Pedimos desculpas aos leitores da página pela demora em
informar sobre a situação das enchentes no território da RPD da Coreia. Quase
todos os jornais da imprensa internacional falaram algo sobre as enchentes.
Uns, minoritariamente, noticiaram os desastres de maneira imparcial. Outros, o
fizeram de maneira tendenciosa, dando a entender que as enchentes seriam culpa
do socialismo e da política Songun da RPDC.
Julho e agosto são, em geral, meses chuvosos em todo o
território nacional da RPDC. Todos os setores econômicos do país, mesmo sem o
auxílio de um satélite artificial em órbita, que pudesse auxiliar na prevenção
de desastres, começaram a tomar diversas medidas contra a enchente em meados de
junho. No setor de mineração e energia, áreas propensas à inundação começaram a
ser removidas, ao mesmo tempo em que os trabalhadores do segundo concentraram
esforços em manter motores elétricos e máquinas prontas para a operação a
qualquer momento. No setor de estradas de ferro, como nas estações de Hamhung,
Chongjin e Kaechon, esforços foram concentrados em reforçar as estruturas e as
linhas de trem. Nos campos de construção civil e indústria leve, foram tomadas
também as medidas necessárias para impedir possíveis danos causados por
ventanias ou chuvas. Na área da agricultura, reservatórios aquíferos foram
reforçados e canais de irrigação foram reajustados ou melhorados.
Medidas tomadas contra as enchentes |
Medidas tomadas contra as enchentes |
À medida que as medidas de prevenção eram tomadas, unidades
administrativas nas províncias, cidades e povoados tomavam medidas para
evitarem que os abastecimentos de água potável fossem submersos.
No dia 30 de junho, 90 mm de chuvas atingiram locais como Pyongyang,
a província de Phyonghan do Norte, as províncias de Hwanghae do Norte e do Sul
e 50 mm de chuvas em outras áreas, como no povoado de Sonchon e Phyongsan. Em
11 de julho, 122 mm de chuva foram registrados na cidade de Sinuiju, na província
de Phyongan do Norte, 04 mm no povoado de Jangyon, na província de Hwanghae do
Sul, e 100 mm no povoado de Kowon, na província de Hamgyong do Sul. Ventos de
12 metros por segundo atingirar a povoado de Onchon, em Namp’o, e os povoados
de Thaethan e Kwail na província de Hwanghae do Sul.
As medidas contra as enchentes mostraram-se efetivas.
Enquanto as chuvas continuavam, mais medidas contra as enchentes continuavam e
eram reforçadas. O Ministério da Terra e
do Transporte Marítimo modernizaram as barragens e os diques do Rio Daedong, incluindo
a Barragem do Mar Oeste. As estações Mirim, Ponghwa e outras ligadas a barragens
reforçaram os sistemas para que as operações fossem feitas sem interrupções. As
estações elétricas Daedonggang e Namgang tomaram medidas adicionais para que os
equipamentos não parassem de operar durante as chuvas.
Contudo, enquanto as chuvas continuavam, as medidas tomadas não
foram suficientes para impedir danos possíveis causados pelas mesmas. Na
província de Hwanghae do Sul, no dia 18 de julho, 37 mm de chuva atingiram o
povoado de Sinchon em apenas 50 minutos; 77 mm atingiram o povoado de Anak em
apenas duas horas; o povoado de Unchon recebeu 50 mm de chuva em 3 horas e 31
mm de chuva atingiram o povoado de Ongjin em menos de uma hora. No dia
seguinte, 19 de julho, na província de Hwanghae do Sul, de 0h da quarta-feira
às 9h da quinta-feira, 229 mm de chuva atingiram o povoado de Kangryong, 226 mm
atingiram o povoado de Pyoksong, 192 mm atingiram Jaeryong, 181 mm em Ongjin,
170 mm em Sinchon, 167 mm em Sinwon, 166 mm em Haeju. Na província de Hwanghae
do Norte, no mesmo horário, 200 mm de chuvas atingiram Unpha e 158 mm atingiram
Hwangju.
Enchentes afetam drasticamente a província de Kangwon |
Estradas danificadas |
Estradas danificadas |
Em 24 de julho, túneis de mineração foram na parte leste da
RPDC foram inundados por conta da ação das chuvas. A enchente inundou a Mina
Carvoeira de Soksong no Complexo Mineiro de Carvoaria de Myongchon, deixando
muitas casas submersas e cinco destruídas. Nas minas carvoeiras de Chonnae e
Samchon, aproximadamente mil toneladas de carvão foram perdidas. A enchente
também causou sérios danos ao setor de transportes. As chuvas torrenciais destruíram
centenas de quilômetros de linhas de trem entre Tongsin e Kaego, e entre Kaego
e Jinphyong. Na estrada de ferro entre Paekam e Taethaek, cerca de 10 mil
metros cúbicos de lama paralisaram os transportes. Enchentes impediram
inclusive a comunicação com centenas de estações de trem, tornado impossível
receber informações sobre os danos causados.
Os desastres eram também acompanhados de heroicas ações por
parte dos órgãos do governo e do Exército para impedir mais danos causados
pelas enchentes. Kim Jong Un, presidente da Comissão Nacional de Defesa e
comandante supremo das forças armadas, declarou situação de emergência nas áreas
afetadas e ordenou que o Exército Popular da Coreia se mobilizasse para reparar
as perdas, resgatar pessoas e reconstruir os locais destruídos. No dia 25 de
julho, o Exército Popular resgatou cerca de 60 de pessoas das enchentes.
