O jornal Rodong Sinmun divulgou hoje um artigo com o motivo do 70º aniversario do Levante Popular de 3 de Abril na Ilha Jeju.
O texto resumido do artigo segue:
"O Levante Popular de 3 de Abril na Ilha Jeju foi a justa resistência popular anti-ianque e antifascista contra a política colonialista dos EUA sobre o Sul da Coreia e suas tentativas de dividir a nação coreana e pela democratização da sociedade e reunificação da pátria.
Os sul coreanos se levantaram para castigar duramente os agressores estadunidenses e as forças conservadoras pró-ianque para impedir que sufocassem a aspiração e demandas do povo e acabassem com os direitos democráticos e a vida deles.
É justa a luta dos sul coreanos de distintos setores para cumprir seu sonho com a nova política e a nova sociedade liquidando completamente os vícios deixados pelo anterior regime conservador.
Transcorreram 70 anos desde quando ocorreu no Sul da Coreia o Levante Popular de 3 de Abril na Ilha Jeju. Há que se alcançar sem falta a independência e a democratização da sociedade sul coreana e a reunificação da pátria que desejavam tanto aqueles que lutaram em 1948.
A camarilha conservadora sul coreana quer abrir a via de renascimento justificando seu expediente criminal e falando sobre sua queda com 'motim das forças esquerdistas'.
É necessário castigar severamente os traidores da nação que buscam salvação por meio do enfrentamento fratricida fazendo apologia de servilismo aos EUA e à ditadura fascista."
O espírito dos rebeldes chama
Se trata de um levante armado massivo contra as eleições separadas de 10 de maio fabricadas pelos imperialistas estadunidenses, que se desencadeou em 3 de abril de 1948 na Ilha Jeju no sul da Coreia.
Este levante que demonstrou o espírito insubmisso e independente da nação coreana e sua vontade pela reunificação do país está vivo na memória do povo até os dias de hoje.
Uma vez libertada a Coreia, os ianques ocuparam a parte sul do país e aplicaram a "administração militar". Entretanto, trataram de criar um “governo separado” com o abuso do rótulo da ONU para perpetuar sua dominação colonial e a divisão da Coreia.
Esta estratagema causou a indignação implacável da população sul coreana, causando assim o levante de 7 de fevereiro de 1948 contra a entrada da “Comissão Provisória da ONU para a Coreia” no país e o Levante Popular da Jeju.
Os moradores da Ilha Jeju se lançaram em resistência gritando “Nos opomos as eleições e ao governo separado”, “Que se retire a Comissão Provisória da ONU para a Coreia” e “Abaixo ao imperialismo ianque”. Eles atacaram e destruíram órgãos governamentais e restauraram comitê populares fechados forçadamente.
Por conta de luta com participação de 240 mil de 300 mil moradores foram suspendidos os comícios e criou-se uma desordem no sistema de governação da ilha.
Os imperialistas estadunidenses, assustados pela situação criada nesta região coreana, instalaram o “quartel general de guarda de emergência da Ilha Jeju” e mandaram ao local o chefe de seu conselho militar no Sul da Coreia, Robert, conhecido como um infame assassino, para controlar a situação.
Eles reprimiram cruelmente vociferando que “Os EUA necessita do território de Jeju e não de seus habitantes” e “Que encham de gasolina a ilha e matem toda sua população”. Uma vez bloqueada a ilha, mobilizaram suas tropas agressoras, o exército e polícia sul coreanos e lançaram bombardeios navais e aéreos. Como consequência, foram queimados 295 povoados que chegaram a metade dos existentes na ilha e foram assassinados 70 mil habitantes.
Não obstante, os agressores foram aterrorizados ante ao insubordinável espírito de luta e o patriotismo dos que, embora tenham caído em combate, exclamaram pela independência, democracia e reunificação.
A resistência da população de Jeju mostra que o imperialismo estadunidense é o inimigo jurado da nação coreana e na luta anti-ianque está o caminho da independência, democratização da sociedade sul coreanas e a reunificação da Coreia.
Do A Voz do Povo de 1945
