionalistas

Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil



PCdoB-DF inaugura exposição em homenagem a Kim Il Sung


O PCdoB no Distrito Federal inaugurou nesta quinta-feira (18) uma exposição de fotos e gravuras em alusão aos 101 anos do aniversário do nascimento do líder coreano e fundador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Il Sung.

Além de militantes comunistas e representantes de movimentos de luta pela paz, o evento teve a presença do presidente do Partido no DF e membro do Comitê Central, Augusto Cesar Martins Madeira, e do embaixador Koo Bon-Woo — que fez um relato sobre a vida do líder coreano. O embaixador aproveitou a oportunidade para agradecer ao PCdoB pela solidariedade ao povo da Coreia Popular.

O estudioso das questões asiáticas e assessor da presidência nacional do PCdoB, Elias Khalil Jabbour, proferiu uma palestra sobre o posicionamento histórico da Coreia em relação à sua soberania desde o seu surgimento como Estado Nação há mais de dois mil anos. Ele relatou que a resistência da RPDC às agressões externas inclui a luta contra o domínio do Império Mongol, a ocupação japonesa e, nos dias atuais, ao imperialismo estadunidense.


Da redação do Vermelho,

Mariana Viel

Enfrentamento e dialogo, guerra e paz são incompatíveis, comenta KCNA


Enfrentamento e dialogo, guerra e paz são incompatíveis, comenta KCNA

Pyongyang, 18 de abril (KCNA) – Na atualidade, as autoridades de alto escalão dos Estados Unidos falam com obstinação de dialogo, acrescentando que seu país “tem aberto as portas para que o Norte da Coreia tenha outra opção”, “Obama esclareceu em várias ocasiões que está pronto para o dialogo e as negociações se o Norte da Coreia participar com sinceridade no debate” e “não tem a intenção de atacar o Norte” etc.

Isto não passa de uma vil artimanha encaminhada a encobrir a natureza de seu autor, que prejudicou flagrantemente a soberania da República Popular Democrática da Coreia e criou a piora da situação na Península Coreana e quer evadir-se de sua responsabilidade a esse respeito.

Os EUA já perderam totalmente a honra para falar sobre o dialogo com a RPDC por haver cometido atos criminosos de banditismo anti-RPDC.

Fabricou as “resoluções de sanções” da ONU negando, sem motivo algum, o direito de lançamento de satélite da RPDC e levou à beira da guerra a situação da Península Coreana.

realizou os exercícios militares conjuntos com a introdução de enormes efetivos e apetrechos para ameaçar de ataque nuclear a RPDC, sem precedente na história.

Agora, enquanto fala de “dialogo” os super-porta-aviões de propulsão nuclear e outros meio estratégicos de ataque nuclear navegam nas águas litorâneas da Península Coreana esperando a oportunidade de atacar preventivamente a RPDC e foram despachados com urgência para a região operacional da Península Coreana, os submarinos nucleares e as tropas norte-americanas incluindo milhares de efetivos de infantaria da marinha.

Sob tais circunstancias falar sobre o dialogo, é a conduta suja dos que intentam imputar à RPDC a responsabilidade da agravação da tensão desta Península e o engano abominável para desviar a opinião pública mundial.

Os disparates dos EUA sobre o dialogo voltam a demonstrar que nunca se esgotaram suas ambições de guerra nuclear, de aceleração dos preparativos bélicos por trás do dialogo e de agredir a RPDC com forças armadas.

Igualmente, são outra demonstração de sua política de guerra nuclear e ação hostil contra a RPDC.

Não é casual que EUA tenha apresentado como condição do dialogo com a RPDC a continência da “provocação adicional”, o cumprimento dos deveres internacionais e a adoção da medida pela desnuclearização, etc.

Em uma palavra, isto significa demandar a RPDC depor as armas nucleares autodefensivas antes de iniciar as conversações com EUA.

E é o sofisma muito absurdo de que a RPDC se apresente frente a seu clube nuclear com as mãos vazias, renunciando a todos os seus direitos de autodefesa nacional e a sua capacidade.

A desnuclearização da Península Coreana, de fato, se acabou há muito tempo devido as manobras da guerra nuclear dos EUA.

É absurdo que os EUA falem de “renúncia nuclear” e “não uso de armas nucleares” porque é o autor, há decênios, da introdução das armas nucleares no Sul da Coreia e que engendrou o problema nuclear na Península Coreana ameaçando com as armas nucleares a RPDC.

O dialogo RPDC-EUA deve basear-se estritamente no princípio do respeito à soberania e a igualdade.

Enquanto EUA não renuncia a política hostil, a ameaça e chantagem nuclear contra a RPDC, não pode existir o dialogo sincero entre ambas as partes.

O enfrentamento e o dialogo, a guerra e a paz são incompatíveis.

Enquanto os EUA não cesse o ensaio de guerra nuclear, nem retire seus armamentos agressivos, a RPDC seguirá elevando o grau de enfrentamento militar de autodefesa.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Informe de Kim Jong Un no pleno do Comitê Central do PTC



Informe apresentado no pleno de março de 2013 do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia


Companheiros:

Hoje efetuamos uma sessão plenária do Comitê Central do Partido para analisar e decidir a importante linha estratégica dirigida a antecipar o triunfo da causa revolucionária do Juche empreendida no monte Paektu, de acordo com as exigências da situação atual e da revolução em desenvolvimento.
Sob a acertada direção dos grandes companheiros Kim Il Sung e Kim Jong Il, nossa revolução tem percorrido invariavelmente pelo caminho da gloria e das vitórias, superando valorosamente as piores adversidades e desafios em sua larga e cruenta luta contra a aliança imperialista.

Atemorizado pelo grande ímpeto do nosso Exército e do resto dos cidadãos que, confiantes, avançam frente à vitória definitiva seguindo a direção do Partido, o inimigo mobiliza toda a sua potência político, econômico e militar para sua desenfreada manobra encaminhada a exilar e sufocar nossa República, a qual tem levado a beira de uma guerra.

Neste momento enfrentamos a importante tarefa de lograr decisivas vitórias no enfrentamento total com os Estados Unidos para frustrar as cada dia mais sinistras maquinações com que o inimigo pretende asfixiar a República e glorificar eternamente a pátria socialista do Juche como potência Paektusan (inspirada no vigor do monte Paektu – N.T.) que ninguém no mundo jamais se atreverá a agredir.

Partindo do imperativo da atualidade da revolução em desenvolvimento, o CC do Partido apresenta a nova linha estratégica consistente em impulsionar paralelamente a construção econômica e a das forças armadas nucleares.

Com essa diretriz pretendemos consolidar ao máximo a capacidade defensiva do país mediante o desenvolvimento das forças nucleares que nos havia legado o grande General Kim Jong Il e, ao mesmo tempo, pôr grande empenho na edificação econômica para erguer um Estado poderoso e próspero no qual o povo desfrute plenamente de todos os benefícios do socialismo.

Isto torna-se também um requisito indispensável da atual situação.

Nosso intento de concentrar-nos na construção econômica, baseando-se na força de dissuasão da guerra para a própria defesa que nos haviam preparado os grandes Generalíssimos ao longo de toda sua vida, de modo que o povo goze de todas as riquezas do regime socialista sem necessidade de apertar o cinto por mais tempo, enfrenta uma grande dificuldade.

Ao questionar nosso lançamento de um satélite com fins pacíficos em dezembro passado, os Estados Unidos e seus seguidores inventaram descaradamente uma “resolução de sanções” do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o qual constitui um flagrante ato de hostilidade que qualifica de ilegal o legítimo direito de um Estado soberano a lançar seus satélites.

Perante a situação criada, não nos restou mais remédio que proceder a terceira prova nuclear subterrânea para nossa própria defesa, como parte das nossas contramedidas reais para salvaguardar a soberania e a segurança da nação.

Esta medida levou ao delírio da América do Norte e outras forças hostis que, enquanto fabricavam outra “resolução de sansões” de maior intensidade, mobilizavam um grande número de forças agressivas para exercícios militares conjuntos “Key Resolve” e “Foal Eagle” com o objetivo de desencadear uma conflagração nuclear.

Nossos militares e a população em geral, aglutinados compactamente em torno do CC do Partido, se têm alçado como um só homem na confrontação total com os ianques, dispostos a responder a guerra agressiva com uma justa contenda pela reunificação nacional. Que o inimigo, paralisado de pânico ante nossa reação ainda mais intransigente, não saiba que fazer nem se atreva a provocar-nos, não significa que tenha abandonado a vossa ambição de sufocar a nossa República.

Nosso empenho de caráter pacífico por construir a economia e melhorar a vida do povo leva acoplada uma cruenta luta com o inimigo. Será duradoura a intentona estadounidense de enforcar-nos com sanções e perseguições, privar-nos da capacidade de dissuasão nuclear e derrotar nosso sistema socialista.

Nossos meios de dissuasão nuclear, caracterizados por seu pequeno tamanho, pouco peso e grande diversidade, provocam um terror louco a América do Norte. Esta, consciente de que a prosperidade econômica da nossa República, possuidora de armas nucleares, significa o fim da sua política de hostilidade, recorre a todos os intentos desesperados.

Se essa política se faz mais perversa ultimamente, se deve a que os EUA têm transladado para a região da Ásia-Pacífico o foco estratégico para sua hegemonia mundial e aponta a nossa República como seu primeiro flanco de ataque.

É por tal razão que este país agrava a tensão de maneira artificial, questionando sem nenhum fundamento o lançamento de nosso satélite com fins pacíficos e, com este pretexto introduzem a numerosas forças agressivas para seus intermináveis exercícios conjuntos de grande envergadura. Seu objetivo radica em recorrer a todos os meios e métodos para lograr nosso desarmamento nuclear e o derrocamento do nosso regime.

Os trágicos acontecimentos ocorridos recentemente em vários países nos ensinam que uma nação débil não pode preservar sua soberania e dignidade nem garantir sua felicidade e prosperidade.

Não esqueçamos jamais as lições que nos dão alguns países da Península Balcânica e do Médio Oriente que, iludidos com as potências, não pensaram em dispor de uma poderosa capacidade de defesa própria, se deixaram levar pela pressão e a tentação do imperialismo até que renunciaram aos meios de dissuasão da guerra com que contavam e se converteram em vítimas da agressão.

Hoje o inimigo, enquanto nos ameaça dizendo que o progresso econômico é impossível sem a renúncia aos artefatos nucleares, nos seduz com a promessa de ajudar-nos a viver folgadamente se optarmos por uma nova alternativa.

Suas artimanhas fazem mais firmes nossa determinação de empunhar mais firmemente nossos eficazes meios nucleares e desbravar o caminho frente ao fortalecimento e a prosperidade.

Impulsionar simultaneamente a construção econômica e a das forças nucleares tornou-se hoje uma demanda legítima da nossa revolução em desenvolvimento.

A causa revolucionária do Songun (prioridade dos assuntos militares – N.T.) a qual haviam consagrado toda a sua inapreciável vida os grandes Generalíssimos, acolhe hoje uma nova era de mudanças históricas.

Nos responde consolidar por todos os meios o poderio do Songun e, apoiando-nos nele, levantar a todo custo a maior potência e um paraíso onde o povo leve uma vida invejável. Nosso Partido se mantem firme na sua decisão de proporcionar ao nosso povo, que o há seguido invariavelmente, vencendo todas as provas, a maior felicidade e comodidades do mundo, em virtude do Songun.

Só com o respaldo de potentes forças militares e nucleares podemos esperar êxitos do nosso empenho pelo progresso econômico e o melhoramento da vida do povo. Nos compete sincronizar a defesa da pátria e a edificação de uma potência econômica com o mesmo espírito com que exploramos o cosmos e com o mesmo ímpeto com que efetuamos exitosamente a prova nuclear de alto nível, para assim assegurar sem falta o bem-estar do povo e a prosperidade da potência Paektusan.

Construir de simultaneamente a economia e as forças nucleares é uma demanda urgente para rechaçar categoricamente a dominação e ingerência das forças forasteiras e lograr quanto antes a histórica causa da reintegração, o mais veemente desejo da nação. Nossas forças nucleares tornam-se um inestimável acervo de toda nação, eterna garantia do florescimento da reunificação da pátria.

Nossa linha estratégica é justa, pois permite elevar consideravelmente nossa capacidade de dissuasão da guerra e dar maior estímulo à construção econômica, fatores que contribuem para conquistar de modo brilhante a causa da construção de um Estado socialista poderoso e próspero.

Nossos artefatos nucleares constituem fidedignas forças de dissuasão da guerra que asseguram a defesa da soberania. Ao longo de quase sete décadas após o aparecimento das armas nucleares, o mundo esteve submetido a um largo período de guerra fria e tem experimentado grandes e pequenos conflitos em suas distintas latitudes, sendo os países possuidores das armas nucleares os únicos que não sofreram agressões militares.

Se alguém é capaz de assestar com seus artefatos nucleares os golpes precisos aos agressores e a suas bases, estejam onde estiverem, ninguém se atreve a ataca-los. Quanto maior e mais eficiente seja sua capacidade de ataque nuclear, tanto maior é sua capacidade de frear a agressão inimiga.

Em nosso caso, nos atem consolidar quantitativa e qualitativamente as forças nucleares, porque nosso rival são os Estados Unidos que possuiem mais armas nucleares que qualquer outra nação do mundo e também porque ele nos mantem sob uma constante chantagem nuclear. Tanto a paz como a prosperidade e o bem-estar do povo descansam sobre as potentes forças nucleares.

A linha estratégica se ajusta a realidade, pois aperfeiçoa os efeitos do progresso econômico e o fortalecimento da capacidade de defesa nacional, conforme as condições do país.

O que querem os Estados Unidos e seus seguidores é ver-nos envolvidos na corrida armamentista e entorpecer por todos os meios nossos esforços para a construção da potência econômica e o melhoramento da vida do povo. A linha do Partido nos permite elevar a capacidade de defesa com poucos gastos, sem necessidade de incrementa-los, e também pôr grande empenho na edificação econômica e em elevar o nível de vida da população.

A já referida linha é apropriada por garantir o fortalecimento das forças nucleares e ao mesmo tempo solucionar o diligente problema da eletricidade, apoiando-nos em nossa própria indústria de energia atómica. Também é justa, pois nos permite enfrentar com iniciativa a situação criada e a sua vez materializar satisfatoriamente o projeto e o proposito de nosso Partido de proporcionar ao povo uma vida feliz, livre de toda preocupação.

É a continuidade e o aprofundamento da linha de impulsar paralelamente a econômica e a defesa nacional, apresentada pelo grande Líder Kim Il Sung e aplicada ao pé da letra pelo grande General Kim Jong Il.

Foi na V Sessão plenária do IV período do CC do Partido efetuada em dezembro de 1962 quando o grande Líder apresentou essa original linha e lançou a consigna revolucionária, Com o fuzil em uma mão e a foice e o martelo na outra! Graças a ele, quem elucidou essa linha e possibilitou criar nossa própria econômica nacional e capacidade de defesa, temos podido defender firmemente as conquistas da revolução, incólumes em meio do vórtice que trouxe como resultado o derrubamento do bloco socialista.

Por sua parte, o grande General, eminente político do Songun, colheu consecutivas vitórias no encarniçado enfrentamento nuclear com os estadounidenses e desta maneira logrou a grande causa da possessão de armas nucleares, defendendo o socialismo do Juche e lançando cimentos para conquistar um Estado poderoso e próspero.

Hoje podemos frustrar resolutamente as sinistras manobras dos EUA e seus seguidores encaminhados a afastas e sufocar a nossa República e fazermos tudo o que nos propomos segundo nossa convicção, vontade e decisão, o qual se deve a potente capacidade de dissuasão nuclear da que nos haviam dotado os grandes Generalíssimos ao longo de toda sua existência. Sua proeza de fazer enaltecido ante o mundo a nosso país como possuidor de armas nucleares ficará registrada eternamente nos anais da história nacional.

A linha do Partido, consistente em consolidar ainda mais a capacidade de defesa nacional com as forças nucleares como pilar e impulsionar a construção de uma potencia econômica, é um remédio eficaz que permite acelerar a edificação de um Estado socialista poderoso e próspero e antecipar a reunificação nacional e é uma bandeira com a qual defenderemos fidedignamente, geração após geração, a soberania e a dignidade da nação.

Refletir a firme vontade do nosso Partido e levar a feliz termo a causa revolucionária do Juche, seguindo pelo caminho da independência, do Songun e do socialismo que haviam empreendido e continuado os grandes Generalíssimos.

Nos atem tomar firmemente em nossas mãos e materializa-lo ao pé da letra.

Acelerar a construção de uma potência econômica e melhorar de modo transcendental a vida da população é a tarefa mais importante e urgente que assume o Partido.

Erguer uma potência econômica no amado solo pátrio e proporcionar ao povo uma vida cômoda e invejável foi o sonho de toda a vida do grande General. Devemos impulsionar a construção de uma potência econômica e elevar o mais pronto possível o nível de vida da população tal e como desejava o General.

O êxito ou o fracasso na construção de uma potência econômica se decidem antes de tudo pela reativação do setor priorizado da economia nacional e a indústria básica. Só quando as indústrias elétrica, carbonífera e metalúrgica e o transporte ferroviário tomarem a dianteira, será possível reavivar e fazer avançar o conjunto da economia nacional. Como precursores da construção da potência econômica, o setor priorizado da econômica nacional e a indústria básica abrirão a brecha para a vitória na atual marcha do grande auge.

É preciso registrar novas mudanças na agricultura e na indústria ligeira, linhas principais para a construção da potência econômica.

