Foguete do satélite artificial Kwangmyongsong-3, fotografado no último mês de abril |
Um porta-voz do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial confirmou, no último sábado, a intenção da RPDC de lançar outro satélite espacial, uma segunda versão do último Kwangmyongsong-3, manufaturado com os próprios esforços do país e com tecnologia totalmente autóctone. Nos últimos meses, cientistas e técnicos da RPDC analisaram os erros feitos durante o último lançamento em abril, e aprofundaram o trabalho para melhorar a precisão do satélite e do foguete lançador, fazendo todas as preparações para um novo lançamento.
O satélite de observação terrestre será lançado do polo sul do Centro Espacial Sohae pelo Lançador de Foguetes Unha-3, localizado no município de Cholsan, na província de Phyonghan do Norte, entre os dias 10 e 22 de Dezembro deste ano. Um pátio de lançamento seguro foi escolhido pelas autoridades envolvidas, para que certas partes do foguete que possam cair durante o processo de lançamento não atinjam países vizinhos. No último lançamento, em abril deste ano, a RPDC tomou todas as medidas para que transparecesse o caráter pacífico e de desenvolvimento econômico pelo lançamento do satélite, e abriu portas para que jornalistas do mundo inteiro acompanhassem o processo.
No início deste ano, motivado por um período pré-eleitoral, o presidente norte-americano Barack Obama apresentou palavras demagógicas, segundo as quais a política norte-americana, daqui para frente, não mais seria “hostil” para com a Coreia do Norte, e que os Estados Unidos se comprometeria a cooperar pacificamente com a mesma. Apresentou inclusive um acordo segundo o qual os EUA se comprometeriam a enviar 200 mil toneladas de alimentos para a RPDC em troca de uma moratória no programa de enriquecimento de urânio. O acordo nada dizia respeito ao lançamento de satélites artificiais com fins pacíficos por parte da Coreia Popular.
Contudo, os fatos mostraram as mentiras por trás das palavras de Obama, e, após a Coreia Popular exercer seu direito inalienável, enquanto nação soberana, de lançar o satélite artificial Kwangmyongsong-3 com fins de observação espacial no último abril, os Estados Unidos não só nada cumpriram do que prometeram como também levaram o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e ampliaram sua política de agressão contra a Coreia socialista, falando em “aumentar sanções”. O regime sul-coreano, como sempre, cumpriu seu papel como vassalo dos interesses norte-americanos e também pediu “novas” sanções contra a RPD da Coreia pelo lançamento do satélite. Fica candente também o vergonhoso papel de países como China e Rússia que, apesar de serem historicamente aliados do país socialista, no último mês de abril se uniram ao imperialismo norte-americano na cruzada anti-RPDC, e condenaram o justo lançamento do satélite artificial.
Ao contrário da RPDC, que foi sancionada em abril por exercer seu legítimo direito à exploração espacial, a Coreia do Sul, no último dia 29 de novembro de 2012, fracassou em sua terceira tentativa de por um satélite no espaço. As últimas duas tentativas, feitas em 2009 e 2010, também fracassaram. Nenhum país levou seu programa espacial para ser discutido no Conselho de Segurança das Nações Unidas, tampouco a RPDC pediu sanções para o Sul, já que considerou que está no seu direito de exploração espacial. E, indo a contramão ao caso da Coreia do Sul, que fracassou em todas as suas tentativas de lançar um satélite artificial ao espaço, os satélites norte-coreanos Kwangmyongsong-1 e Kwangmyongsong-2, fabricados com tecnologia 100% nacional, entraram em órbita.
É forçoso lembrar também sobre o programa nuclear da Índia, que, apesar de ter feito testes com o lançamento de mísseis no último mês de abril – programa este, sim, com fins militares e não pacíficos – não recebeu qualquer sanção nem alerta por tê-lo feito. Ao contrário, qualquer um que busque na imprensa internacional por notícias relacionadas vê-la-á tratando o caso com toda a naturalidade do mundo.
Toda hipocrisia vem acompanhada de canalhice. Bastaram apenas algumas horas após a RPDC ter anunciado lançar mais uma vez o satélite artificial Kwangmyongsong-3 com fins pacíficos para que todos os gendarmes mundiais expressassem seus alardes. O regime títere de Seul expressou “grande preocupação” pelo novo lançamento. Acaso não mostraram “grande preocupação” nos lançamentos dos próprios satélites?
O Comitê de Segurança da ONU, através do seu porta-voz títere de Portugal, José Filipe Moraes, disse que “todos concordamos que é inviável que Pyongyang prossiga com os testes”. O imperialismo norte-americano, por meio da Casa Branca, expressou sua vontade de que a RPDC “seguisse o caminho de Myanmar” ou “fizesse reformas e aberturas”, evitando “desestabilizar a paz mundial” através do “lançamento de mísseis”. Para o único país do mundo que usou mão da bomba atômica contra outros, e que está em posse das maiores ogivas nucleares do mundo e tem como base econômica a maior indústria bélica de todos os tempos, cujo desenvolvimento depende necessariamente de novas guerras e novas invasões contra países outrora soberanos, a hipocrisia aparece explicitamente nos olhos de qualquer um que não seja cego.
Enquanto o imperialismo necessita da subjugação de outros povos, a Coreia quer somente seu direito à existência e de seguir no caminho da independência e do socialismo, escolhido pelo seu próprio povo há mais de seis décadas.
A República Popular Democrática da Coreia, hoje, se encontra na vanguarda da luta contra o imperialismo. Está fazendo enormes inovações em sua economia e desenvolvendo ao máximo a construção do socialismo e do comunismo por meio do Movimento Bandeira Vermelha das Três Revoluções. Ao contrário do que foi alardeado aos quatro cantos do mundo pela imprensa do imperialismo, de que bastaria o dirigente Kim Jong Il falecer para que o sistema socialista da RPDC caísse por terra, tal sistema se fortalece cada vez mais, a cada dia que passa. A bandeira vermelha da Revolução segue sendo levantada com fervor na Coreia socialista e sua causa recebe apoio de todos os povos amantes da paz.
Os democratas do mundo saúdam a Coreia Popular e prezam por avanços cada vez maiores, rumo à conquista espacial e pelo avanço da construção socialista, e repudiam todas as tentativas do imperialismo em desestabilizar o progresso da grande causa do povo coreano.
Abaixo o imperialismo norte-americano e todas suas tentativas de atentar contra a soberania do povo coreano!
Viva ao novo lançamento do satélite Kwangmyongsong-3!
Viva à Coreia socialista, cada vez mais próspera sob a liderança do grande camarada Kim Jong Un!
Que venham ainda mais vitórias para a Coreia democrática e popular, estimulando os povos do mundo a lutarem para enterrar o imperialismo e construir o socialismo!
Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil