quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Enchentes causam enormes perdas humanas e materiais na RPDC

Pedimos desculpas aos leitores da página pela demora em informar sobre a situação das enchentes no território da RPD da Coreia. Quase todos os jornais da imprensa internacional falaram algo sobre as enchentes. Uns, minoritariamente, noticiaram os desastres de maneira imparcial. Outros, o fizeram de maneira tendenciosa, dando a entender que as enchentes seriam culpa do socialismo e da política Songun da RPDC.

Julho e agosto são, em geral, meses chuvosos em todo o território nacional da RPDC. Todos os setores econômicos do país, mesmo sem o auxílio de um satélite artificial em órbita, que pudesse auxiliar na prevenção de desastres, começaram a tomar diversas medidas contra a enchente em meados de junho. No setor de mineração e energia, áreas propensas à inundação começaram a ser removidas, ao mesmo tempo em que os trabalhadores do segundo concentraram esforços em manter motores elétricos e máquinas prontas para a operação a qualquer momento. No setor de estradas de ferro, como nas estações de Hamhung, Chongjin e Kaechon, esforços foram concentrados em reforçar as estruturas e as linhas de trem. Nos campos de construção civil e indústria leve, foram tomadas também as medidas necessárias para impedir possíveis danos causados por ventanias ou chuvas. Na área da agricultura, reservatórios aquíferos foram reforçados e canais de irrigação foram reajustados ou melhorados. 

Medidas tomadas contra as enchentes


Medidas tomadas contra as enchentes

À medida que as medidas de prevenção eram tomadas, unidades administrativas nas províncias, cidades e povoados tomavam medidas para evitarem que os abastecimentos de água potável fossem submersos.

No dia 30 de junho, 90 mm de chuvas atingiram locais como Pyongyang, a província de Phyonghan do Norte, as províncias de Hwanghae do Norte e do Sul e 50 mm de chuvas em outras áreas, como no povoado de Sonchon e Phyongsan. Em 11 de julho, 122 mm de chuva foram registrados na cidade de Sinuiju, na província de Phyongan do Norte, 04 mm no povoado de Jangyon, na província de Hwanghae do Sul, e 100 mm no povoado de Kowon, na província de Hamgyong do Sul. Ventos de 12 metros por segundo atingirar a povoado de Onchon, em Namp’o, e os povoados de Thaethan e Kwail na província de Hwanghae do Sul.

As medidas contra as enchentes mostraram-se efetivas. Enquanto as chuvas continuavam, mais medidas contra as enchentes continuavam e eram reforçadas.  O Ministério da Terra e do Transporte Marítimo modernizaram as barragens e os diques do Rio Daedong, incluindo a Barragem do Mar Oeste. As estações Mirim, Ponghwa e outras ligadas a barragens reforçaram os sistemas para que as operações fossem feitas sem interrupções. As estações elétricas Daedonggang e Namgang tomaram medidas adicionais para que os equipamentos não parassem de operar durante as chuvas.

Contudo, enquanto as chuvas continuavam, as medidas tomadas não foram suficientes para impedir danos possíveis causados pelas mesmas. Na província de Hwanghae do Sul, no dia 18 de julho, 37 mm de chuva atingiram o povoado de Sinchon em apenas 50 minutos; 77 mm atingiram o povoado de Anak em apenas duas horas; o povoado de Unchon recebeu 50 mm de chuva em 3 horas e 31 mm de chuva atingiram o povoado de Ongjin em menos de uma hora. No dia seguinte, 19 de julho, na província de Hwanghae do Sul, de 0h da quarta-feira às 9h da quinta-feira, 229 mm de chuva atingiram o povoado de Kangryong, 226 mm atingiram o povoado de Pyoksong, 192 mm atingiram Jaeryong, 181 mm em Ongjin, 170 mm em Sinchon, 167 mm em Sinwon, 166 mm em Haeju. Na província de Hwanghae do Norte, no mesmo horário, 200 mm de chuvas atingiram Unpha e 158 mm atingiram Hwangju. 

Enchentes afetam drasticamente a província de Kangwon
Estradas danificadas
Estradas danificadas

Em 24 de julho, túneis de mineração foram na parte leste da RPDC foram inundados por conta da ação das chuvas. A enchente inundou a Mina Carvoeira de Soksong no Complexo Mineiro de Carvoaria de Myongchon, deixando muitas casas submersas e cinco destruídas. Nas minas carvoeiras de Chonnae e Samchon, aproximadamente mil toneladas de carvão foram perdidas. A enchente também causou sérios danos ao setor de transportes. As chuvas torrenciais destruíram centenas de quilômetros de linhas de trem entre Tongsin e Kaego, e entre Kaego e Jinphyong. Na estrada de ferro entre Paekam e Taethaek, cerca de 10 mil metros cúbicos de lama paralisaram os transportes. Enchentes impediram inclusive a comunicação com centenas de estações de trem, tornado impossível receber informações sobre os danos causados.

Os desastres eram também acompanhados de heroicas ações por parte dos órgãos do governo e do Exército para impedir mais danos causados pelas enchentes. Kim Jong Un, presidente da Comissão Nacional de Defesa e comandante supremo das forças armadas, declarou situação de emergência nas áreas afetadas e ordenou que o Exército Popular da Coreia se mobilizasse para reparar as perdas, resgatar pessoas e reconstruir os locais destruídos. No dia 25 de julho, o Exército Popular resgatou cerca de 60 de pessoas das enchentes.

