sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Cegueira política


Com o recente teste da explosão da ogiva nuclear realizada pela RPDC se tornou mais evidente a cegueira política dos Estados Unidos.

Até esta data o império norte-americano não reconheceu a posse de armas nucleares deste país asiático, mantendo uma política que nega sua posição estratégica como possuidor de artefatos nucleares.

Em um artigo intitulado “Frente à realidade nuclear da Coreia do Norte” publicado em um número recente da revista semanal de uma companhia de informação estadunidense, um especialista titular em assuntos estratégicos da Ásia/Pacífico manifestou que adotar uma resolução que não reconhece o fato da capacidade nuclear da Coreia não poderia ser uma estratégia praticável e que esta era a razão pela qual a Administração norte-americana tenha sofrido fracassos na solução do problema nuclear coreano ao longo de 20 anos. Um investigador do Instituto Cato dos Estados Unidos expressou em seu trabalho publicado no The Washington Post que aos EUA custaria muito opor-se a que a Coreia possua armas nucleares e que era preciso que o próximo presidente opte por outra política que tire as mãos do complicado problema da Península Coreana e acrescentou dados e fatos que o confirmam.

A RPDC declarou em fevereiro de 2005 sua posse de armas nucleares em resposta à ameaça nuclear estadunidense e desde então destinou grandes esforços ao fortalecimento do seu armamento nuclear até chegar a ser uma das seis potências com bombas de hidrogênio. O exitoso teste da explosão de ogivas nucleares lhe permite produzir diferentes tipos de ogivas atômicas ligeiras e de pequeno tamanho na quantidade que necessita.

Isto é produto da anacrônica política de hostilidade e ameaça nuclear contra a Coreia a qual os Estados Unidos recorrem persistindo em sua negação das armas nucleares coreanas. Se os EUA seguem fechando os olhos ante a realidade e não opta decididamente por abandonar sua velha política de inimizade contra a RPDC, esta reforçará mais seu arsenal nuclear em quantidade e qualidade.

Até onde os Estados Unidos irão com os olhos fechados?