quarta-feira, 30 de junho de 2010

A RPD da Coreia se desenvolve apesar de todas as ameaças do imperialismo norte-americano


Há 46 anos teve início o trabalho do atual dirigente do povo coreano Kim Jong Il no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia. Seguindo o caminho desbravado por seu pai, fundador do Partido e construtor da nação coreana, Kim Il Sung, ele foi responsável juntamente com os dirigentes do Estado e do Partido pela realidade que pude observar em visita que uma delegação do Partido Comunista do Brasil realizou em 2008 à Pyongyang, a bela capital do país com cerca de 2 milhões e meio de pessoas. Um povo composto por uma etnia única -- são mais de 23 milhões de habitantes -- se desenvolve dentro de uma perspectiva socialista desde o final da década de 40 do século passado. Dois grandes pilares do desenvolvimento da Coréia foram a agricultura e a indústria pesada. E a defesa deste povo e do pais tem sido uma questão central da política governamental, assim como o trabalho permanente pela unificação da península coreana.

Para tornar possível estes grandes objetivos os dirigentes do Partido do Trabalho da Coréia adotaram uma ideologia revolucionária própria, como reflexo dos interesses das massas populares e uma exigência da era das politicas de independência nacional e da libertação do colonialismo e do imperialismo na Ásia. A unidade ideológica e orgânica do Partido e da construção do socialismo na Coréia foram conquistadas através da aplicação da filosofia da Ideia Juche, a identidade ideológica do Partido do Trabalho da Coréia. Contra essa obra se levantou o imperialismo norte-americano e seus aliados no Japão e na Coréia do Sul desde a guerra da Coréia no início dos anos cinquenta. De de lá para cá inúmeras provocações e tentativas frustradas de invasão da RPDC foram colocadas em prática, todas elas repudiadas e rechaçadas pela determinação e capacidade defensiva do povo e do Exército da República.

Atualmente nova onda de provocações estão em curso contra o povo e o governo da Coréia. A grande armação criada pelos serviços de inteligência estadunidenses em torno do afundamento da corveta sul-coreana Cheonan teve como objetivos não apenas alimentar o cerco imperialista contra a RPDC, mas também perseguiam derrubar a política japonesa do ex-ministro Hatoyama de transferir a base americana de Okinawa e por fim servir aos interesses escusos do governante reacionário da Coreia do Sul com dificuldades eleitorais. Tudo isso vai sendo desmascarado pelos fatos e pela atitude soberana e altiva da RPDC. Sob a direção de Kim Jong Il e do Partido do Trabalho da Coreia, o povo coreano saberá vencer mais esta onda de violência e de provocações, seguindo seu caminho de desenvolver o país e conquistar novas etapas na construção da nova sociedade, socialista e avançada.

Pedro de Oliveira - Blog Rumo Socialista

domingo, 20 de junho de 2010

Um dirigente que prioriza o ideológico - Povo coreano comemora os 46 anos da entrada de Kim Jong-Il para o Comitê Central do Partido do Trabalho


Recebemos um texto da embaixada coreana no Brasil que mostra o grande papel que o camarada Kim Jong-Il teve na luta pela superação da crise econômica pela qual passou a RDP da Coreia nos anos 90. Não se tratou de uma liderança ocasional, como quem “pega o bonde andando”. Ao contrário, Kim Jong-Il mostrou-se como um revolucionário que se educava e forjava sua consciência na ação concreta da transformação da realidade, no dia-a-dia com as massas. Caracterizou-se, antes de tudo, por ser um dirigente que botava em primeiro plano a formação ideológica das massas populares. Como um dos principais dirigentes da UJTS e mais tarde do PTC, sistematizou e desenvolveu a Ideia Zuche, contribuiu para sua consciente massificação e aplicação. Combateu as tendências avessas à linha revolucionária, como o oportunismo, o carreirismo e o burocratismo.
Boa leitura!



Um Dirigente que Prioriza o Ideológico



O dirigente coreano Kim Jong Il é um político que prioriza antes de tudo a formação ideológica. Orienta a Coreia Socialista com a política de priorização ideológica, baseando-se na fórmula de que o fundamental em todos os trabalhos é a idelogia e que ela decide tudo.

O Dirigente Kim Jong Il projeta estratégias, táticas e linhas políticas levando em conta as suas idéias e nos leva a compreender a realidade com a força destas.

Sua clarividência ideo-teórica se manifestou há muito tempo. Um pouco antes de ter iniciado seu trabalho (19 de junho de 1964) no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia, definiu os pensamentos revolucionários do Presidente Kim Il Sung, fundador do Partido, como um sistema integral da idéia, teoria e metodologia do Juche, introduziu a diretriz de transformar toda a sociedade segundo as exigências da Idéia Juche, destinando esforços dedicados para sua materialização.

Na década de 90 do século passado, quando a Coreia enfrentava uma série crise imposta pela ofensiva anti-socialista das forças imperialistas, aprofundou-se ainda mais a idéia Songun que o Presidente Kim Il-Sung concebeu junto à Ideia Juche e adotou-a firmemente junto aos militares e à população. Divulgam-se em todo o país o espírito revolucionário dos militares que consiste na defesa de seu Líder com a própria vida se necessário, o cumprimento incondicional das ordens do Supremo Comandante e do heróico sacrifício. As dificuldades desse período foram superadas com poder espiritual. Em suas ininterruptas viagens de inspeção às unidades militares, Kim Jong-Il prestou atenção primordial a consolidar o Exército Popular da Coreia como uma potente força ideológica e de convicção. Graças à sua política do Songun que consiste em levar adiante o conjunto da causa socialista tomando o Exército Popular como o pilar do país e a força da revolução, a Coreia Socialista consolidou extraordinariamente sua capacidade geral com a militar como principal destas, e conquistou de modo memorável a sua soberania, sua dignidade nacional e seu socialismo.

O Dirigente Kim Jong-Il multiplica a força política do país mediante à consolidação da unidade monolítica do exército e do povo baseado na Ideia Zuche e no Songun.

Tendo cedo apresentado essa unidade entre o Juche e o Songun como a mais importante da revolução, esforçou-se por unir compactamente o trabalho ideológico com o prático dentro do exército e da população baseando-se na Ideia Zuche e no Songun. Considerando a unidade coesiva do Partido com o exército como um pré-requisito para fortalecer o sujeito histórico da revolução, fez estabelecer um estrito sistema de direção do Partido com as fileiras do Exército. Ao mesmo tempo, definiu como conteúdo essencial a identificação do Exército e do povo sua ideologia, seu estilo de luta no espírito revolucionário dos militares e com seus dinâmicos esforços para que logo se pusesse em pleno manifesto a ajuda recíproca entre ambos. Como resultado, a sociedade coreana converteu-se num indestrutível ente sócio-político, numa comunidade onde o destino de todos os militares e residentes estão unidos compactamente. Esta unidade monolítica, mais potente que uma arma nuclear, deve-se principalmente à capacidade estatal da Coreia do Songun.

O Dirigente Kim Jong Il botou em primeiro plano a ideologia das massas como chave mestra para registrar uma mudança na atividade econômica socialista.

Nos anos 90 do século passado, quando o país fazia frente a graves dificuldades econômicas, afirmou-se que a via principal para superá-las estava na máxima animação do fervor patriótico e no espírito de iniciativa de todo o povo. Em suas ininterruptas viagens de orientação, Kim Jong-Il motivou o povo a criar o espírito Kanggye e, desta forma, registraram-se inovações em Ranam, Rakwon, no Complexo de Songjin e entre outros. Esta chamada, de criar o espírito Kanggye, propagou-se por todo o país. Propagaram-se também mensagens de convicção e otimismo como “Damos mil risos mesmo com mil dificuldades. Pois bem, que então nós demos dez mil risos!” e “Vamos sorrindo que o caminho será árduo!”. Com essas mensagens de otimismo, viram-se êxitos inimagináveis no trabalho do povo coreano. Em tal curso, a economia coreana, ainda em processo de recuperação, deu saltos em todos os ramos. Apareceram em todos os cantos estabelecimentos de produção dotados de tecnologia de ponta e levou-se a cabo de maneira acelerada a reconstrução econômica do país.

Os notáveis êxitos registrados na economia coreana provam que a construção de uma potência econômica que o povo coreano se propõe a construir se tornará realidade num futuro não distante.

O povo coreano está seguro que, dentro de poucos anos, abrir-se-á a porta para uma grande e próspera potência econômica.

Fonte: Embaixada da RDP da Coreia
Tradução: Blog de Solidariedade à Coreia Popular

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Imprensa da Coreia do Norte elogia coragem da seleção ante o Brasil

SEUL (AFP) - A imprensa oficial da Coreia do Norte elogiou nesta quarta-feira a coragem de sua seleção mesmo com a derrota de 2 a 1 ante o Brasil.

"Os norte-coreanos criaram ocasiões de gol sem perder a fé, apesar de estarem perdendo de 2 a 0, até que Ji Yun-Nam marcou o gol aos 43 minutos do segundo tempo", comenta a agência de notícias Korean Central News Agency. "A partida foi uma tentativa de ataque e defesa o tempo todo", afirmou ainda.

A tenaz defesa dos norte-coreanos ante os pentacampeões também foi motivo de orgulho até mesmo na Coreia do Sul.

"Estou chorando agora. Vocês lutaram muito bem!", afirma um torcedor sul-coreano num fórum do Yahoo!. "Estou orgulhoso de vocês. Todos somos coreanos", acrescentou.

O atacante norte-coreano Jong Tae Se, que joga na liga japonesa e que teve ante o Brasil uma atuação destacada, foi o grande nome da partida para os torcedores sul-coreanos. "Jong Tae Se foi impressionante", afirma outro comentarista na rede.


Fonte: Super Esportes

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uma “imparcial reportagem” sobre a seleção coreana



A Rede Globo sempre se apresentou com programas “ilustres”, que sempre trouxeram grandes benefícios “culturais” para o povo brasileiro. Ironias à parte, há tempos que não assistíamos a uma “reportagem” tão ridícula. Reportagens ridículas na Globo aparecem diariamente. Porém, nenhuma conseguiu descer tão baixo quanto esta.