É necessário aumentar as inversões estatais na agricultura, aplicar os logros científicos e técnicos na produção agrícola segundo as exigências do método de cultivo autóctone e alcançar sem falta a meta da produção cerealífera, definida pelo Partido.

No setor da indústria ligeira, no fiel acato ao chamado do Partido de fazer ressoar um grande ribombar que alimente o grande avanço para o melhoramento da vida da população, por as fábricas em pleno funcionamento e produzir mais artigos de qualidade e de grande demanda para o consumo massivo.

Temos de reavivar a chama da revolução industrial no novo século, adaptar ainda mais a nossa realidade a econômica nacional e moderniza-la, convertendo-a em conhecimento.

Na época atual na qual a audácia e a velocidade do desenvolvimento da econômica e da sociedade se determinam pelas ciências e a tecnologia, a potência que pretendemos construir deve caracterizar-se por uma economia de conhecimentos que tenham como força motriz a ciência e a tecnologia.

Devemos resolver as matérias primas, o combustível e outros materiais que se requerem imperiosamente para a edificação da potência econômica apoiando-nos em nossos recursos e tecnologias. Em especial, temos que por grande empenho em adequar a realidade de nosso país as indústrias básicas como a metalurgia e a química.


Em todos os ramos da econômica nacional criar grupos de desenvolvimento de novas tecnologias e mudar organicamente as ciência, tecnologia e economia, para remodelar as fábricas e empresas com modernas tecnologias.

Ademais, é preciso prestar a devida atenção para a cosmonáutica para desenhar e lançar mais satélites práticos como o da telecomunicação.

Em vistas a registrar uma virada na edificação da potência econômica é necessário renovar a direção e a administração da economia.

O conselho de ministros e os órgãos econômicos estatais traçaram viáveis estratégias de desenvolvimentos e planos por linhas e por etapas, os cumprir ao pé da letra e se esmerar na organização e direção da produção direcionadas a cobrar um grande auge, aproveitando eficientemente a base econômica já preparada.

Se faz necessário estudar e aperfeiçoar um autóctone método de administração econômica com fim à exigência da realidade em desenvolvimento.

Sustentado na ideia Juche, devera ser um método de administração empresarial com caráter socialista que defenda com firmeza a propriedade socialista dos meios de produção e promova todas as empresas, sob a única direção do Estado, realizem sua gestão de maneira independente e criadora, para que as massas cumpram com sua responsabilidade e papel como donos da produção e administração.

É indispensável imprimir o caráter multilateral do comércio exterior e diversifica-lo para poder neutralizar as sanções e o bloqueio das forças hostis e abrir uma fase favorável a construção da potência econômica.

As regiões de Wonsan e do monte Chilbo e outros lugares do país serão condicionadas apropriadamente como atrativas e animadas zonas turísticas, enquanto nas províncias criar-se-ão zonas de desenvolvimento econômico que se ajuste a suas condições e as encorajarão de modo singular.

Enquanto continua a ameaça nuclear do imperialismo, devemos manter como linha invariável a construção das forças nucleares, junto com a econômica, e elevar por todos os meios a capacidade de dissuasão nuclear.

Este torna-se um justo meio para defender a soberania nacional, prevenir a guerra e preservar a paz. Dotados de sua grande capacidade, não temos porque temer o ataque do inimigo, por muito numerosos que sejam, e nos entregaremos tranquilamente à construção econômica e ao fomento do bem-estar do povo.

O setor da indústria de defesa nacional dará outro passo gigantesco em seu empenho por fazer de nosso país uma potência nuclear sem rival.

Fabricará mais armas nucleares de grande precisão e reduzido tamanho e meios para o seu transporte e renovará constantemente a tecnologia para faze-las mais poderosas e perfeitas.

Modernizar a indústria de energia atômica e assentar-lhes sobre uma base cientifica constitui o requisito elementar para obter maior quantidade de substâncias nucleares, elevar a qualidade dos produtos e chegar a uma fase superior das atividades encaminhadas a faze-los mais pequenos e ligeiros. Nesse setor farão tenazes esforços para superar a outros no desenvolvimento tecnológico de ponta, introduzindo o CNC (controle numérico computadorizado – N.T.) nos equipamentos e processos e automatizando-o por completo.

Nos compete introduzir na indústria de energia atômica os mais avançados logros científicos e técnicos de acordo com a exigência do novo século e desenvolver uma independente indústria de energia nuclear para resolver o diligente problema da eletricidade do país.

Ao Exército Popular lhe incumbe elevar o papel principal das forças nucleares em todos os aspectos das estratégias para a dissuasão e a execução da guerra e aperfeiçoar continuamente os preparativos dessas forças para o combate.

Nos propomos ampliar como lei a tarefa de elevar constantemente a capacidade de dissuasão nuclear, legada do grande General.

Urge desenvolver com iniciativa as atividades com o exterior com vistas a criar circunstâncias favoráveis para pôr em prática a linha de simultaneamente desenvolver a construção econômica e as forças nucleares.

Ao impulsionar com coragem em função da dignidade e do poderio da potência nuclear, velaremos pela imagem internacional do nosso Partido, seguiremos mantendo uma posição independente e criaremos no exterior as condições e circunstancias que contribua a impulsionar a construção de um Estado poderoso e próspero.

Desenvolver com iniciativa as atividades exteriores para desmascarar o caráter reacionário e injusto da política estadounidense de hostilidade à RPD da Coreia, fato principal que nos impulsiona a consolidar as forças nucleares, e divulgar a justa opinião e linha que adoptamos irremediavelmente, engrossando as fileiras dos que apoiam e simpatizam com nossa causa.

Como possuidor de armas nucleares consciente de sua responsabilidade, nosso país contribuirá para a desnuclearização do mundo com seu ativo esforço pela paz e segurança da Ásia e do resto do planeta e cumprindo com honradez seu dever de não proliferação nuclear que assumiu ante a comunidade internacional.

Todos os funcionários, membros do Partido e demais trabalhadores, com a firme fé na vitória e no espírito de materializar ao extremo a linha do Partido de desenvolver simultaneamente a construção econômica e a das forças armadas nucleares, se esforçarão denodadamente para cumprir esta tarefa e anteciparão o dia da edificação de um Estado socialista poderoso e próspero.

Lutar com maior resolução, por muito complexa que seja a situação e muito difícil que seja a tarefa, fiel a sua opção e convencido da justeza e da vitória de sua causa, é o temperamento revolucionário e a tradição de luta dos militares e cidadão coreanos, educados pelos grandes Generalíssimos.

Todos, unidos hermeticamente em torno do Comitê Central do Partido, antecipemos a vitória final impulsionado simultaneamente e energicamente a construção econômica e a das forças nucleares conforme as exigências da situação atual e da revolução em desenvolvimento.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A classe operária deve ser a unidade medular na luta pela transformação de toda sociedade segundo a ideia Juche



A classe operária deve ser a unidade medular na luta pela transformação de toda sociedade segundo a ideia Juche *

 
Discurso pronunciado pelo Marechal Kim Il Sung no VI Congresso da Federação Geral dos Sindicatos da Coreia

30 de novembro de 1981


Camaradas: 



O VI Congresso da Federação Geral dos Sindicatos da Coreia efetua com êxito seu trabalho, despertando uma imensa esperança e interesse na classe operária e no resto das massas trabalhadoras de nosso país. O Partido e o povo lhes felicitam efusivamente desejando-lhes êxitos de todo o coração.

Este Congresso é um conclave de significação histórica na batalha por impulsionar a construção socialista do país e transformar toda a sociedade de acordo com a ideia Juche. Demonstrará em ampla escala, perante o mundo inteiro, o poderio da classe operária coreana, unida com solidez em torno do Partido, e seu elevado espírito revolucionário, assim como exortará a ela e ao resto das massas trabalhadoras a incorpora-se com entusiasmo a obra pela transformação de toda a sociedade em consonância com a ideia Juche.

Estou muito satisfeito de que os trabalhos do Congresso se efetuam com êxito graças ao elevado entusiasmo político e a participação ativa dos companheiros delegados; permitam-me saudar calorosamente o VI Congresso da Federação Geral dos Sindicatos da Coreia.

Até agora, sob a acertada direção de nosso Partido, a Federação tem cumprido com honra a nobre missão e as difíceis tarefas assumidas perante este e a revolução. Como poderosa organização educadora das massas, dirigida por nosso Partido, formou na consciência revolucionária aos seus membros, os aglutinou com firmeza em torno deste e os mobilizou com pujança para o cumprimento das tarefas revolucionárias que lhes indicara o Partido.

