Por conta de uma maior demanda por parte dos leitores em
conhecer a literatura comunista coreana e em entender melhor o que é a Ideia
Juche, nos próximos meses a equipe da página Solidariedade à Coreia Popular
estará publicando as principais obras escritas pelo Presidente Kim Il Sung e
pelo Dirigente Kim Jong Il, assim como as obras recém-escritas pelo líder
máximo da RPD da Coreia, o camarada Kim Jong Un. Antes da publicação de cada
obra, faremos uma breve nota de introdução, explicando o contexto em que a obra
foi escrita e tirando conclusões acerca da mesma. Começaremos publicando a
primeira obra conhecida escrita pelo Presidente Kim Il Sung, “Derrubemos o
Imperialismo", discurso inaugural da União para Derrotar o Imperialismo.
Nota introdutória
Nota introdutória
A situação da Coreia, no início do século
XX, era de uma sociedade de caráter colonial e semi-feudal. Após a ocupação
do país pelo imperialismo japonês, em 1910, a Coreia corria o risco de deixar
de existir enquanto nação por conta da proibição do uso do idioma coreano e de
sua cultura. Na economia, todos setores estratégicos, as indústrias, os portos,
a mineração etc. estavam sob o controle do Japão. Na agricultura, os
latifundiários japoneses ou coreanos pró-japoneses estabeleciam explorações
atrasadas, de tipo semi-feudal, e exportavam grãos para o Japão em detrimento
do mercado interno.
Em face desse contexto, nascem os primeiros movimentos
nacionalistas e revolucionários na Coreia. O Exército de Independência, nascido também no começo
do século, seguia a cabo suas atividades sob a bandeira da salvação nacional
através da luta armada. Em 1925, é fundado o Partido Comunista da Coreia.
O Presidente Kim Il Sung, até então bastante jovem, não demorou
em notar as claras limitações que apresentavam tanto o movimento nacionalista
quanto o movimento comunista na Coreia. O Exército de Independência,
nacionalista, que não possuía uma base ideológica e nem conhecia que caminho e qual método de luta deveria ser empregado para conquistar a independência do país, caracterizava-se pela
completa dispersão de seus quadros e por métodos pequenos e ineficientes para
conquistar a independência do país. Muitos membros do movimento nacionalista
defendiam a conquista da independência do país se apoiando em forças
estrangeiras, acreditando que a não-violência das massas e as meras “petições”
fariam o país independente. Outros nacionalistas defendiam a restauração da
monarquia após a independência da Coreia – opinião essa que Kim Il Sung
caracterizou como incorreta, por conta de não garantir a felicidade para o povo
e deixar o poder na mão de uma minoria abastada.
O Partido Comunista da Coreia, que nasceu em 1925, é
dissolvido apenas três anos depois, em 1928. Por conta de tendências
esquerdistas e sectárias que dominavam o então o PC da Coreia, que não dava
prioridade ao engajamento no movimento de massas e em dar às massas o posto
dirigente da Revolução, mas sim a rixas internas para o mero reconhecimento do
Partido por parte da III Internacional, e também por motivo da repressão do
imperialismo japonês contra os comunistas, em 1928 ele deixa oficialmente de
existir.
Kim Il Sung, fazendo um balanço dos erros e das lições que
deveriam ser extraídas em face das limitações apresentadas, estabelece o
princípio de que o caminho a ser seguido pelo movimento de independência da
Coreia deve ser o caminho marxista, e que a derrubada do imperialismo japonês
deve ser obra de um enorme movimento de massas, que envolva enormes setores da
população, e não de um pequeno grupo de pessoas contaminadas pelo messianismo.
Precocemente, sendo um jovem contando com apenas 14 anos de
idade, Kim Il Sung funda em 17 de outubro de 1926 a União para Derrotar o
Imperialismo, e leva a cabo uma luta de princípios contra o sectarismo, contra
os falsos comunistas, contra o nacionalismo e estabelece o marxismo como ideia
diretriz da Revolução Coreana.
Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil
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