Depois de iniciar a apresentação sobre o treino “pra lá de esquisito” da seleção norte-coreana, Fátima Bernardes passa a palavra para Marcos Uchôa, que por sua vez irá começar orquestrar uma série de sátiras e maldizeres sobre a seleção coreana – “Segurança e ônibus com cortinas fechadas, ‘êta’ seleção avessa, alérgica a jornalistas, a Coreia do Norte permite o absolutamente mínimo contato com o ‘mundo exterior’”, diz ele.

Ora, sabemos a que tipo de “jornalista” Marcos Uchôa se referia. É claro que os coreanos, como genuínos patriotas e amantes da causa socialista e da paz mundial, jamais gostariam de perder tempo ouvindo a provocações e a comentários inúteis com o intuito de ridicularizar a Coreia Popular e seu grande líder Kim Jong-Il. Eles já são diariamente provocados pelo governo fantoche da Coreia do Sul, pelo Japão e pelos Estados Unidos. Não há porque perder mais algum precioso tempo respondendo a repórteres anticomunistas – Logo depois, vem “... a Coreia do Norte permite o mínimo contato com mundo exterior”. Se pararmos para pensar que não é a Coreia que se isola do ‘mundo exterior’ mas sim o ‘mundo exterior’ (que na verdade deveria se chamar ‘mundo sob a hegemonia imperialista norte-americana’) que isola a Coreia, salta à vista o quão infeliz foi tal comentário. Depois de anos de colonização japonesa, de massacre aos patriotas e aos libertadores da Coreia, e em seguida uma guerra de dois anos provocada pelos imperialistas que conseguiu literalmente arrasar o país, ainda hoje estão bloqueados e sancionados pelos norte-americanos e japoneses. Cabe ressaltar aqui o fato relevante de que desde os anos 50 o tratado de paz ainda não foi assinado. Portanto, há mais de 50 anos o país está em guerra técnica com os imperialistas. Não foi a Coreia que trilhou o caminho do isolamento, mas sim o imperialismo que impôs esta avessa situação ao país socialista.

Pois bem, prossigamos no mar de fezes que é esta “reportagem”. Marcos Uchôa diz que Kim Yong-Jun foi “um dos raros” jogadores a ter uma experiência fora da Coreia. Como todo jornalista burguês, mente. Além de Kim Yong-Jun, cabe ressaltar que Jong Tae-Se, japonês naturalizado norte-coreano por livre e espontânea, joga até hoje na seleção japonesa de futebol. Ahn Young-Hak, igualmente, também faz parte da seleção japonesa. Talvez por pura falta de compromisso com a realidade, o meio de campo Hong Yong-Jo, que joga até na seleção russa de futebol, também foi omitido da “lista de jogadores que conseguiram sair do inferno”.

Referindo-se aos comentários de Kim Yong-Jun, Uchôa fala sobre o “blá blá blá de quem tem um time fraco”. É uma pena que toda essa arrogância não tenha se manifestado no jogo de ontem, quando um time que participa pela segunda vez da Copa consegue jogar com garra e enfrentar – mesmo perdendo -, um gigante como o Brasil que a cada quatro anos é campeão da Copa. Mesmo na primeira vez da Coreia na Copa, em 1966, um time teoricamente fraco consegue eliminar a Itália por 1 a 0 e ficar em oitavo lugar do campeonato. Porém, com o claro intuito de ridicularizar um país socialista, Uchôa omite tais fatos e afunda-se em suas próprias palavras.

Ao longo do festival de ridículos comentários, o “repórter” apresenta-se em frente ao treinamento da seleção norte-coreana. Será que algum dos seguranças do time falava português? Não seria nem um pouco “antidemocrático” expulsá-lo do estádio para que o time treinasse em paz, visto que Marcos Uchôa não estava lá para “escrever uma matéria” nem para informar ninguém, mas sim para difamar os jogadores e ridicularizá-los com pseudo-piadas. Acompanhemos, pois então.

“Primeiro temos o grande show de focas amestradas do circo Coreia do Norte” – As focas amestradas não seriam os leitores da Veja e expectadores do “imparcial” Jornal Nacional? Ao contrário dos jogadores brasileiros, que não são representantes de seu povo, mas sim de multinacionais e de banqueiros, os norte-coreanos orgulham-se em representar o povo coreano. A República Democrática Popular da Coreia guia-se em suas atividades pela Idéia Juche, filosofia que preza pela autonomia das massas populares e que estabelece que o homem é dono do mundo e traça seu próprio destino. Portanto, como bons discípulos de Kim Il-Sung e Kim Jong-Il, como bons jucheanos, os coreanos pensam por si próprios e não merecem a alcunha de “focas amestradas”, ao contrário dos imbecis da classe-média que acompanham a Veja e o Jornal Nacional. Quanto à questão do “circo”, sequer são necessários comentários. Ainda que o time fosse um “circo”, seria muito superior à Globo, que nas noites de terça-feira e sábado tenta reproduzir vários “circos”... Obviamente, sem sucesso.

Marcos Uchôa finaliza a matéria com um comentário ridículo e homofóbico “como número final, temos uma sensacional demonstração de intimidade, não bem com a bola. Mas dá pra ver que o grupo está unido, fechado, agarradinho”. Não há palavras para expor a nu a decadência do jornalismo brasileiro nesse momento. Por acaso Uchôa se referia à “intimidade” da mulher dele com suas dezenas de amantes enquanto ele passa alguns dias no continente africano? Bom, não vem ao caso. Gostaríamos muito que o movimento LGBTT emitisse uma nota de repúdio ao comentário feito por esse pseudo-jornalista. Entraremos em contato com lideranças do movimento LGBTT informando sobre esta decadência do jornalismo brasileiro.

Os organizadores do Blog de Solidariedade Coreia Popular lançam seus mais altos protestos. Viva à Coreia Socialista!

Lee Myung Bak impede sul-coreanos de participar de reunião pela reunificação


Lee Myung Bak - Lacaio do imperialismo.


A RPDC - República Popular Democrática da Coreia, em nota publicada em Pyongyang, condenou o governo da Coreia do Sul por impedir a participação de sul-coreanos nas comemorações do 10º aniversário da Declaração Conjunta de 15 de Junho sobre a Reunificação do país.

A reunião está prevista para realizar-se neste dia 15 de junho em Pyongyang com a presença dos integrantes sul-coreanos do Comitê de Execução da declaração. “O governo de Lee Myung Bak proibiu os sul-coreanos de participarem da reunião e todos os contatos entre os coreanos do sul com os coreanos do norte do país. Com isso Lee está suprimindo as forças pacíficas pró-reunificação ao mesmo tempo em que inventa o “caso do barco Cheonan” aumentando desmedidamente a tensão na península coreana”, afirmou a nota do governo da RPDC.

A Declaração Conjunta de 15 de Junho foi assinada em 2000 pela Coreia Democrática e a Coreia do Sul através dos Presidentes Kim Jong Il e Kim Dae Jung visando a reunificação pacífica e independente do país.

Desde que Lee Myung Bak tomou o poder em Seul seu governo vem sistematicamente descumprindo a declaração Conjunta. O governo da RPDC, ao contrário, não tem medido esforços para manter a luta pela reunificação e pelo entendimento entre os coreanos de todo o país. A questão torna-se difícil diante da influência negativa dos EUA que, com suas tropas militares ocupando o sul do país, apoiam o setor mais belicista da Coreia do Sul. E para manter a península em estado de tensão permanente se nega a transformar a trégua estabelecida pelo armistício de 1953 em um tratado de paz que ponha fim à guerra da Coreia.

Lee, encostado em Hillary Clinton, chegou ao ponto de usar o afundamento do barco Cheonan contra a Coréia Democrática como um golpe eleitoral, o que foi rejeitado pelo povo sul-coreano que o derrotou nas urnas o Partido de Lee nas eleições regionais realizadas na última semana. Lee exacerbou as provocações contra a Coreia Democrática, elevou as tensões na península aos píncaros, se descolou do povo e saiu prejudicado.

O sentimento a favor da reunificação da Coreia entre os sul-coreanos é muito forte, só não vêm os que preferem a divisão, o confronto e se negam em assinar a paz definitiva, anseio de todos os coreanos.

ROSANITA CAMPOS

Fonte: Jornal Hora do Povo

terça-feira, 15 de junho de 2010

Comentários sobre o jogo de hoje

A Seleção Brasileira de Futebol venceu a seleção da República Popular Democrática da Coreia nesta terça-feira (15) por 2 a 1, gols de Maicon e Elano para o Brasil e Ji Yun Nam para a RPDC. O futebol apresentado pela Seleção Brasileira ressentiu-se da presença de um meio-campista mais ativo e de jogadas mais agudas pelas laterais.

Por Humberto Alencar


Diante de uma seleção que se propôs defender-se em duas linhas de quatro jogadores, a Seleção Brasileira exibiu pouca criatividade no meio de campo e falta de mobilidade. O técnico da Seleção, Dunga, optou por dois volantes de contenção no meio campo, Gilberto e Felipe Melo, enquanto Kaká e Robinho ficaram encarregados de criar.

O jogo foi tedioso no primeiro tempo, sem emoções. A Coreia conseguiu defender-se e sua dupla de zagueiros anulou com facilidade o atacante Luís Fabiano, que nada fez em uma das piores partidas disputadas pelo jogador com a camisa canarinho. No contra-ataque, os coreanos confiavam em sua estrela maior, Tae Se, já que toda bola passava obrigatoriamente pelos seus pés. Se não justificou sua fama de "Rooney" da Ásia fazendo um gol, Tae Se foi o destaque da equipe.

Durante a primeira etapa, Robinho tentou alguns dribles e partiu para cima dos adversários, mas Kaká teve uma atuação apagada, talvez por consequência do tempo que permaneceu inativo este ano. No segundo tempo o jogador do Milan se posicionou em campo de forma a abrir mais espaços, atraindo para si um dos volantes coreanos. Isso permitiu que Robinho tivesse mais liberdade.

No segundo tempo, o Brasil chegou ao gol com uma jogada pela lateral direita, quando Maicon recebeu um toque de Robinho e chutou entre o goleiro e a trave. Uma jogada pela ponta que foi pouco tentada no primeiro tempo. Elano fez o segundo gol, depois de um passe rasteiro na direção da ponta direita da grande área feito por Robinho. Jogadas pouco tentadas na primeira etapa mas que propiciaram emoção ao jogo.

Apesar da atuação pálida da Seleção, o jogo Brasil versus RPDC foi pouco diferente da tônica da Copa da África do Sul. Muita marcação, muitos passes laterais na metade do campo, poucas jogadas baseadas na habilidade e ambiente rarefeito de gols. A preparação física e a determinação tática supera a diferença técnica. O resultado disso é que o futebol tornou-se chato, veloz e pesado. A famosa "bola parada" torna-se a arma mais comum para se chegar às redes adversárias.

Diante de Costa do Marfim e Portugal, a Seleção Brasileira pode ter mais oportunidades do que teve nesta terça contra a Coreia. Pela própria dinâmica da Copa do Mundo, as duas adversárias do Brasil terão de jogar um pouco mais abertas que a RPDC, deixando os espaços que a Seleção de Dunga precisa para jogar de forma mais eficiente.

Dunga deixou Paulo Henrique Ganso no Brasil e prescindiu de um jogador que, aliado a Robinho, poderia abrir as defesas adversárias de forma mais eficaz que o fora de forma Kaká. Como isso não é mais possível, continuaremos a ver a Seleção sofrer para derrotar adversários bem postados na defesa.

Físico além da técnica

Já a única seleção proletária da Copa demonstrou boa capacidade física até metade do segundo tempo. Apesar da fragilidade técnica exibida no jogo desta terça, se repetirem a atuação defensiva que tiveram contra o Brasil, os coreanos terão a oportunidade de protagonizar outra zebra histórica, quando eliminaram a poderosa Itália da primeira fase da Copa da Inglaterra em 1966. A vítima desta vez pode ser Portugal, algoz da RPDC naquele mundial.

Segundo conta o espanhol Anibal Garzón, no blog Fútbol Rebelde "em 1966, único mundial que a RPDC participou antes do atual, a seleção teve dificuldades para jogar em solo britânico. Para o Reino Unido, a Coreia era sua inimiga, por causa da Guerra da Coreia de 1950-1953. O governo da rainha tentou de todas as formas boicotar a seleção norte-coreana, procurando não conceder vistos para os jogadores". A Fifa interveio e o Reino Unido foi obrigado a voltar atrás.

A RPDC jogou a primeira fase em Middlesbrough, cidade onde predomina a classe operária. Assim, a população operária, seguindo empiricamente o princípio de internacionalismo operário, simpatizou de imediato com os norte-coreanos. Cerca de três mil operários da cidade chegaram até mesmo a se deslocar para Liverpool para assistir a partida entre RPDC e Portugal, nas quartas de final da Copa.

Para Garzón, "os 3 mil britânicos que defenderam a dignidade e a soberania da RPDC de forma solidária, viam a vitória dessa seleção como um benefício para o povo asiático, enquanto a vitória da Inglaterra não proporcionaria nada à classe operária, além da fugaz alegria. Sabiam que a vitória inglesa beneficiaria somente aqueles que lucravam com o futebol".

A atual equipe norte-coreana não surpreende como a de 1966, mas tem qualidade no sistema defensivo e um bom jogador no ataque. Além disso, os jogadores da RPDC jogam pelo país, algo que deixou de ser visto há muito tempo no futebol, já que o dinheiro é voz uníssona em qualquer atividade esportiva.


Fonte: Vermelho

O Internacionalismo e a seleção de futebol da Coréia Popular


Depois de longos anos fora da Copa do Mundo, a seleção da República Popular Democrática da Coréia retorna ao campeonato e fará o seu jogo de estréia, dentro de algumas horas, contra a seleção brasileira. Para nós brasileiros será difícil escolher um lado, mas obviamente o caráter popular e proletário da seleção norte-coreana será levado em conta. Abaixo, publicamos um excelente texto espanhol sobre a seleção do país socialista.

Por Anibal Garzón

O quadro teórico marxista analiticamente divide a estrutura social entre burguesia e proletariado. Em base a esta linha científica, as relações de classe imperam na total construção social do modelo capitalista, inclusive no campo esportivo.

A Copa do Mundo 2010 inicia-se na África do Sul hoje 11 de Junho. Participam 32 seleções, mas só uma é seleção do proletariado, a seleção da Coréia do Norte. As 31 restantes são seleções burguesas. Um dado que reflete contrariedade comparativa com a estrutura social a nível mundo, onde o proletariado, e o pobres, são a maioria arrasadora quantitativamente. No capitalismo o futebolista converte-se em classe burguesa empresarial ao obter um alto capital pelo desporto, capital impossível de obter por qualquer operário do país. Enquanto no socialismo o futebolista é proletariado trabalhador, igual que todo seu povo. O esforço de um futebolista é qualificado materialmente por igual que o esforço de um professor, de um militar, de um doutor?, enquanto no capitalismo o futebolista está por cima. O futebolista espanhol busca sua vitória, o norte-coreano a de seu povo. A seleção de Espanha (e as 30 restantes) e a Coréia do Norte, dois exemplos de futebol de classe, o individualismo e o colectivismo.

A seleção espanhola, burguesia. Ganhar para eles próprios

A crise não pára de se acelerar no Estado Espanhol e o desemprego não deixa de aumentar. Os cortes neoliberais e a redução dos serviços do Estado são a cada vez mais visíveis, como a redução de salário ao funcionariado e a futura nefasta reforma antilaboral. Mas não afeta a crise em todos os setores, como o setor futebolístico (se o pudermos chamar assim). Segundo o acordo atingido entre os componentes da seleção de futebol espanhola e a Real Federação Espanhola de Futebol, os 23 jogadores selecionados levarão, cada um, 600.000 euros se vencerem o campeonato internacional. Os bónus não são insuficientes se somente chegam a quartos-de-final: 60.000 euros por futebolista. Chegar às meias finais, 90.000 euros, e chegar à final e não a ganhar 120.000 euros. 480.000 euros por ganhar um partido! Enquanto o aumento do desemprego durante o mês que dure o Mundial da África do Sul seguramente crescerá no Estado Espanhol a classe futebolística pode ver crescer milionariamente suas riquezas.

Na Antiga Roma, os que realizavam o espetáculo eram escravos que saíam ao circo para realizar suas obras e batalhas. Atualmente, esses escravos passaram a pertencer à classe alta como imagem de mercado. O capitalismo com seus aparelhos propagandísticos e de publicidade, sobretudo com o nascimento da televisão nos anos 50, viu a possibilidade de explorar a imagem dos jogadores de futebol para serem idolatrados pelos espectadores e receberem em troca milhões de euros. O futebol é parte do lazer social, mas diferentemente de outros campos sociais de grande trascendência, a previdência, o ensino... toda sociedade pode viver sem ele em substituição de outros espaços. A funcionalidade do futebol no capitalismo é pelos grandes ganhos que gera, não por sua imagem de benefício coletivo. Se a seleção de futebol espanhola consegue fazer bom papel no Mundial de África do Sul, a classe trabalhadora não receberá nenhuma melhoria social-material. Justamente ao revés, simbolicamente. O sentimento de um Estado monárquico mononacional (estado espanholista)[1] será utilizado nos meios de propagada e difusão, como constantemente fazem, para reproduzir a identidade espanhola como um todo e destruir a consciência dos nacionalismos periféricos, como o catalão, basco ou galego... além de eliminar o conceito de classe social a mais de 4 milhões de desempregagdos mediante os aparelhos propagandísticos do Estado Espanhol com sua identidade espanhola como orgulho pelo papel de sua seleção de futebol no Mundial. O futebol no capitalismo espanhol potencializa a identidade nacional (todo) e elimina a identidade de classe (parte), base do fascismo.

A seleção da Coréia do Norte, proletariado. Ganhar para o povo


Das 32 seleções que vão ao Mundial, só numa seleção jogam trabalhadores, Coréia do Norte, a chamada seleção "Cholima"[2]. Nenhum dos 23 jogadores norte-coreanos se enriquecerá individualmente se sua seleção ganhar ou conseguir um posto destacado. As comemorações materiais que a FIFA atribuiria à Federação Norcoreana de Futebol, como a qualquer outra Federação Nacional, serão 30 milhões de euros quem ganhar o campeonato, 24 a segunda seleção do Mundial, a terceira 20, a quarta 18 e desde a quinta à oitava seleção perceberão 14 milhões. Dos 30 milhões, simplesmente os 23 jogadores da seleção espanhola levarão quase metade, 13.800.000 euros, se ganharem o Mundial. A vitória da seleção da Coréia do Norte é a vitória para o povo, dado que essa quantidade passa a mãos do Estado para realizar investimentos públicos em esferas como previdência, educação, infra-estruturas, diferentemente da seleção espanhola, que ainda que ganhe sua equipe o Estado não disporá de nenhum benefício capital para gastos sociais. Na seleção norte-coreana a maioria dos jogadores estão em clubes de futebol nacionais, menos algumas exceções. O jogador Jong Tae Se, o chamado "Rooney asiático", é atacante e joga na equipa japonesa Kawasaki Frontale. Ele nasceu em Nagoya (Japão) mas é de pais sul-coreanos, e mesmo assim não obteve a nacionalidade japonesa (chamados cidadãos zainichi, cidadãos de segunda), enquanto sim obteve a norte-coreana por sua visão política. Tae Educou-se numa escola e universidade pró-norte-coreana do Japão, fortalecendo assim suas raízes coreanas. Tae Argumentou-se, ao ser educado numa sociedade capitalista, que o impactou que os mesmos futebolistas devam lavar a própria roupa, ainda que crie um orgulho de comunidade. Um futebolista é mais um trabalhador, não um bien vivant, como os futebolistas espanhóis! Algo que nunca faria Iker Casillas (goleiro da seleção espanhola). Um outro norte-coreano que joga fora de suas fronteiras é Hong Yonj-Jo, no Rostov russo. Enquanto seus colegas de equipa levam carros caros, algo que não pode fazer um operário russo, Yonj-Jo não tem nenhum auto, dado que seus rendimentos vão ao Estado, de forma comunitária, para poder reinvertê-los em políticas sociais em benefício da população civil. Um trabalhador do e para o povo norte-coreano, o que nunca faria Fernando Torres (atacante espanhol). Segundo Yonj-Jo "Todos meus pensamentos são sobre futebol e o Partido dos Trabalhadores". Outro futebolista que joga na Liga japonesa é Ahn Young-Hak, na equipa Omiya Ardija. Três estrelas norte-coreanas que jogam futebol pelo bem comum, modelo dominante também na elite mundial do desporto cubano.

Se Espanha ou uma das restantes 30 seleções ganharem, então ganha o rico, se ganhar Coréia de Norte, ganha o povo. Pois não deixemos o internacionalismo, que ganhe a maioria social classista, que ganhe a Coréia do Norte! Em 1966, único mundial em que a Coréia do Norte participou, e além disso em solo britânico, reino que nem reconhecia o estado da Coréia do Norte (por sua inimizade desde a Guerra da Coréia de 1950-1953) e tentou boicotar à seleção norte-coreana não lhe concedendo os vistos mas finalmente se teve que recuar, a Coréia do Norte jogou seus partidos de primeira rodada em Middlesbrough, cidade onde predomina a classe operária. Assim, a população operária de Middlesbrough, com sua internacionalismo operário como princípio, começou a simpatizar com a seleção trabalhadora norte-coreana, acompanhando 3.000 vizinhos de Midlesbrough a mesma seleção da Coréia do Norte a Liverpool em seu partido de quartos-de-final frente a Portugal[3]. 3.000 pessoas que defenderam a dignidade independente e a soberania da Coréia do Norte solidariamente, vendo a vitória da Coréia do Norte como um benefício para o povo asiático, enquanto a vitória de Inglaterra não proporcionava nada à classe trabalhadora, só à classe futebolística e aos empresários do setor.

Notas

[1] Estado que nunca aceitou o conceito Plurinacional como sim fez a Bolívia em sua Nova Constituição Política aprovada por referendo em 2009.

[2] Nome de um cavalo mítico coreano com que se conhece a seleção.

[3] Veja-se o documentário do diretor britânico Daniel Gordon sobre o Futebol na Coréia do Norte e o Mundial de 1966, entrevistando ingleses e norte-coreanos. O documentário intitula-se ?The Game of Their Lives? (2002). Ver o documentário em http://sharingcentre.net/13934-game-their-lives-2002-a.html

Fonte: Fútbol Rebelde e Diário Liberdade

sábado, 5 de junho de 2010

Vídeos

Compartilhamos com os leitores do blog alguns vídeos interessantes, encontrados no Youtube, que mostram cenas do cotidiano da República Popular Democrática da Coréia:




Criança tocando "A Internacional" no piano.


Hino da República Popular Democrática da Coréia.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

As mulheres na Coreia Popular


Soldadas marchando durante parada militar do Exército Popular da Coréia.


Demonstrando forte machismo em matéria sobre a Coreia Democrática publicada recentemente num jornal paulista o autor chama, pejorativamente, uma funcionária do Estado - responsável pela condução do trânsito em Pyongyang - de “mulher semáforo”, tentando ridicularizá-la e à sua profissão, apesar delas “chamarem a atenção pela beleza e pela roupa bem cortada

Conduzir o trânsito para os coreanos é um trabalho digno, útil aos cidadãos, à
cidade. É valorizado como todo e qualquer trabalho de que a coletividade necessita.

Para os coreanos o trabalho digno dignifica o trabalhador. É o trabalho que um irmão, ou irmã, faz para atender às necessidades de um ou mais irmãos, de uma ou mais irmãs.

Entre outros absurdos o jornalista fala de machismo na Coreia e até de uma suposta proibição das mulheres andarem de bicicleta, coisa de quem pouco ou nada sabe sobre o país, de quem não entende a lógica de uma sociedade que valoriza acima de tudo o ser humano, o trabalho e os trabalhadores – homens e mulheres.

Anda de bicicleta na Coreia quem quiser. Anda-se muito à pé na Coreia porque o trabalho é perto de casa, a escola é perto de casa, os teatros, estádios e clubes desportivos são perto de casa ou nos locais de trabalho.

A primeira lei proclamada na nascente República Popular Democrática da Coreia pelo Presidente Kim Il Sung após a derrota dos japoneses foi a lei da Igualdade de Direitos entre Homens e Mulheres. Em pouco tempo a etiqueta feudal opressora foi superada pela intensa presença feminina em todos os aspectos da vida do país.
Um povo que sofreu a humilhação de ter milhões de mães, filhas e irmãs estupradas e prostituídas pelos invasores como escravas sexuais sabe cuidar de suas mulheres.

Após a devastação promovida pelos bombardeios norte-americanos as mulheres, heroínas na guerra, cumpriram papel destacado em todo o processo de reconstrução nacional. Problemas existem e em todos os lugares há o que avançar, mas lá elas conquistaram mais direitos e avançaram mais que as mulheres em muitos países ditos desenvolvidos.

Na Coreia as mulheres são livres. Elas atuam na política, comandam indústrias, fazendas agrícolas, integram o parlamento, o Exército, as milícias e as universidades. São operárias e camponesas, pesquisadoras, educadoras e cientistas; são professoras, arquitetas, são artistas e estão entre os melhores profissionais da saúde, vanguardas no processo de intelectualização de toda a sociedade.