Graças a seus incansáveis esforços para criar uma maior consciência revolucionária e de classe operária nas massas trabalhadoras, se produziu uma mudança transcendental nos aspectos ideológico e espiritual dos operários e dos membros da Federação. Todos tem por sua fé inabalável a ideologia revolucionária de nosso Partido, a ideia Juche, e, com elevados sentimentos de lealdade ao Partido, se dedicam com todo seu ser ao trabalho de levar ao triunfo a causa revolucionária do Juche. Hoje em nossa classe operária reina o ambiente de apreciação maior dos interesses da sociedade e do coletivo que os individuais, de trabalhar e viver de maneira revolucionária como corresponde a um país revolucionário, em uma época de luta.

No período transcorrido a Federação tem sustentado bem alta a tocha do Movimento Chollima, acendida pelos operários de Kangson, e o levou a cabo com dinamismo entre as massas trabalhadoras trazendo um relevante aporte a construção socialista do país. Com elevada fidelidade ao Partido e a revolução, nossa classe operária avançou dinamicamente com o ímpeto de Chollima redobrado pela batalha da velocidade, logrando vitória após vitória na revolução e na construção em seu conjunto. Em virtude dos abnegados esforços da nossa heroica classe operária, em todos os rincões da terra pátria se registraram prodígios e inovações, se ergueram obras monumentais, e o poderio do país ganhou mais força.

Valorizo em alto grau as sobressalentes proezas realizadas por nossa classe operária e os integrantes da Federação perante a Pátria e o povo; permitam-me expressa-los meu mais cálido agradecimento por seu abnegado empenho e trabalho criador com que tem consolidado e desenvolvido o regime socialista de nosso país e tem dado prova da potência combativa da classe operária coreana e da honra da Coreia do Juche.

Camaradas:

Hoje em dia, a construção socialista de nosso país se desenvolve a muito elevado ritmo e nossa revolução entra em uma nova etapa de seu desenvolvimento.

O VI Congresso do Partido do Trabalho da Coreia apresentou o grandioso programa de transformar toda sociedade em correspondência com a ideia Juche.

Esta é a tarefa geral da nossa revolução, a obra histórica que a classe operária deve levar a cabo com responsabilidade. Poderá cumprir sua histórica missão, só quando emancipe as massas do povo trabalhador de todo tipo de dominação e subjugação e lhes garanta de fato a independência, mediante a transformação de toda a sociedade segundo a ideia Juche.

A classe operária é a classe dirigente de nossa revolução e seu contingente medular destinado a levar adiante a causa da transformação de toda a sociedade segundo a ideia Juche. A margem de seu papel diretor e suas atividades como contingente medular não é possível fazer progredir nossa revolução nem lograr que esta causa chegue a triunfar.

Totalmente consciente de sua missão histórica, a classe operária deverá esforçar-se com ousadia para dar culminância a empresa de transformar toda sociedade em correspondência com a ideia Juche.

Com o fim de conquistar esses objetivos é indispensável impulsionar com vigor as três revoluções: ideológica, técnica e cultural. Só assim poderemos conquistar com êxito as fortalezas ideológica e material do comunismo, convertendo a todos os membros da sociedade em comunistas de tipo Juche e imprimindo o modo de ser da classe operária em todos os âmbitos da vida social.

Impulsionar com dinamismo as três revoluções é a tarefa principal da Federação. Erguendo a bandeira destas revoluções temos que desenvolvê-las de modo enérgico para produzir um crescimento ininterrupto em todos os setores da construção socialista.

A Federação deve lograr cabalmente que seus membros e demais operários adquiram uma maior consciência revolucionária mediante a intensificação da revolução ideológica.

O fundamental nesta revolução é dota-los solidamente com a ideia revolucionária de nosso Partido, com a ideia Juche.

Ela é a invencível ideia revolucionária, criada e corroborada sua justeza na batalha por garantir a soberania das massas do povo trabalhador; é a guia diretriz que tem de ser mantida de modo invariável na obra por transformar toda a sociedade de acordo com a ideia Juche. A classe operária deverá adota-la sempre como a única ideia diretora na luta revolucionária e no trabalho construtivo, pensar e atuar conforme a seus postulados.

Intensificando o estudo da ideia Juche, a política do Partido e as tradições revolucionárias, deve assimilar até a perfeição a concepção jucheana da revolução e lutar com abnegação por defender a pureza desta ideologia e por sua vitória total. Os operários e os membros da Federação, com a atitude de encarregados da revolução, deveram manter de modo invariável a posição independente e criadora e cumprir com responsabilidade suas tarefas revolucionárias demonstrando a plenitude o espírito revolucionário de apoiar-se nos próprias esforças.

Os operários devem possuir uma firme consciência de classe revolucionária.

A realidade de hoje, quando pela mudança de gerações o grosso das fileiras da classe operária é constituída pela nova geração, que não experimentaram provas revolucionárias, exige desenvolver com mais energia o trabalho para elevar a consciência de classe e revolucionária dos operários. Sem eleva-la de forma sistemática não é possível seguir fazendo avançar a revolução nem defender suas conquistas.

A classe operária, bem consciente de sua missão classista e seu dever fundamental, tem de odiar de modo implacável a classe e o regime exploradores e manter com firmeza sua posição classista e seus princípios revolucionários em qualquer circunstancia por difícil e complicada que seja.

A situação atual da revolução é muito complicada; os imperialistas e os inimigos de classe intensificam cada dia mais as manobras subversivas e de sabotagem. Os operários e os membros da Federação devem fortalecer ainda mais a vigilância revolucionária, lutar com decisão contra a penetração ideológica e cultural dos imperialistas e seus atos subversivos e de sabotagem, trabalhar e viver de modo combativo mantendo-se em um estado de alerta e mobilização permanente.

Os operários e os membros da Federação devem amar o trabalho e participar nele conscientemente.

O amor ao trabalho é uma das qualidades mais importantes do comunista. Só quem trabalhe de modo consciente para a sociedade e o coletivo e se forje de maneira revolucionária neste trajeto pode ser um verdadeiro comunista. Os operários e os membros da Federação, considerando o trabalho como algo digno e honroso, devem participar nele com entusiasmo, observar com consciência a disciplina do trabalho e trabalhar com afã para cumprir pontualmente todas as tarefas produtivas que lhes foram atribuídas.

Os bens comuns do Estado e da sociedade são valiosos patrimônios criados a custa do sangue e do suor das massas do povo trabalhador e precioso recurso para a prosperidade da Pátria e a felicidade do povo. Os operários e os membros da Federação, com a elevada consciência de que são os encarregados da economia do país, tem que manter com esmero suas máquinas, oficinas e fábricas, apreciar e cuidar o melhor possível de todos os recursos do país, sejam grandes ou pequenos. E combater com rigor as tendências a negligenciar e defraudar os bens comuns do Estado e da sociedade.

Que todos os integrantes da sociedade se ajudem e guiem uns aos outros no trabalho, no estudo e na vida, sobre a base do principio coletivista comunista “Um por todos e todos por um!”, é uma exigência inerente a sociedade socialista e comunista. Os operários e membros da Federação devem eliminar de conjunto o individualismo e o egoísmo, vestígios da velha sociedade, e adquirir o hábito comunista de amar e ter em estima a organização e o coletivo, trabalhar com total abnegação em proveito dos interesses da sociedade e do povo, do Partido e da revolução.

A Federação deve mobilizar com vigor a seus filiados e aos demais operários frente à revolução técnica.

Dar um forte impulso à revolução técnica criadora a possibilidade de assegurar melhores condições para uma vida independente e criadora dos trabalhadores, já emancipados da exploração e da opressão, e levar a feliz termo a obra de transformação de toda a sociedade segundo a ideia Juche. Representa, ademais, uma importante garantia para a adequação da econômica as características nacionais, sua modernização e fundamentação científica e a conquista com rapidez das 10 metas da perspectiva da construção econômica socialista.

A revolução técnica é uma obra para e das massas produtoras. Nossos operários, técnicos e filiados aos sindicatos, com alta consciência de que são seus encarregados diretos, devem desenvolver com vigor o movimento de inovação técnica e de invenção. Aplicando sem reserva seus conhecimentos e talentos tem que modificar tecnicamente as máquinas e equipamentos existentes, inventar e produzir muitos outros modernos para elevar de modo sistemático o nível de desenvolvimento técnico da economia nacional, assim como introduzir em ampla escala as últimas conquistas da ciência e da tecnologia para dar um forte impulso à mecanização, automatização e a aplicação do controle remoto nos processos produtivos.

Na revolução técnica é importante fortalecer a cooperação criadora entre os operários, cientistas e técnicos. A combinação adequada das abundantes experiências das grandes massas produtoras e os conhecimentos dos cientistas e técnicos permite obter relevantes êxitos no desenvolvimento tecnológico. Os operários, cientistas e técnicos, com elevado espírito de colaboração e camaradagem, devem realizar inovações técnicas coletivas em todos os setores da economia nacional.

Assim mesmo, devem combater com energia o misticismo perante a técnica, o conservadorismo e o empirismo que freiam o progresso tecnológico, pensar e atuar com audácia na renovação técnica. Desta maneira, romper com as caducas normas técnicas e capacidades nominais e criar sem cessar novas normas e recordes em todos os ramos da econômica nacional.

