O Exército Popular da Coreia comemora agora os oitenta anos da sua
fundação.
Seu antecessor, o Exército Popular Revolucionário da Coreia,
foi fundado pelo futuro Presidente Kim Il Sung, em 25 de abril de 1932, quando
Coreia estava sob a ocupação militar (1905-1945) do imperialismo japonês. Mesmo sem contar com o abastecimento estatal ou com o apoio
de nenhum exército regular, o Exército Popular Revolucionário da Coreia fez
frente ao exército imperialista japonês e libertou o norte do país em 15 de
agosto de 1945.
Pintura mostrando Kim Il Sung fundando o EPRC em 1932 |
Soldados do EPRC se preparando para uma operação, Kim Il Sung aparece na segunda fileira, o terceiro da esquerda para a direita |
Libertação da Coreia pelo EPRC e pelo Exército Vermelho da URSS |
Kim Il Sung, em conversa com generais do Exército Vermelho da URSS, após a libertação da Coreia do jugo do imperialismo japonês |
Após a libertação, quando sob a direção de Kim Il Sung o
EPRC foi organizado como uma força armada regular, Exército Popular da Coreia
(EPC), o EPC se viu obrigado a lutar na Guerra de Libertação da Pátria
(conhecida no Ocidente como ‘Guerra da Coreia’, que durou de 1950 a 1953)
contra a invasão dos Estados Unidos. Os norte-americanos, com o fim de
estrangular a jovem República Popular Democrática da Coreia (com menos de dois
anos de fundação), mobilizou para o conflito mais de dois milhões de tropas,
sem contar com as tropas da Coreia do Sul, do antigo exército japonês e dos
mais quinze países satélites também mobilizados para a guerra de agressão
contra a RPD da Coreia. Uma colossal quantidade de equipamentos militares
também foi utilizada na guerra.
O mundo se preocupou com o destino da Coreia. Porém, o EPC
obteve enormes êxitos: matou, capturou ou feriou mais de 1,5 milhão de
efetivos, e derrubou, destruiu e inutilizou mais de 12,2 mil aviões, o que foi
para o imperialismo norte-americano a sua primeira derrota militar na História,
o que assombrou o mundo inteiro.
Pyongyang, após ser bombardeada mais de 428 mil vezes na Guerra de Libertação da Pátria |
Batalha do km 1211, da Guerra de Libertação da Pátria |
Batalha do km 351 |
Libertação de Taejon, na Coreia do sul, pelo Exército Popular da Coreia |
Nos períodos posteriores à guerra, o EPC frustrou as
incessantes provocações militares dos Estados Unidos, defendendo firmemente a
soberania e a dignidade nacionais, cuja prova máxima é o caso do navio espião
norte-americano “Pueblo”, capturado em janeiro de 1968 por marinheiros do EPC
em águas territoriais da Coreia. Os Estados Unidos, em represália à captura,
mobilizou uma imensa quantidade de forças armadas, incluindo porta-aviões. A
RPDC, por outro lado, com disposição a fazer represália à “represália”, e
opondo a guerra total à guerra total, se manteve em pleno movimento para o
combate, o qual obrigou os Estados Unidos a pedirem desculpas em dezembro do
mesmo ano à RPDC pelos atos hostis e de espionagem perpetrados.
Exemplos similares de atos hostis são os casos dos aviões
espiões norte-americano de grande envergadura, “EC-121”, em abril de 1969, e o
caso de Panmunjom em agosto de 1976.
Jornal norte-americano anunciando a captura do navio de espionagem USS Pueblo |
Navio espião USS Pueblo |
Tripulação do navio espião USS Pueblo sendo presa |
Nos últimos anos do século passado, a Coreia Socialista saiu
vitoriosa no enfrentamento sem disparos contra as forças aliadas do
imperialismo, acaudilhadas pelos Estados Unidos, algo que seria impossível sem
o Exército Popular da Coreia.
No início de 1993, os Estados Unidos, pressionando o
Organismo Internacional de Energia Atômica, fez escândalos acerca da suposta “suspeita
nuclear” contra a RPD da Coreia e pretendeu levar a cabo uma “inspeção especial”
aos objetos militares da Coreia. Por outro lado, os Estados Unidos realizaram
em conjunto com a Coreia do Sul diversos exercícios militares conjuntos, “Team
Spirit”, atos de simulação de guerra nuclear de enorme envergadura. Frente a
isso, foi publicada na Coreia a ordem do Comandante Supremo Kim Jong Il, que
proclamava todo o país a passar ao estado de semi-guerra, e proclamou-se também
a retirada da RPDC do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Atemorizados, os Estados Unidos se apresentaram às negociações, terminando por
assinar documentos nos quais se comprometia a resolver de maneira pacífica a
questão nuclear da Península Coreana.
Em fins de 1998, os Estados Unidos, levando a cabo seu novo
plano de guerra contra a RPDC, agravou mais uma vez a tensão na Península
Coreana. O EPC, como porta-voz de seu Estado-Maior Geral, declarou solenemente que
aqueles que invadissem seu país, fossem quem fossem, seriam completamente
destruídos, e que os promotores da agressão, assim como seus lacaios e outras
forças hostis, seriam seus alvos, abatendo sem dó os inimigos.
No novo século, varias outras crises nucleares aconteceram
na Península Coreana, como o complô sobre o afundamento do navio sul-coreano
Cheonan, assim como o bombardeio da ilha Yeonpheong, ambos em 2010. Com enorme
poderio e incomparável coragem, o EPC preservou firmemente a soberania e a
dignidade nacionais.
O Exército Popular da Coreia não só é o digno defensor do
socialismo, como também é a força principal da sua construção.
Sob a ordem do Comandante Supremo Kim Jong Il, a Política
Songun (que prioriza os assuntos militares) foi definida como a política
fundamental do socialismo, e sob o lema “Encarreguemo-nos tanto da defesa do
país quanto da construção socialista!”, o EPC construiu enormes centrais
hidrelétricas e realizou outros logros e inovações na construção socialista.
Seu espírito revolucionário se propagou por todo o país fazendo possível com
que o povo coreano superasse as dificuldades econômicas e lograsse a construção
de um próspero e poderoso Estado socialista, com ressonantes êxitos que
impressionaram todo o mundo.
A história de glórias e vitórias do Exército Popular da
Coreia se confunde sempre com os logros da Coreia Socialista, cada vez mais
próspera.