No dia 28 de julho, as perdas calculadas em 88 mortos e 134 feridos por todo o país. Mais de cinco mil casas danificadas ou destruídas, mais 12 mil casas inundadas e cerca de 63 mil pessoas sem moradia. Cerca de 4800 hectares de plantações de arroz foram varridos pelas enchentes e quase 26 mil hectares de plantações agrícolas submersas. 300 prédios públicos, 10 instituições educacionais e de saúde e 60 fábricas inundados ou destruídos. 91 mil quilômetros quadrados de estradas foram destruídos.

Do dia 29 ao dia 30, em menos de um dia, mais de 400 mm de chuvas foram registrados na maior parte do território norte-coreano. Para se ter uma ideia, o semi-árido brasileiro possui menos de metade de tal precipitação durante o período de um ano (recebe 200 mm/ano), enquanto as áreas tropicais recebem cerca de 1500 mm de chuva anualmente.

Inundações afetam severamente a cidade de Anju
Inundações em Anju
Prédios públicos inundados em Anju

A cidade de Anju, na província de Phyonghan do Sul, foi uma das mais afetadas em todo o país pelas enchentes, danificando estradas, muitos prédios e casas, assim como milhares de hectares de plantações. O povoado de Onchon e o distrito de Kangso em Namp’o também estavam entre os mais destruídos. Em declaração dada no dia 6 de agosto, Chong Yong Chol, presidente da seção da Sociedade da Cruz Vermelha da RPDC em Anju, disse: “As enchentes atingiram Anju no final de julho. Para piorar, o nível de água do rio que cruza a cidade cresceu rapidamente, afetado pelas marés e ondas oriundas do Mar Oeste da Coreia, e fez transbordar os bancos do rio. A inundação deixou muitas casas e hectares de terras submersos. E instituições educacionais e de saúde pública, assim como instalações de comunicação, abastecimento de água e filtração, estradas e linhas de trens destruídos.”


Danos causados em Namp'o, Phyongan do Sul
Ponte destruída em Namp'o
Ponte destruída em Namp'o

De acordo com dados oficiais de 4 de agosto, as perdas totais deixaram 169 pessoas mortas, 144 feridas e 400 desaparecidas. 8600 casas foram total ou parcialmente destruídas, aproximadamente 44 mil casas foram submergidas em várias áreas e mais 212 mil pessoas deixadas sem moradia. Pelo menos 65 mi hectares foram varridos ou inundados pelo país inteiro. Mais de 1400 prédios de instituições educacionais, saúde e indústrias foram destruídos ou inundados.

As perdas e as dificuldades não deixaram o povo coreano de braços cruzados e alheios aos danos. O Gabinete, os ministérios, instituições nacionais e os órgãos locais do poder popular e do Partido se lançaram de corpo e alma para recuperar os locais dos danos causados. Respondendo à ordem do Marechal Kim Jong Un, o Exército Popular se lançou para ajudar as populações em áreas danificadas. Na província de Kangwon, a população e o Exército reconstruíram torres de alta tensão, pontes e hidrovias. Na província de Hamgyong do Sul, o Exército Popular reconstruiu, em menos de dois dias, mais de 500 casas que haviam sido submergidas ou destruídas pelas enchentes, e abasteceram os habitantes com comida e combustíveis, estabilizando a vida da população.

Moradores de Anju recebem abastecimento de água
Moradores de Anju são abastecidos com produtos de primeira necessidade

Chong Yong Chol, presidente da Cruz Vermelha da RPDC em Anju, da entrevista
à Agência Central de Notícias da RPDC

Nas províncias de Phyongan do Sul e do Norte, várias casas destruídas foram reconstruídas também rapidamente pelo Exército Popular da Coreia. Em várias outras áreas afetadas, a Sociedade da Cruz Vermelha da RPDC, em conjunto com organismos internacionais como a Federação Internacional da Cruz Vermelha, envia abastecimentos para moradores de áreas como Kangwon, Hamgyong do Norte e do Sul e Phyongan do Norte.

Ao lado das destruições, as enchentes também fizeram dos desastres uma história não só de sofrimentos e dificuldades, mas também de verdadeiros exemplos de desprendimento e dedicação à causa do povo e da construção de um próspero país. Na cidade de Kaechon, em Phyongan do Sul, uma erosão causada pela chuva destruiu o Complexo de Mineração de Joyang e as linhas de trem que ligavam a mineradora à cidade. Sob a ordem do Comandante Kim Jong Un, os soldados do EPC, em conjunto com a população, que formavam agora uma grande frente com os militares para a recuperação dos danos das enchentes, reconstruíram e recuperaram a linha de trem em menos de 50 horas desde o início do trabalho. Pelo menos 100 mil metros cúbicos de terra e lama foram retirados e normalizando a situação do transporte no local.

O enorme esforço dos militares, que trabalhavam dia e noite mesmo sem levantarem seus locais de abrigo, causou grande admiração entre a população, que passou, com grande sinceridade, a abastecer os militares com comida e acessórios necessários. O trabalho para a recuperação pelos danos causados continua a todo o vapor, tendo vários quilômetros de estradas e linhas de trem sido recuperados em pouco tempo. Em Anju, mais de 5 mil casas foram reconstruídas e em outros locais o trabalho segue com sucesso. A motivação ideológica nos soldados, causada pelo chamado do General Kim Jong Un para reconstruir os locais atingidos no menor tempo possível, tornou possível a recuperação mesmo numa situação em que os Estados Unidos e o regime títere sul-coreano sancionaram toda e qualquer ajuda ao povo da RPDC nas calamidades naturais.