A Federação estimulará com entusiasmo a revolução cultural entre seus membros e os operários.

A revolução cultural é uma das missões principais da classe operária e das organizações sindicais. Só levando-a a cabo será possível erradicar o atraso cultural, legado pela velha sociedade, criar uma sociedade socialista e comunista e formar os trabalhadores como comunistas integralmente preparados.

Hoje, uma importante tarefa da revolução cultural é elevar de modo sensível o nível técnico e cultural dos trabalhadores. A época atual é uma época da ciência e da tecnologia e todos os processos da produção moderna são precisamente processos tecnológicos. A menos que se conheça a ciência e a tecnologia modernas será impossível aumentar com rapidez a produção e impulsionar com vigor a revolução técnica.

Os operários e os membros da Federação devem ser aplicados no estudo sem se importar com momento e lugar, considerando-o seu primeiro dever revolucionário, elevar o nível técnico e de qualificação mediante ao melhoramento da divulgação dos conhecimentos científico-técnicos e de cursos de capacitação e assimilar a perfeição os conhecimentos específicos e técnicos do seu setor. Fieis a orientação do Partido com respeito à intelectualização de toda a sociedade, devem incorporar-se nos institutos superiores de fábricas ou outros centros pertencentes ao sistema de ensino sem separar-se do trabalho e estudar com afã para adquirir em um futuro próximo conhecimentos gerais, assim como científicos e técnicos modernos similares aos graduados da escola superior especializada ou da universidade.

É preciso implantar uma perfeita cultura produtiva e de vida em todos os setores. Os operários e os membros da Federação devem pôr grande empenho em criar um ambiente de higiene da produção nas fábricas, implantar uma rigorosa disciplina e ordem na produção e melhorar a qualidade e a apresentação dos produtos. Têm que melhorar as condições culturais e higiênicas das ruas, bairros, vivendas e instalações culturais e mantê-las de forma adequada, assim como livrar-se dos hábitos de vida atrasados e levar uma vida sã com elevada preparação cultural e moral.

Para cumprir eficazmente sua missão histórica, a classe operária tem que fortalecer a aliança com o campesinato e imprimir-lhes de forma consequente seu modo de ser.

O campesinato é um aliado digno de confiança da classe operária e um dos destacamentos principais da nossa revolução. A vitória total do socialismo será factível só quando a classe operária intensificar sua direção e ajuda ao campesinato e o transmita suas características inerentes e assim culmine este processo em toda a sociedade.

A classe operária deve preparar de maneira firme ao campesinato com sua ideologia revolucionária e elevar-lhes com rapidez o nível técnico e cultural mediante a ampla divulgação de sua avançada cultura em áreas rurais. Ademais, tem que prestar maior assistência material e liberar o campesinato das tarefas difíceis. Desta maneira, tirar o campo do atraso ideológico, técnico e cultural, suprimir todas as diferenças classistas e construir uma sociedade sem classes, uma sociedade onde a vitória do socialismo seja total.

A Federação Geral dos Sindicatos da Coreia é um assistente digno da confiança de nosso Partido, que defende a este no político e ideológico e luta por pôr em prática sua linha revolucionária.

O princípio supremo das atividades da Federação é ser fiel sem limites a nosso Partido e apoiar com firmeza sua ideologia e direção.

Deve implantar de forma cabal em suas fileiras o sistema de ideologia única do Partido, ser fiel a direção deste e estabelecer de modo consequente um regime de trabalho e um clima revolucionário de executar incondicionalmente e até o fim sua linha e orientações.

Assim mesmo, tem que aglutinar com força as amplas massas trabalhadoras de diversas classes e setores em torno do Partido através da elevação de sua preparação político-ideológica, e orienta-las a segui-lo até o fim e defende-lo resolutamente contra vento e maré.

As organizações sindicais devem intensificar a direção sobre a atividade orgânica de seus membros. Só por esta via pode faze-lhes conservar com dignidade a vida política. Devem implantar um estrito sistema para dirigi-la, assim como regulariza-la e procurar que todos os integrantes da Federação participem nela de forma honesta, com elevada concepção de organização, forjando-se de modo revolucionário.

Uma tarefa importante da Federação é desenvolver com dinamismo movimentos massivos sob a direção do Partido. Incorporando amplamente a seus militantes em diversas formas destes movimentos, as organizações sindicais têm que educa-loss e transforma-los em comunistas e mobiliza-los com energia para o cumprimento das tarefas políticas e econômicas planejadas pelo Partido.

O Movimento pela obtenção da bandeira vermelha das três revoluções é um poderoso movimento massivo tendente a transformar as pessoas em comunistas e impulsionar a um ritmo acelerado a construção econômica socialista por meio do desenvolvimento vigoroso das revoluções ideológicas, técnicas e científicas. As organizações sindicais devem conseguir que os operários e seus membros participem ativamente neste movimento e desempenhem um papel medular nas três revoluções, erguendo bem alto a consigna combativa: “Materializemos as exigências do Juche na ideologia, na técnica e na cultura!”.

Desenvolver com energia o Movimento para seguir o exemplo dos heróis no anonimato é uma importante orientação de nosso Partido na época atual. As organizações sindicais têm de libera-lo de modo substancial para que seus integrantes se consagrem a Pátria e ao povo com infinita fidelidade ao Partido e a revolução, com o espírito revolucionário de apoiar-se em suas próprias forças e de trabalhar com afã desafiando as dificuldades.

Devem desenvolver com dinamismo o movimento de emulação socialista e outros diversos movimentos para realizar trabalhos úteis de modo que os operários e os membros da Federação trabalham sempre com um elevado entusiasmo revolucionário e aportem maiores benefícios a economia do país.

As organizações sindicais têm de incorporar de forma ativa a seus membros e aos operários, donos da economia socialista, à administração empresarial e estimula-los a preparar com ímpeto na magna obra pela construção socialista. Deste modo, conduzi-los a aplicar com maior eficiência o sistema de trabalho Dean em todos os ramos da economia nacional e produzir um novo auge revolucionário em todas as frentes da construção socialista.

Reunificar a Pátria dividida é o fim supremo de todo o povo coreano e a tarefa revolucionária mais importante que enfrentam hoje a classe operária e o resto das massas trabalhadoras de nosso país.

Devido à ocupação do Sul da Coreia pelo imperialismo ianque e as manobras dos divisionistas para fabricar “duas Coreias”, nosso país esta divido há 36 anos e o perigo de divisão permanente da nação se incremente cada dia mais. Devemos reunificar a Pátria, o mais rápido possível, para impedir a perpetuação da divisão nacional e garantir o desenvolvimento unificado do país.

Em apoio ao novo projeto de reunificação da Pátria, levantado pelo VI Congresso de nosso Partido, toda a classe operária e demais setores do povo da Coreia devem mobilizar-se em uníssono na sagrada luta por reunificar a Pátria através da fundação da República Confederada Democrática de Koryo.

O principal obstáculo para a reunificação da Pátria reside na ocupação da Coreia do Sul pelo imperialismo ianque e suas manobras para criar “duas Coreias”. A classe operária e o resto dos setores do povo coreano tem que combater ativamente para expulsar as agressoras tropas dos imperialistas ianques do Sul da Coreia, alcançar a libertação nacional a escala de todo país e frustrar as intrigas desses imperialistas direcionadas a fabricar “duas Coreias”.

Com a finalidade de alcançar a reunificação independente e pacifica da Pátria, é necessário erradicar a dominação militar fascista e levar a cabo a democratização da sociedade no Sul da Coreia. A classe operária sul-coreana deve alçar-se com ousadia na luta por alcançar este objetivo e, à vanguarda da luta antifascista pela democratização, conduzir com vigor as amplas massas populares à justa batalha patriótica.

Apoiar e respaldar esta patriótica luta da classe operária e da população da Coreia do Sul constitui um sagrado dever nacional de seus homólogos do Norte.  A classe operária desta parte da República não deve esquecer-se nem um momento da classe operária e patriotas da parte Sul que combatem sem dobrar-se, derramando seu sangue nas duras condições da despótica ditadura militar fascista, pela causa da democracia e a reunificação da Pátria, e fazer tudo o que esta a seu alcance para prestar-lhes um ativo apoio e respaldo em sua justa batalha.

A reunificação da Pátria é a causa comum da nação, que pode ser alcançada só com a união de suas forças. Todos os compatriotas coreanos residentes no Norte, no Sul e no ultramar, por cima das diferenças de ideologia, regime, filiação partidária e credo político, devem formar uma grande frente unida nacional e combater em uma apertada aliança sob a bandeira da reunificação da Pátria.

A causa revolucionária da classe operária é de caráter internacional e a revolução coreana forma parte da revolução mundial. Imprimir maior vigor as forças revolucionárias internacionais e proteger a solidariedade com elas representa uma garantia importante para adiantar a vitória da revolução coreana e fazer avançar triunfalmente a revolução mundial.

