domingo, 3 de março de 2013

Para Vladimir Lenin

Cartaz coreano feito em 2011 por ocasião dos dez anos da ida de Kim Jong Il
ao Mausoléu de Lenin
 
Em 4 de agosto de 2001, Kim Jong Il visitou o Mausoléu de Lenin na Praça Vermelha, em Moscou, evento este que ganhou a atenção da comunidade internacional.

Durante o período da União Soviética, a Praça Vermelha era considerada o local sagrado do país e da Revolução mundial. Era um dever moral para chefes de Estado e partidos de países socialistas que, em visita à União Soviética, fossem ao mausoléu e mostrar seus respeitos a Lenin, o grande líder do proletariado internacional, fundador do Partido Comunista da União Soviética e do Estado soviético.

Contudo, após o colapso da União Soviética, tais cerimônias deixaram de acontecer. Insultos e ataques contra Lenin foram oficialmente permitidos, e houveram inclusive tentativa de se remover seu mausoléu.

Nesta situação, não era de se impressionar que mesmo os funcionários coreanos, que acompanhavam Kim Jong Il, estivessem apreensivos com a visita do mesmo ao mausoléu. Apesar disso, Kim Jong Il demonstrou sua decisão e disse aos funcionários:

"Irei ao Mausoléu de Lenin durante minha visita à Rússia, não importa o que qualquer um diga. Estou indo ao mausoléu devido à obrigação moral de um genuíno revolucionário para com seu líder. Qualquer um que for contra minha visita estará traindo sua própria causa. Uma jóia sempre brilha, mesmo na bala. O mundo saberá o que a nobre obrigação moral de genuínos revolucionários se visitarmos o mausoléu, numa época em que Lenin está sendo abandonado e insultado pelos renegados da Revolução. Devemos visitar o Mausoléu de Lenin, como planejado, não importa o que qualquer um diga".


Quando a coluna de carros que levava Kim Jong Il chegou à Praça Vermelha, os funcionários coreanos ficaram surpresos. O governo russo - que havia dado a notícia sobre a forma como seriam recebidos somente na manhã do dia da visita - havia posto uma guarda de honra no mausoléu.

Nos últimos dez anos desde 2001, nenhum dirigente de partidos estrangeiros ou chefe de Estado havia visitado o mausoléu de Lenin. A Praça Vermelha parecia deserta. Naquele dia, contudo, a praça estava envolvida por um clima cerimonial.

Kim Jong Il se aproximou lentamente do mausoléu, com um ar solene. Em sua frente, estavam os soldados marchando, carregando a homenagem que Kim Jong Il havia preparado. Bastou ele dar alguns passos para que repórteres da Rússia e de vários outros países aparecessem desesperados para recordar tal momento histórico. Moscou, Rússia e todos os países o viram, com respiração ofegante.

Quando os soldados russos depositaram a homenagem de Kim Jong Il no mausoléu e saíram, o dirigente arrumou as faixas caídas, que continham as palavras: "Para Vladimir Ilitch Lenin. Kim Jong Il."

Após prestar suas homenagens a Lenin, Kim Jong Il manteve sua expressão solene.

4 de Agosto foi o dia em que o Mausoléu de Lenin, sujeito a todo tipo de humilhações pelos reacionários de todas os matizes, encontrou seu salvador. A visita do camarada Kim Jong Il ao mausoléu foi um ato grandioso e corajoso que estimulou os revolucionários de todo o mundo a seguirem lutando pelo socialismo, com força e coragem inacabáveis. Foi um evento histórico que confirmou a convicção de que, somente seguindo um homem como Kim Jong Il, o movimento socialista pode ter vitórias.

O nobre respeito que o líder da causa mundial do socialismo no século XXI deu ao líder da causa socialista do século XX é um evento alvissareiro que demonstra a obrigação moral de Kim Jong Il, como líder da causa mundial da independência.