quarta-feira, 7 de março de 2012

Ainda sobre o recente acordo RPDC-EUA: Análise da KFA inglesa

Hoje, no dia 7 de março de 2012, a seção inglesa da Associação de Amizade com a Coreia (KFA) publicou um artigo em que faz uma breve análise da vitória diplomática da Coreia Socialista no recente acordo assinado no dia 1 de março. Desmascarando mentiras vociferadas pela imprensa, compartilhamos com o leitor as palavras dos ingleses solidários com a RPDC.


No dia 29 de fevereiro, a Agência Central Coreana de Notícias publicou um artigo sobre as recentes conversações RPDC-EUA em Beijing, dizendo que “delegações da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e Estados Unidos da América (EUA) se encontraram em Beijing, China, nos dias 23 e 24 de fevereiro, para a terceira rodada de conversas de alto nível entre a RPDC e os EUA. Nas conversações, estava presente a delegação da RPDC liderada por Kim Kye Gwan, Primeiro Vice-Ministro de Relações Exteriores, e a delegação dos Estados Unidos liderada por Glyn Davies, o Representante Especial do Departamento de Estado para Políticas com a RPDC.”

Essas conversações e suas conclusões causaram muitas controvérsias, tanto por parte dos amigos quanto dos inimigos da RPDC. O que aconteceu de fato? Estaria a RPDC capitulando frente a uma política opressora? Foi o acordo uma vitória para os EUA?

As delegações chegaram à conclusão de princípios de que as conversações das seis partes (RPDC, China, Rússia, Japão, EUA e Coreia do sul) devem ser retomadas. Desde 2008, as mesmas estão estagnadas. Foi significante o fato de que, assim que as conversações das seis partes forem retomadas, a retirada das sanções pode ser discutida. Essa é uma concessão por parte dos EUA. A RPDC concordou em fazer uma moratória dos testes nucleares, testes misseis balísticos de longo alcance e de enriquecimento de urânio. É uma moratória, e não é incondicional. Ao contrário, acontecerá enquanto os “diálogos produtivos continuarem”. Tal ponto deve ser ressaltado.

Mais à frente, a RPDC nunca se comprometeu a desmantelar suas instalações nucleares e, certamente, não se trata de um desarmamento unilateral da RPDC. Os EUA tentaram, muitas vezes, desmantelar as instalações nucleares norte-coreanas. Mais uma vez, os mesmos fracassaram em fazê-lo por vias diplomáticas. Em 1994 e 2007, a RPDC parou seus testes nucleares. Dessa vez, não o fizeram. Claro, se as ameaças nucleares dos EUA contra a RPDC acabarem completamente, isso provavelmente poderá ser discutido.

Muitos comentaristas hostis deturparam tais fatos, dizendo que a moratória nos testos nucleares seria uma concessão por parte da RPDC em troca de ajuda alimentar dos EUA. Ao contrário, os fatos mostram que tais acordos foram feitos em situação de plena igualdade. A RPDC não requisitou ajuda alimentar em momento algum, como um comentarista da KCNA disse em 11 de janeiro: “O que não pode ser exagerado é o fato de forças hostis falarem bobagens, dizendo que a RPDC requisitou ajuda alimentar por conta das dificuldades pela qual o país passa”. Foram os EUA tocaram na questão da ajuda alimentar. Não existe “fome” alguma na RPDC.

O acordo assinado entre os EUA e a RPDC devem diminuir as tensões causadas pelo regime títere sul-coreano e pelos EUA e podem ser um caminho para que a RPDC fique livre para concentrar suas comemorações em abril, assim como para poder cumprir suas tarefas na construção econômica e no aumento do bem-estar do povo. Os únicos que fizeram concessões no acordo foram os EUA e a Coreia do sul.
O recente acordo entre a RPDC e os EUA é uma vitória diplomática para a primeira, mas cabe aos coreanos manterem-se vigilantes e ver se os EUA cumprirão ou não os acordos estabelecidos.


Fonte: KFA - UK.