Nossa classe operária e a Federação dos Sindicatos devem esforçar-se por lograr uma firme unidade com a classe operária de todos os países que lutam pela paz, a democracia, a independência nacional e o socialismo, e fortalecer a solidariedade com as forças revolucionárias internacionais.

Ademais, devem apoiar e respaldar de forma ativa a sagrada causa dos povos dos países emergentes que se esforçam por construir uma nova sociedade, prosperar, levantando as bandeiras do anti-imperalismo e da independência, e seguir promovendo a cooperação, camaradagem e a solidariedade com classe operária dos países socialistas que lutam contra o imperialismo e pela construção do socialismo e do comunismo.

Devem estreitar a solidariedade com a classe operária dos países capitalistas que combatem a exploração e a opressão do capital e pelo direito a existência e a liberdade democrática, e apoiar e respaldar com energia aos povos de todos os países em sua batalha pela independência e a soberania nacional.

Levar adiante as relações de amizade e cooperação entre as organizações sindicais e os grêmios operários de distintos países do mundo reveste-se de suma importância para fazer avançar o movimento operário internacional e fortalecer as forças revolucionárias mundiais. A Federação Geral dos Sindicatos da Coreia deve promover visitas e intercâmbios e estreitar os laços de amizade com os sindicatos, grêmios operários de diferentes nações e as organizações internacionais da classe operária para dar um ativo aporte ao desenvolvimento do movimento operário internacional e a revolução mundial fazendo ainda mais forte o apoio e a solidariedade internacionais com nossa revolução.

Camaradas:

Hoje nosso Partido e nosso povo enfrentam a histórica tarefa de dar um vigoroso impulso à revolução e a construção para conquistar, quanto antes, a vitória total do socialismo e a reunificação da Pátria e culminar a causa revolucionária do Juche.

Nossa causa revolucionária do Juche é justa, e lutar com abnegação por seu triunfo é a missão gloriosa da classe operária. Nosso Partido e nosso povo depositam uma imensa esperança na classe operária para ergue-la. Os operários e os membros da Federação têm de lutar com tenacidade, consagrando todo seu entusiasmo, a causa da culminação da luta revolucionária do Juche, e avançar com maior rapidez vencendo todas as dificuldades.

Sempre triunfará nossa classe operária que convencida da justeza revolucionária de sua causa, marchará com passos firmes sob a correta direção do nosso Partido.

Espero que nossa heroica classe operária e os membros da Federação, levantando a bandeira revolucionária da ideia Juche e unidos compactamente ao redor do Comitê Central do Partido, avancem com mais energia face à vitória definitiva desta causa.




* Tradução baseada na edição em espanhol do volume 36 das Obras de Kim Il Sung publicado, em 1990, em Pyongyang.

domingo, 14 de abril de 2013

Instituto Internacional da Ideia Juche realiza sua XIV Reunião Executiva


Foi realizada, neste domingo, a XIV Reunião Executiva do Instituto Internacional da Ideia Juche, em Pyongyang, capital da República Popular e Democrática da Coreia. Na reunião estavam presentes o diretor-geral do IIIJ, Vishwanath, o secretário-geral do IIIJ, Kenichi Ogami, o secretário-geral do Instituto Latino-Americano da Ideia Juche, Eleazar Rubio Aldara, Ri Kil Song, vice-presidente da Associação de Cientistas Sociais da Coreia, e delegados observadores de diversos outros países.

Na reunião, foram discutidos os progressos feitos pelas organizações de estudo da Ideia Juche após a XIII Reunião do Comitê Executivo do IIIJ. Foi decidido um plano de trabalho para o ano de 2013 a ser aplicado pelas organizações que estudam a Ideia Juche em todos os países.

Um apelo foi feito na ocasião, dedicado aos Jucheanos de todo o mundo: “O desenvolvimento de armas nucleares por parte da RPDC foi um justo direito para defender seu sistema socialista e seu povo. Conclamamos os jucheanos de todos os países a denunciar os EUA e seus lacaios em suas monstruosas manobras para iniciar uma guerra nuclear contra a RPDC.”

O apelo, que manifestava também o apoio à nova linha estratégica do Partido do Trabalho da Coreia, de levar a cabo a construção econômica de maneira simultânea ao desenvolvimento de armas nucleares, colocou-a como a garantia única para a vitória da causa da independência e do socialismo.

O apelo disse também que as manobras doS imperialistas serão rechaçadas, e que a justa luta do povo coreano avançaria vigorosamente pelo caminho da independência e do socialismo.

sábado, 13 de abril de 2013

Vitória norte-coreana: EUA cedem novamente

Por André Ortega

Washington dispõe-se a retomar ajuda a Coreia do Norte se o país "realizar ações importantes" para abandonar seu projeto nuclear, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry (via RT). Em viagem pela Coreia do Sul e com Pequim na agenda, o diplomata declarou que seu país está disposto a voltar a mesa de negociação.

"Seguiremos tentando convencer a Coreia do Norte a tomar a decisão correta. Se o fizer, estaremos dispostos a cumprir com nossas obrigações" foi o que disse John Kerry. As "obrigações" referidas aqui são as estabelecidas na declaração de 2005, quando Pyongyang recebeu a garantia  de ajuda energética em troca da redução gradual de seu programa nuclear. Com o descumprimento dessas obrigações, a República Popular retomou seu programa. Após recuar em suas provocações aéreas, os Estados Unidos cedem novamente com essa declaração. Não é a primeira vez que isso ocorre. O "Agreed Framework" de 1994 e a declaração de 2005 foram conquistados por vias parecidas - primeiro os Estados Unidos tentam sufocar a  Coreia com sanções, mas depois o fantasma atômico os faz negociar. É provável que a preocupação norte-americana tenha crescido com a ultima conferência do Comitê Central do Partido do Trabalho, onde se deu ênfase na ideia de que o projeto atômico não deve servir de moeda de troca com o imperialismo.

O que alguns chamaram de "ameaças insignificantes" surtiram um efeito devastador na política norte-americana, que mudou completamente o tom. O meu último artigo sobre o fato dessas "ameaças" terem dissuadido os EUA de seguir com suas provocações foi recebido com um ódio irracional e violento por parte de algumas pessoas. Com linguagem adequada a desentendimentos ginasiais, escandalosamente diziam que "o gordinho [líder norte-coreano] só está ameaçando", que "se os EUA quiserem, não deixarão um coreano vivo sequer". Me acusaram de ter invertido a realidade, mas os fatos falam a meu favor - pelo jeito a "vontade" dos EUA é ceder a "provocações vazias". Diz o provérbio legal romano: "Allegatio contra factum non est admittenda" , uma alegação contrária aos fatos não deve ser ouvida. Por isso, devemos ignorar o choro estridente daqueles falam sem investigar.

"A intenção norte-coreana é bem clara: forçar os EUA, recentemente prostrado arrogante em seu pedestal cuspindo sanções, a sentar na mesa de negociações. Kim Jong-il demonstrou genialidade diplomática ao forçar com seu projeto nuclear os americanos a negociarem num momento em que eles esperavam sufocar completamente a República Popular. Kim Jong-un está emulando a astúcia diplomática de seu antecessor, forçando a negociação está fazendo o melhor para a República Popular que é o combate as sanções. Não é de forma alguma "suicídio", é sim pragmaticamente a melhor opção frente as provocações militares e sanções econômicas - sem ferro não há pão, e assim faz sentido a política norte-coreana." ("O que a Coreia do Norte está fazendo?", 1/04/2013)


Kim Jong Il iniciou o projeto nuclear justamente com fins diplomáticos e de dissuasão. Tal estratégia fez Washington ceder diversas vezes (1994, 2005, 2013) e trouxe uma série de benefícios ao país (além da segurança externa; a ajuda energética, por exemplo). A Coreia ofereceu, diversas vezes, o seu projeto nuclear em troca de um tratado de paz (mais recentemente o fez em 2010, 2011 e 2012). Sua exigência segue sendo a mesma: um tratado de paz e a retirada das tropas norte-americanas do sul da península.  Kim Jong Un repetiu com sucesso a coragem de seu antecessor e novamente os Estados Unidos vão de uma postura agressiva para um tom mais conciliador (com seus interesses, claro). A história se repete e confirma o acerto da política norte-coreana: essa é a única abordagem capaz de forçar os Estados Unidos a sentar na mesa de negociação. provando errados aqueles que pensam que a potência pode fazer o que bem entende em sua política externa. A República Popular vem a uma década oferecendo seu programa nuclear em troca da paz, agora, depois do que aconteceu com o Iraque e com a Líbia, pode ser tarde demais.