No dia 28 de julho, as perdas calculadas em 88 mortos e 134
feridos por todo o país. Mais de cinco mil casas danificadas ou destruídas,
mais 12 mil casas inundadas e cerca de 63 mil pessoas sem moradia. Cerca de
4800 hectares de plantações de arroz foram varridos pelas enchentes e quase 26
mil hectares de plantações agrícolas submersas. 300 prédios públicos, 10
instituições educacionais e de saúde e 60 fábricas inundados ou destruídos. 91
mil quilômetros quadrados de estradas foram destruídos.
Do dia 29 ao dia 30, em menos de um dia, mais de 400 mm de
chuvas foram registrados na maior parte do território norte-coreano. Para se
ter uma ideia, o semi-árido brasileiro possui menos de metade de tal
precipitação durante o período de um ano (recebe 200 mm/ano), enquanto as áreas
tropicais recebem cerca de 1500 mm de chuva anualmente.
Inundações afetam severamente a cidade de Anju |
Inundações em Anju |
Prédios públicos inundados em Anju |
A cidade de Anju, na província de Phyonghan do Sul, foi uma
das mais afetadas em todo o país pelas enchentes, danificando estradas, muitos
prédios e casas, assim como milhares de hectares de plantações. O povoado de
Onchon e o distrito de Kangso em Namp’o também estavam entre os mais
destruídos. Em declaração dada no dia 6 de agosto, Chong Yong Chol, presidente
da seção da Sociedade da Cruz Vermelha da RPDC em Anju, disse: “As enchentes
atingiram Anju no final de julho. Para piorar, o nível de água do rio que cruza
a cidade cresceu rapidamente, afetado pelas marés e ondas oriundas do Mar Oeste
da Coreia, e fez transbordar os bancos do rio. A inundação deixou muitas casas
e hectares de terras submersos. E instituições educacionais e de saúde pública,
assim como instalações de comunicação, abastecimento de água e filtração,
estradas e linhas de trens destruídos.”
Danos causados em Namp'o, Phyongan do Sul |
Ponte destruída em Namp'o |
Ponte destruída em Namp'o |
De acordo com dados oficiais de 4 de agosto, as perdas
totais deixaram 169 pessoas mortas, 144 feridas e 400 desaparecidas. 8600 casas
foram total ou parcialmente destruídas, aproximadamente 44 mil casas foram
submergidas em várias áreas e mais 212 mil pessoas deixadas sem moradia. Pelo
menos 65 mi hectares foram varridos ou inundados pelo país inteiro. Mais de
1400 prédios de instituições educacionais, saúde e indústrias foram destruídos
ou inundados.
As perdas e as dificuldades não deixaram o povo coreano de
braços cruzados e alheios aos danos. O Gabinete, os ministérios, instituições nacionais
e os órgãos locais do poder popular e do Partido se lançaram de corpo e alma
para recuperar os locais dos danos causados. Respondendo à ordem do Marechal
Kim Jong Un, o Exército Popular se lançou para ajudar as populações em áreas
danificadas. Na província de Kangwon, a população e o Exército reconstruíram
torres de alta tensão, pontes e hidrovias. Na província de Hamgyong do Sul, o
Exército Popular reconstruiu, em menos de dois dias, mais de 500 casas que
haviam sido submergidas ou destruídas pelas enchentes, e abasteceram os
habitantes com comida e combustíveis, estabilizando a vida da população.
Moradores de Anju recebem abastecimento de água |
Moradores de Anju são abastecidos com produtos de primeira necessidade |
Chong Yong Chol, presidente da Cruz Vermelha da RPDC em Anju, da entrevista à Agência Central de Notícias da RPDC |
Nas províncias de Phyongan do Sul e do Norte, várias casas destruídas
foram reconstruídas também rapidamente pelo Exército Popular da Coreia. Em
várias outras áreas afetadas, a Sociedade da Cruz Vermelha da RPDC, em conjunto
com organismos internacionais como a Federação Internacional da Cruz Vermelha,
envia abastecimentos para moradores de áreas como Kangwon, Hamgyong do Norte e
do Sul e Phyongan do Norte.
Ao lado das destruições, as enchentes também fizeram dos
desastres uma história não só de sofrimentos e dificuldades, mas também de
verdadeiros exemplos de desprendimento e dedicação à causa do povo e da
construção de um próspero país. Na cidade de Kaechon, em Phyongan do Sul, uma
erosão causada pela chuva destruiu o Complexo de Mineração de Joyang e as
linhas de trem que ligavam a mineradora à cidade. Sob a ordem do Comandante Kim
Jong Un, os soldados do EPC, em conjunto com a população, que formavam agora
uma grande frente com os militares para a recuperação dos danos das enchentes, reconstruíram
e recuperaram a linha de trem em menos de 50 horas desde o início do trabalho. Pelo
menos 100 mil metros cúbicos de terra e lama foram retirados e normalizando a
situação do transporte no local.
O enorme esforço dos militares, que trabalhavam dia e noite mesmo
sem levantarem seus locais de abrigo, causou grande admiração entre a população,
que passou, com grande sinceridade, a abastecer os militares com comida e acessórios
necessários. O trabalho para a recuperação pelos danos causados continua a todo
o vapor, tendo vários quilômetros de estradas e linhas de trem sido recuperados
em pouco tempo. Em Anju, mais de 5 mil casas foram reconstruídas e em outros
locais o trabalho segue com sucesso. A motivação ideológica nos soldados,
causada pelo chamado do General Kim Jong Un para reconstruir os locais
atingidos no menor tempo possível, tornou possível a recuperação mesmo numa
situação em que os Estados Unidos e o regime títere sul-coreano sancionaram
toda e qualquer ajuda ao povo da RPDC nas calamidades naturais.