quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O dirigente Kim Jong Il e a Política Songun


O dia 25 de agosto não é, para a República Popular Democrática da Coreia, um dia qualquer. Neste mesmo dia, no ano de 1960, o camarada Kim Jong Il, presidente da Comissão de Defesa Nacional da RPDC, realizou uma visita à orientação à Divisão de Tanques 105 "Seul" Ryu Kyong Su do Exército Popular da Coreia, iniciando sua direção política na Revolução Coreana por meio da política Songun, de priorização das questões militares.

Desde então, durante mais de meio século sob sua liderança, a Coreia Popular, em seu interminável enfrentamento contra os Estados Unidos, autodenominado "superpotência", sempre defendeu com êxito sua soberania e dignidade.

Em janeiro de 1968, o navio espião armado norte-americano "Pueblo" invadiu as águas soberanas da RPDC, e foi devidamente capturado pela Marinha do Exército Popular da Coreia.

O imperialismo norte-americano, usando como pretexto o incidente do navio Pueblo, concentrou enorme contingente de suas forças armadas na Península Coreana e esperneou em se vingar. O mundo se manteve alerta quanto a uma possível nova Guerra da Coreia. A União Soviética suplicou ao governo da RPDC para que devolvesse o barco espião.

Kim Jong Il se manifestou, dizendo que, enquanto os Estados Unidos não apresentassem um ato de rendição, não colocaria jamais dos tripulantes do Pueblo em liberdade e, ainda que os Estados Unidos manifestassem abertamente sua capitulação, não devolveriam jamais a embarcação, da feita que se tratava de um troféu. A Coreia Popular declarou que responderia à "represália" com represálias e à guerra total com guerra total.

Surpreendido ante à resoluta reação da Coreia, os Estados Unidos assinaram em dezembro do mesmo ano a carta de desculpas em que reconheceram sua atitude hostil, e garantiram que barco nenhum se infiltraria jamais nas águas territoriais da Coreia. Ao se referir a esta carta, o presidente norte-americano Lyndon Johnson disse que esta havia sido "a primeira carta histórica de pedido de desculpas dos Estados Unidos."

Nos tempos posteriores também, como em abril de 1969, o avião espião norte-americano EC-121 adentrou no espaço aéreo da República Popular Democrática da Coreia e foi prontamente derrubado. Em agosto de 1976, quando os provocadores norte-americanos fizeram provocações armadas em Panmunjom, a Linha de Demarcação Militar que divide o Norte e o Sul da Coreia, disparando contra soldados do Exército Popular da Coreia, acabaram por ser duramente castigados. O imperialismo norte-americano fez alardes como se uma guerra viesse a estourar prontamente. Porém, atemorizado diante da dura reação da Coreia, bem como de seu poderoso potencial militar, não pôde fazer menos que renunciar a suas intenções.
Durante a "primeira crise nuclear da Península Coreana" de 1993-1994, os Estados Unidos, colocando em questão do infundado "problema nuclear" da Coreia, instigou a Agência Internacional de Energia Atômica a impor sobre a Coreia a "inspeção especial" sobre seus importantes objetos militares e, junto com isso, impôs sobre a Coreia do sul que realizasse simulações de guerra de grande envergadura.

Então, Kim Jong Il, na qualidade de Comandante Supremo do EPC, proclamou em todo país o estado de pré-guerra. Em seguida, a Coreia Popular publicou a declaração de que o governo, para preservar o interesse supremo do país, retirar-se-ia do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

As sucessivas e contundentes dissuassões da Coreia Popular obrigaram os Estados Unidos a assinarem o Acordo Básico RPDC-EUA, onde estes se comprometiam a resolver de maneira pacífica a questão nuclear na Península Coreana. Até mesmo Clinton, que era então o presidente norte-americano, enviou a Kim Jong Il a mensagem de garantia em que este prometia cumprir honestamente com este dever de sua parte.

No ano de 1998, os Estados Unidos novamente fizeram alarde quanto ao desenvolvimento de instalações nucleares com fins pacíficos por parte da RPDC. De um lado e de outro, publicaram o "OPLAN 5027" (Plano Operacional 5027), plano de ataque preventivo com armas nucleares, intensificando a pressão sobre a RPDC. Quanto a isso, o país socialista declarou que frente a isso somente poderia elevar sua capacidade de dissuassão nuclear. Diante da firmeza da RPDC, que resistia cada vez mais à pressão e intimidação, a gerência Clinton não teve outra alternativa que não a de reconhecer sua derrota. 

Com o advento do novo século, a nova gerência norte-americana qualificou à RPDC como parte do "Eixo do mal", publicou-a como objeto do ataque antecipado com armas nucleares e levou a cabo loucuras de provocação de uma insensata guerra nuclear. Frente a isso, a Coreia se retirou oficialmente do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e declarou abertamente que possuía armas nucleares. Executou o lançamento de mísseis, causando golpes decisivos contra a coação norte-americana e de sua intimidação com armas nucleares.

A administração Bush, frente a capacidade dissuassiva da RPDC, proclamou oficialmente que retiraria a Coreia da lista de países patrocinadores do terrorismo. Nesta ocasião, o periódico News Week, em um artigo entitulado "Renovação da definição dos países patrocinadores do terrorismo, símbolo da rendição dos Estados Unidos", comentouL "Bush disse ao congresso que excluiría a Coreia do norte da lista de países que apoiam o terrorismo, e isso simboliza a rendição de Bush ao país asiático."

Isso não é tudo.

Em abril de 2009, a Coreia declarou que lançaria o satélite artificial Kwangmyongsong-2. Os Estados Unidos receberam a notícia como se houvesse ocorrido uma desgraça. O Japão, inclusive, definiu a "interceptação do satélite" como uma política estatal, e notificou nos navios de guerra, na tentativa de frear a todo custo o lançamento do satélite artificial por parte da Coreia.

O dirigente coreano Kim Jong Il declarou que o satélite seria lançado rigidamente conforme os planos, e declarou que, caso as forças anti-RPDC tentassem interceptar o satélite, seriam destruídas não somente a sede da interceptação como também a sede dos provocadores.

O dirigente Kim Jong Il é, de fato, um Comandante sem igual que enfrentou bravamente os sucessivos presidentes e generais norte-americanos, de Nixon e Carter a Bush e Obama, sempre se utilizando da poderosa política Songun.

Kim Jong Il expressou que sua coragem e ousadia com as quais havia enfrentado os Estados Unidos, autodenominado "única superpotência" do mundo, estavam sustentados na poderosa força militar. Por ter um exército forte e uma potente indústria militar, disse ele, sentimo-nos seguros e alardeamos nossa invencibilidade, continuou, dizendo que até os dias de hoje isso garante o respeito do país perante a comunidade internacional.