Quer entender melhor a situação? Leia: http://www.realismopolitico.blogspot.com.br/2013/04/o-que-coreia-do-norte-esta-fazendo.html

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Encenação e hipocrisia da mídia sobre a questão nuclear

Encenação e hipocrisia da mídia sobre a questão nuclear

Por José Reinaldo Carvalho

Camarada José Reinaldo Carvalho

As agências internacionais noticiaram nesta quarta-feira (10) e as redações que
trabalham pelo método “copia e cola” reproduziram com discrição nas suas páginas de internet, que o Paquistão anunciou ter testado "com sucesso" uma versão melhorada do míssil balístico Hatf IV, com alcance de 900 km e capacidade para levar ogivas nucleares.
De acordo com um comunicado oficial, o míssil atingiu as águas do Mar Arábico.
Segundo o comunicado, emitido também na quarta-feira pelas forças armadas paquistanesas, com essa versão que melhora "seu alcance e seus parâmetros técnicos", o Hatf IV "consolida a capacidade de dissuasão do Paquistão".
O teste paquistanês foi realizado apenas três dias depois de as Forças Armadas da Índia terem provado o míssil balístico terra-terra Agni II, com capacidade nuclear e alcance de mais de 2.000 km.
Como se sabe, Paquistão e Índia são países rivais que já travaram três guerras desde sua independência em 1947. Ambos os países possuem armas nucleares e intermitentemente a rivalidade torna-se aguda, levando instabilidade ao conjunto da região asiática, com graves repercussões na segurança internacional.
Nota bene: o argumento usado é o aperfeiçoamento tecnológico para fins de “dissuasão”, ou seja, defensivos. Nenhuma diferença da argumentação exaustivamente usada pela República Popular Democrática da Coreia em sua tentativa de justificar não somente as suas provas nucleares e com mísseis de lançamento, como os preparativos de guerra em curso na Península Coreana.
Observe-se que, independentemente da opinião que se tenha sobre o conflito da Península Coreana, a situação ali se afigura bem mais perigosa para a Coreia Popular do que para - ao menos momentaneamente - o conflito entre a Índia e o Paquistão.
Mais de uma vez por ano, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam na península manobras militares conjuntas em que se mobilizam dezenas de milhares de soldados e armas sofisticadas, inclusive os bombardeiros B-52 e B-2, com capacidade nuclear. O território da Coreia do Sul é uma base militar dos Estados Unidos e do seu território estão apontadas para o Norte ogivas nucleares.
É preciso então esclarecer por que se admite a legitimidade do argumento dissuasório do Paquistão e da Índia e não o da República Popular Democrática da Coreia. O anúncio dos novos testes de mísseis na Ásia Central não mereceu críticas, nem campanhas alarmistas carregadas de conteúdo ideológico e interesse político, nem muito menos consta que esteja sendo redigido qualquer projeto de resolução na ONU para sancionar os mencionados países.
No Jornal Nacional da quarta-feira, a Rede Globo noticiou os testes do Paquistão e da Índia, com absoluta discrição, sem um ricto facial sequer que demonstrasse a mínima reação do apresentador, por vezes tão teatral quando convém buscar um efeito emocional para a notícia.
O que causou maior espécie, porém, foi o noticiário seguinte – que não alterou o meu humor após a convincente vitória corintiana minutos antes – ter dedicado alentado espaço para fazer uma mal ajambrada agitação política em torno de um manifesto de solidariedade ao povo coreano assinado por representações de partidos políticos e movimentos sociais no Distrito Federal, que teria sido, segundo o telejornal, motivo de crises e desmentidos entre partidos da esquerda brasileira.
No caso em tela, a Globo deu luzes, microfones e câmeras a parlamentares que, sem saber onde o galo cantava, e no afã de se distanciarem do aludido manifesto, deitaram falação sobre a paz mundial e a autodeterminação dos povos, sem mencionar que os fautores de guerra da época atual são as potências imperialistas, nomeadamente o imperialismo estadunidense e os seus aliados.
Por trás do dedo acusador da mídia às forças solidárias da luta anti-imperialista está um roteiro enganador e hipócrita, uma encenação que nos casos da ex-Iugoslávia, do Afeganistão, Iraque, Líbano, Palestina, Líbia, Mali e tantos outros não raro encobriu crimes de lesa-humanidade.
Combater esses crimes ou posar de inocentes úteis é uma escolha de trincheira em que lutar.



terça-feira, 9 de abril de 2013

Líder norte-coreano faz EUA recuarem


Líder norte-coreano faz EUA recuarem

Por André Ortega - Realismo Político

O líder norte-coreano Kim Jong Un conquistou uma vitória em sua luta contra os Estados Unidos no recente momento de tensão na Península Coreana. Após chocante demonstração de força, a Casa Branca recuou em sua postura agressiva temendo que isto poderia "inadvertidamente" desencadear uma crise ainda mais profunda, segundo o "The Wall Street Journal".  Retirando os aviões F-22, B-2 e os temidos B-52 (capazes de transportar armas atômicas) dos céus coreanos, os EUA voltaram atrás em seu roteiro pré-estabelecido de exercícios militares na Coreia do Sul, mostrando a eficiência da estratégia norte-coreana e sua capacidade de dissuadir a grande potência. É certo que os avisos da Coreia do Norte ecoaram em Washington e é provável que tal postura tenha sido influenciada pelos recentes encontros do Comitê Central do PTC (Partidos dos Trabalhadores da Coreia), encontros onde se deu ênfase em avançar ainda mais o projeto atômico.

Figura reverenciada pela população em geral, Kim Jong Un certamente se reafirmou como líder frente os alto dirigentes de seu país. Vítima de dúvidas no exterior devido sua pouca idade e subida ao poder aparentemente frágil, Kim Jong Un frustrou as expectativas daqueles que esperavam um líder fraco ou reformador. Invulnerável perante a pressão americana, Kim Jong Un mostrou a força da própria liderança e mostrou sua "vocação de sangue", já que seu avô, Kim Il Sung, combateu a invasão japonesa desde os 15 anos de idade, também muito jovem. Apesar da abordagem norte-coreana ter sido correta, em muitos aspectos Kim Jong Un somente emulou o gênio diplomático de seu antecessor, Kim Jong Il, que no passado forçou os EUA a mesa de negociação através de sua política nuclear. Esse acontecimento derruba o mito da "invencibilidade" e "liberdade total" da política externa norte-americana, assim como refuta as mentes simples que falaram a "loucura norte-coreana" ou que zombaram das "ameaças" de Kim Jong Un como provocações infantis. A política norte-coreana de louca não tem nada, é muito racional, responde a imperativos pragmáticos e é um movimento calculado.

As recentes tensões na península coreana vem preocupando o mundo com o fantasma de um novo embate militar. O conflito vem desde a década de 50' e se deve a ocupação militar norte-americana na Coreia do Sul, necessária para a manutenção dos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA na região. Do outro lado, a Coreia do Norte é governada por um regime socialista que em sua fundação tomou uma série medidas de caráter popular, como a reforma agrária, a nacionalização de propriedades dos antigos invasores japoneses e a reorganização da vida política em linhas democráticas através das forças que libertaram o país e de organizações de massa como sindicatos. No entanto, o país passou por duras dificuldades por causa da guerra e sanções, com uma disciplina rígida que se mantém graças a mobilização de massas e a direção do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Se o país fosse dividido e o povo desorganizado, sem esse sistema político e tendo que se basear exclusivamente na repressão militar, o regime provavelmente não sobreviveria a estas dificuldades.

Essa é certamente uma ótima notícia para os amantes da paz de todo o mundo e para todos aqueles que temiam a explosão de um novo conflito militar. É claro que isso não é a paz, mas se os Estados Unidos realmente querem a paz, então deveriam retirar suas tropas da península e acabar essa guera que já vem sendo travada a mais de meio século.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Elias Jabbour: O que quer a Coreia do Norte?


Elias Jabbour: O que quer a Coreia do Norte? 

Nem sempre imagens têm mais valor do que mil palavras. No caso em questão, as imagens e o retorcimento da retórica explanada pelo governo da Coreia do Norte são parte de um grande jogo de ridicularização de um regime cujo único objetivo é a autodefesa. Também existe uma ponta de luta pela sobrevivência. Sobrevivência que significa a própria sobrevida de uma nação milenar. E para mim isso basta.

Por Elias Jabbour*

Perguntemos a qualquer letrado, ou especialista. Você sabia que enquanto a Europa se ensanguentava em guerras religiosas, a Coreia já era uma nação com todos os traços que poderiam a classificar como um Estado Nacional precoce e anterior ao nascimento de Cristo?

Você sabia que houve uma guerra entre os lados norte e sul da península coreana entre os anos de 1950 e 1953? Você sabia que foi a primeira vez, desde a independência dos EUA (1776) que os norteamericanos assinaram um armistício, ou seja, foram derrotados pela primeira vez em quase 200 anos? Você sabia que desde 1776 os EUA nunca ficaram longe de uma guerra, fora dos seus domínios, por mais de dez anos? Você sabia que na Guerra da Coreia caiu, sobre o lado norte da península, o correspondente a dez bombas nucleares testadas em Hiroshima e Nagasaki? Você sabia que, desde 2001, estão apontadas, à capital da Coreia do Norte (Pionguiangue), cerca de 60 mísseis carregados de ogivas nucleares?

