sexta-feira, 8 de julho de 2011

Kim Il Sung: passado e presente na RPDC

ROSANITA CAMPOS*
A Coreia Popular e os povos de todo o mundo homenageiam nessa sexta-feira, 8 de julho, o grande líder coreano Kim Il Sung que faleceu nesse dia há 15 anos.
Fundador do Estado coreano, do Partido do Trabalho da Coreia - PTC e do Exército Popular Revolucionário da RPDC, depois de derrotar todas as tentativas japonesa e norte-americana de submeter a Coreia Popular às imposições imperialistas, Kim Il Sung construiu com o valente povo coreano a economia do país, acabando com o analfabetismo e o desemprego e tornando a Coreia Popular um país soberano, culto, independente e desenvolvido. 
Claudio Campos nos disse em artigo em sua homenagem publicado aqui na Hora do Povo em julho de 1994 logo após a sua morte que “Ele foi contemporâneo de Lênin, Stalin, Dimitrov, Mao, Ho e Che. Tinha a mesma estatura dessas águias, desses gigantes da luta pelo amor, pela liberdade, pela justiça e pelo progresso econômico e social. Tinha 82 anos de idade e 69 de militância pelo socialismo e pelo Homem.”
5 anos após a libertação do país e 3 anos após a constituição do Estado coreano e da aprovação pela Assembleia Nacional Popular da primeira Constituição do país, em 1950 as tropas americanas desembarcaram no Sul e o general John R. Hodge decreta a criação de um governo militar norte-americano ao sul do paralelo 38. Diante da ocupação dessa região pelos EUA, a instauração da RPDC tornou-se o principal instrumento para levar adiante a luta pela reunificação do país. Kim Il Sung comandou o enfrentamento à guerra imperialista e conseguiu que os EUA assinassem um armistício. E estabeleceu o Programa dos 10 Pontos para a reunificação pacífica e independente da Pátria, sonho de todos os coreanos do norte e do sul e que culminou com a assinatura, por Kim Jong Il pela parte norte e Kim Dae Jung pela parte sul, da Declaração Conjunta de 15 de Junho, hoje renegada por Lee Myung Bak e seu grupo no sul do país. Apesar disso Kim Il Sung e o governo da RPDC têm proposto a assinatura de um tratado de paz definitiva que os EUA e a Coreia do Sul se recusam a firmar.
“Nossa nação, em consequência da ingerência das forças estrangeiras, está dividida em duas partes e existem diferentes ideologias e regimes no Norte e no Sul. O pai da Nação, Kim Il Sung, nos mostrou que a nacionalidade, o amor à pátria e o espírito de independência nacional que dela emanam constituem as bases para a reunificação da Pátria”, assinalou Kim Jong Il, atual dirigente da RPDC, ressaltando que “nossa nação deve vencer todas as dificuldades e os obstáculos postos no caminho de sua reintegração e alcançar sua unidade; e sem nenhuma dúvida o conseguirá”.
É comum ver a população coreana e os visitantes estrangeiros depositarem flores diante da estátua do grande líder na Colina Mansu no centro de Pyongyang. Derrubar o muro que separa as duas Coreias, construído, mantido e vigiado pelos EUA, é tarefa primordial de seu povo, herança da luta pela reunificação do país deixada por Kim Il Sung que conta com a simpatia e apoio da maioria dos povos do mundo.
Todas as conquistas obtidas pela Coreia de hoje não teriam sido possíveis não fosse o gênio patriótico de Kim Il Sung que desde lá, quando em 1945 entrou vitorioso à frente do Exército Popular em Pyongyang após a expulsão do colonizador japonês, traçou os rumos do desenvolvimento nacional soberano.
Uma das matrizes desse desenvolvimento técnico e científico, a Universidade Kim Il Sung, foi fundada por ele 1945. Em um discurso dirigido aos trabalhadores do campo no dia 3 de novembro do mesmo ano ele afirmou que “No passado impulsionados pelos desígnios de fazer dos coreanos escravos colonizados os imperialistas japoneses tergiversaram e borraram a remota história e a brilhante cultura nacional de nosso país. Privaram os coreanos de seu idioma e alfabeto. Inclusive de seus nomes e sobrenomes. Sustentavam que a Coreia e o Japão eram “parte de um mesmo corpo, eram da mesma cepa, tinham a mesma raiz”. Devido a isso nossos jovens e crianças viveram em muitos casos sem o orgulho e a dignidade nacionais.
“É preciso ensinar bem aos jovens e às crianças o idioma, o alfabeto, a história, a geografia, a cultura do nosso país. Só com alto orgulho e dignidade nacionais eles poderão amar a nação e empenhar-se na luta para construir uma nova Coreia. Para isso temos que preparar professores competentes, formar novos mestres, estabelecer o ensino obrigatório e ao mesmo tempo prestar atenção ao trabalho de educação dos adultos. Se queremos construir um novo país rico e poderoso não podem existir analfabetos em nosso país. E redigir em língua materna novos manuais de matemática, história, geografia...
“Precisamos dar aos nossos estudantes uma instrução adequada às condições reais de nosso país para que eles adquiram conhecimentos vivos, úteis para a edificação de uma nova Coreia.
“No futuro esse centro docente formará os filhos e filhas do povo trabalhador como os melhores quadros nacionais que servirão com lealdade à Pátria e ao povo. Por isso devemos dotá-lo de uma ideologia democrática. Assim devemos procurar fazer com que a universidade se converta em um autêntico plantel popular que instrua os filhos e as filhas dos trabalhadores e forme quadros a serviço deles.”
Como afirmou Claudio em outro artigo publicado aqui no HP em 1995 a Coreia é “Herdeira de uma das mais ricas e milenares culturas da Humanidade, a nação coreana possui hoje uma das mais pujantes economias do mundo, além de ter alcançado, em sua parte norte, as mais avançadas relações sociais já desenvolvidas pelo Homem. Interesses forâneos não poderão mantê-la indefinidamente dividida”.
Ao Presidente Kim Il Sung a nossa homenagem.

*Rosanita Campos é vice-presidente nacional do Partido Pátria Livre ( PPL)
Fonte: Jornal Hora do Povo