Elas não apenas conduzem carros, bicicletas e o trânsito. Elas conduzem tratores, aviões e trens. Elas são valentes defensoras da soberania da Coreia, da política de Songun, do socialismo ao estilo coreano que escolheram como o melhor para si e o país.

Kim Jong Suk, mãe do Presidente Kim Jong Il, heroína da guerra de libertação contra o colonialismo japonês foi chefe de segurança do comando da guerrilha, foi a primeira mulher general do Exército de Libertação, foi paraquedista na década de 40 e gostava de pilotar avião de vez em quando. As mulheres coreanas a seguem como exemplo.

“Ativistas”, citados pela matéria com má fé, mentem quando afirmam que “mulher é proibida de usar calça comprida”. Elas as usam bastante, mas preferem o traje coreano tradicional que é belíssimo, muito elegante e confeccionado com lindos bordados e com tecidos fabricados no próprio país em fábricas das quais também são condutoras. Diga-se de passagem, durante a luta para expulsar o Japão era um tanto difícil no inverno nevado do Monte Bektu as mulheres guerrilheiras não usarem calças compridas para se protegerem do intenso frio, isso na década de 1920, 1930, 1940! E entre 1950 e 1953, período da inacabada Guerra da Coreia que mantém a península coreana em trégua sob grande tensão. Os EUA até hoje se recusam a assinar a paz definitiva para acabar de vez com a guerra como propõe a Coreia Democrática.
Há poucos dias noticiamos aqui no HP as comemorações nesse ano na Coreia dos 30 anos da lei de saúde pública e gratuita para todos os cidadãos. Lá quem cuida da saúde do povo é o Estado e ninguém paga nada por isso. O Estado não interfere no planejamento das famílias e todo casal é livre para decidir quantos filhos quer ter. A maternidade é considerada função social e as crianças são o centro da vida do país.

Não há falta de creches e escolas de excelente qualidade. As mulheres dispõem de todos os equipamentos sociais para se libertarem das tarefas domésticas.
Quanto ao fumo, na Coreia não existe a histeria antitabagista como a promovida pelo governador de São Paulo que proíbe mulheres, e também homens, de fumarem em ambiente privado. Lá está em curso há muitos anos um processo educativo e de persuasão bem mais eficiente. Ninguém é estimulado a fumar e ninguém precisa ser proibido de fumar a menos que esteja em locais públicos fechados. E isso vale para todos, não apenas para as mulheres.

Com uma frota de carros particulares relativamente pequena, se comparada com a dos grandes países capitalistas, a Coreia prioriza o transporte público para atender a toda a população. Ônibus trens e metrô cortam Pyongyang de norte a sul, de leste a oeste. Servem igualmente a todos a um preço simbólico, quase gratuitamente.

Estações de trens e de metrô são finamente decoradas com obras de arte de artistas locais, tudo feito no capricho, com muito carinho, com muita beleza, pois é para a utilização e usufruto do povo.

A arte aí cumprindo a sua função mais nobre.

Arte livre. Feita para o povo. Alegrando o povo. Refletindo, expressando o povo, sua vida, seus sentimentos, sua história, sua cultura 5 vezes milenar.

O protagonismo do povo, na exata acepção da palavra, com a participação efetiva das mulheres. Eis o que é real na Coreia Democrática, eis o que os monopólios de mídia e seus vassalos não conseguem aceitar. Inutilmente.

ROSANITA CAMPOS

Fonte: Jornal Hora do Povo

Nesta 2ª, PCdoB exibirá filme sobre a reconstrução de Pyongyang

Pyongyang - Após a cidade ser inteiramente destrúida durante a Guerra da Coréia, o povo coreano conseguiu edificar uma cidade próspera e moderna.

Na próxima segunda-feira, 7, o PCdoB receberá a visita do embaixador da República Popular Democrática da Coreia, Ri Wa Gun, para um bate-papo com dirigentes do partido e para a exibição do filma Pyongyang hoje, acompanhada de palestra do diplomata, evento aberto ao público.

Ri Wa Gun será recebido por Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais e outros dirigentes do PCdoB. “A Coreia do Norte, como é conhecida, tem sido novamente alvo de ameaças e pressões do imperialismo estadunidense e de seu aliado na península, a Coreia do Sul”, diz Alemão.

Segundo ele, “em momentos como esse é ainda mais importante a solidariedade do povo brasileiro à RPD da Coreia, a defesa da causa da paz e da reunificação coreana”.

A atividade é aberta ao público e acontece a partir das 18h, na sede do Comitê Central (Rua Rego Freitas, 192 – República – São Paulo).

Pyongyang hoje

O filme Pyongyang hoje resgata a história da capital da República Popular e Democrática da Coreia, cidade que exemplifica a reconstrução do país após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a Guerra da Coreia (1950-1953). Neste último episódio, a Coreia do Sul – apoiada pelos Estados Unidos e Reino Unido – entrou em guerra com a do Norte – apoiada pela União Soviética e pela China.

A capital foi atacada por diversas bombas – inclusive de Napalm – e completamente destruída. Estima-se que cerca de 3,5 milhões de pessoas tenham morrido durante a guerra. Aos poucos, a cidade foi sendo reconstruída e hoje conta com completa infraestrutura e construções que estão entre as mais modernas do mundo.

Da redação


Fonte: PCdoB