segunda-feira, 19 de julho de 2010

Anistia Internacional mente sobre situação do sistema de saúde da Coréia Popular

No dia 15 de Julho a Anistia Internacional divulgou uma nota em seu site sobre o sistema de saúde norte-coreano. Na nota, a organização faz várias acusações, inclusive de que os hospitais coreanos realizam cirurgias em seus pacientes, sem utilizar anestesia. Como já esperávamos, não demorou para a mentira ser desmascarada através de um informe da Organização Mundial da Saúde. Confira a matéria da BBC sobre o assunto:


A Organização Mundial da Saúde (OMS) desmentiu o informe em que a Anistia Internacional (AI) as más condições do sistema de saúde da Coreia do Norte, assegurando que o mesmo era “pouco científico” e que se baseava em “casos anedóticos” e, alguns deles, há anos defasados.

Assim falava contundentemente um dia depois da publicação da investigação O calamitoso estado de saúde na Coreia do Norte, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, que realizou uma visita oficial ao país asiático em abril.

O informe da AI se baseia em quarenta entrevistas com desertores que trabalhavam com coreanos, e denunciavam práticas como amputações sem anestesia, cirurgias à luz de velas e que muitos médicos atendiam com pagamento prévio dos pacientes.


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A OMS assegurou que a tal investigação se baseia em casos que aconteceram no ano de 2001, algo que não representa a realidade pois não leva em conta as melhorias feitas por projetos levados a cabo nos últimos anos. Entre tais projetos, explica o correspondente da BBC em Berna, Imogen Foulkes, “um programa para mães e crianças de trinta milhões de dólares e financiado pela Coreia do Sul”. Segundo Foulkes, depois de checar por três meses o estado de saúde da Coreia do Norte, Margaret Chan descreveu esse mesmo sistema de saúde como “o desejo de muitos países desenvolvidos” e sublinhou que “não há escassez de médicos nem de enfermeiras”.

Apesar de a OMS admitir que ainda existam grandes desafios no país, um porta-voz da organização assegurou que não se conquistará o aumento de saúde da população convertendo tal assunto numa arma política.


Assinado: Redação BBC Mundo