Mais perguntas: Você tem notícia acerca da invasão de um algum país por parte da Coreia do Norte? Você sabia que o país mais bloqueado, cercado e difamado no mundo é a Coreia do Norte? Será que essa difamação tem alguma relação com a derrota dos EUA na já referida guerra? Será que querem condenar a Coreia do Norte ao retorno à Idade da Pedra? Será que a Coreia do Norte há 60 anos não é o espinho na garganta dos EUA? Diante dos fatos e da história, você acha que os EUA fariam com a Coreia do Norte o mesmo que fizeram com o Iraque, o Afeganistão e outros? A Coreia do Norte tem ou não o direito de se defender? Você tem alguma dúvida sobre o destino de Kim Jong Un: seria recebido com festa num exílio na Europa ou teria o mesmo destino, com os mesmos requintes de crueldade, reservado a Muamar Kadafi?

Responder estas questões não é uma tarefa complicada. Um mínimo de honestidade já bastaria para saber o que está em jogo nesta guerra psicológica em curso na península coreana. De imediato sugiro qualquer julgamento moral sobre a natureza do regime nortecoreano, se é socialista ou não, se é democrático ou ditatorial, bonito ou feio, rude ou sofisticado. Tem gosto para tudo. Também não seria muito legal tomar a máxima do chanceler brasileiro (Antonio Patriota), segundo quem esperava uma “atitude mais ocidentalizada do líder nortecoreano”.

Talvez Antonio Patriota esteja levando a sério demais o conselho de Huntington sobre um Choque de Civilizações, quando na verdade tanto Huntington quanto Patriota não passam de vítimas de um verdadeiro “choque de ignorância”. Meu parêntese continua para externar algo mais de fundo. É chocante imaginar que o chefe de nossa chancelaria nunca tenha lido Edward Said (“Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente”), nem tampouco Barrington Moore Jr. (“As Origens Sociais da Ditadura e da Democracia – Senhores e Camponeses na Construção do Mundo Moderno”). De forma explicita em ambos os livros ficam claras as evidências, na Ásia, de práticas democráticas ao nível da aldeia que remontam ao menos 3.000 anos.

O que quer de fato a Coreia do Norte, partindo de um julgamento mais pautado pela história? É evidente que o regime busca sobrevida e para isso nega a lógica da rendição incondicional tão cara a outras experiências, entre elas as da URSS, Leste Europeu e recentemente da Líbia.

Uma nação que historicamente teve seu território sob a cobiça estrangeira, cercada de grandes potências por todos os lados, passando por uma sanguinária ocupação japonesa e que sabe do que são capazes os EUA, não pode se dar ao luxo de esperar o bonde da história passar. O bonde da história derrotou as experiências socialistas da URSS e Europa, levando quase a nocaute por asfixia o governo da Coreia do Norte na década de 1990. Os últimos 25 anos foram marcados por privações de todo tipo, levando inclusive a fome para o outro lado do rio Yalu. O bloqueio, a fome imposta de fora para dentro e as inúmeras ameaças militares e provocações (Coreia do Norte como parte do “Eixo do Mal”, segundo Bush) só fez restar ao governo nortecoreano a opção de se “armar até os dentes” diante do que ocorria em Belgrado sob as hostes das chamadas “intervenções humanitárias”.

Poucos regimes no mundo tem uma noção da política como uma ciência que leva em conta não somente a correlação de forças, mas também o chamado tempo e espaço. Asiáticos e milenares que são os coreanos dão mostras de ter ido além de Maquiavel, aproximando-se de Lênin acrescido de alguma sabedoria confuciana e espírito de rebeldia herdado pelos ensinamentos de Laotsé. Somente gente preparada poderia manter em pé um país cercado, humilhado e ameaçado desde seu nascedouro e com um cenário recrudescido nas últimas duas décadas.

O conceito de ditadura não serve de explicação. Mais pobre ainda é levar à sério certas conversas do tipo “governo que se mantém às custas da fome do povo e do não cumprimento dos direitos humanos”, quando na verdade a soberania nacional está acima de qualquer direito humano. Ou se acredita ser possível algum direito humano sob ameaça ou intervenção estrangeira? O único direito humano universal é o direito à vida. E o direito a vida naquela parte do planeta se confunde e se entrelaça com o direito de ser nação soberana. É simples, sem ser simplista: a Coreia do Norte não está de brincadeira, pois sabem com quem estão lidando e do que são capazes os EUA.

Os nortecoreanos querem ter o direito de ser o que eles decidiram ser desde a explosão das primeiras revoltas camponesas contra a ocupação japonesa, ainda na década de 1910 do século passado. Ao invés de buscarmos dar lições de democracia, civilidade e de governo para uma nação milenar, seria mais interessante entender como um país exposto àquelas condições pode alcançar um nível de desenvolvimento tecnológico capaz de projetar e lançar satélites artificiais, mísseis intercontinentais e mesmo bombas nucleares, algo que nem nossos amigos do Irã e seus imensos recursos petrolíferos conseguiram até hoje.

Acho que se decifrarmos a formação social que forjou um povo capaz de expulsar Gengis Khan de seus domínios, no auge do poderio militar do Império Mongol, chegaremos a explicações mais plausíveis e próximas da realidade.

*Elias Jabbour é doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP. Autor de “China Hoje: Projeto Nacional, Desenvolvimento e Socialismo de Mercado” (Anita Garibaldi/ EDUEPB, 2006). 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Editorial do Portal Vermelho: É o imperialismo que ameaça a paz, não a Coreia Popular


É o imperialismo que ameaça a paz, não a Coreia Popular

Uma escalada de tensão militar e perigo de guerra desenvolve-se há várias semanas na Península Coreana. Sobre os fatos em desenvolvimento, a mídia privada e monopolizada a serviço do imperialismo estadunidense exercita as artes em que é mais adestrada: tergiversar, distorcer, desinformar e mentir.

Os noticiários e editoriais são confeccionados a partir de imagens e frases pinçadas e descontextualizadas, com o deliberado objetivo de apresentar a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) – um país socialista e revolucionário que se empenha em construir a economia e consolidar o poder nacional com base nas próprias forças e no pleno exercício da sua soberania – como um regime “excêntrico”, “totalitário” e “ameaçador”.

A paz e a segurança internacional são objetivos permanentes dos povos e nações soberanas, bandeira indeclinável dos países socialistas no quadro de relações diplomáticas realizadas sob os princípios do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas. Isto contrasta com as práticas unilaterais, imperialistas, hegemonistas dos Estados Unidos e seus aliados, cuja política externa é baseada em ameaças à soberania nacional dos povos e nações, no militarismo, no monopólio das armas nucleares, no saque das riquezas nacionais, na realização das guerras de agressão.

A República Popular Democrática da Coreia é um dos alvos preferenciais do imperialismo estadunidense, que usa o território da vizinha Coreia do Sul como base militar, onde acantona tropas, armamento convencional e nuclear. O estado de guerra na Península Coreana não é resultado de uma proclamação do governo da RPDC. É, antes, um estado permanente, cuja principal expressão é a realização frequente de manobras militares conjuntas das forças armadas norte-americanas e sul-coreanas, nas quais se mobilizam dezenas de milhares de soldados, navios de guerra, aviões de combate, artilharia pesada e armas nucleares.

A República Popular Democrática da Coreia tem estilo e linguagem próprios, mas não está nas suas decisões e na sua retórica a causa da tensão na Península Coreana.

A Coreia Popular, na sequência da publicação dos seus comunicados, responsabilizou, com toda a razão, os Estados Unidos e a Coreia do Sul pelas crescentes tensões, ressaltou a ameaça representada pelas manobras militares de grande escala que os Estados Unidos fazem em conjunto com a Coreia do Sul, que constituem explícita provocação e põem em risco a sua soberania.

Os Estados Unidos, por sua vez, além de manter a realização dos exercícios militares conjuntos, ordenaram a instalação de um radar de defesa antimísseis na ilha de Guam, situada no Pacífico, enviaram para a região o destróier USS Fitzgerald, capaz de derrubar mísseis, nas proximidades das costas da Coreia Popular. Para agravar ainda mais a situação, Washington enviou à região seus bombardeiros B-52 e B-2, com capacidade nuclear, e caças furtivos F-22. E os porta-vozes da Casa Branca, do Pentágono e do Departamento de Estado elevaram o tom das suas declarações, assinalando que a Coreia Popular é uma “grave ameaça” para o mundo.

A verdadeira ameaça emana das políticas militaristas e belicistas do imperialismo estadunidense e seus aliados. Enfrentá-las e combatê-las faz parte das lutas dos povos de todo o mundo.