Kim Yong Nam, presidente da junta governamental da Assembleia Popular Suprema da RPDC, junto ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejhad |
Kim Yong Nam, presidente da junta governamental da
Assembleia Popular Suprema da RPDC, fez um discurso no XVI Encontro do
Movimento dos Não-Alinhados em 30 de agosto. Sob autorização, ele expressou
profunda gratidão aos chefes e representantes de estados e governos membros do
Movimento dos Não-Alinhados, por expressarem profundas condolências pelo
falecimento de Kim Jong Il, grande líder do povo coreano. Continuou:
“Tendo o Marechal Kim Jong Un como líder supremo de nosso
Partido, do Estado e do Exército, o povo coreano luta agora pela construção de
uma próspera e poderosa nação socialista. Kim Jong Un rejeita todos os tipos de
dominação e subjugação com uma política independente e abre um novo capítulo no
desenvolvimento de relações com países que são amigáveis com a RPDC,
independente do passado que tiveram.
O Movimento dos Não-Alinhados emergiu como uma poderosa
força política que incentiva a ideia da construção de um novo mundo pacífico e
independente. O Presidente Kim Il Sung deu grande importância ao Movimento dos
Não-Alinhados, e fez grandes contribuições para seu fortalecimento e
desenvolvimento.
Os tempos passaram e as gerações mudaram. Contudo, a causa
histórica do Movimento permanece não cumprida; devemos continuar a lutar para
fazer com que as ideias e objetivos do Movimento se tornem realidade. A
situação de hoje demanda que o Movimento dos Não-Alinhados fortaleça sua
posição e papel como uma força política que represente os interesses dos países
em desenvolvimento.
A delegação da RPDC acredita que este encontro deve focar
nas seguintes questões, para que entre em ressonância com a complicada situação
internacional:
Primeiro: os países membros do Movimento dos Não-Alinhados
devem dar prioridade à luta para salvaguardar a soberania, que a ideia básica
do Movimento. A principal tarefa para defender a soberania no atual momento é
prevenir e rechaçar a arbitrariedade, a interferência em assuntos internos de
outros países, e o uso de armas pelos EUA e países ocidentais. Os atos de hostilidade
contra a soberania, de interferências em assuntos internos e de mudanças de
regime em países Não-Alinhados, sob o pretexto de “antiterrorismo”, “intervenção
humanitária” ou de “assegurar a paz” não podem justificados, e as sanções e
pressões contra países como Irã e Síria devem acabar. O Movimento dos
Não-Alinhados deve tomar medidas ativas e enérgicas para a proteção da
soberania como principal tarefa, guiando-se pelos princípios da Declaração de
Havana e da Declaração de Sharm El-Sheikh, adotadas em encontros passados.
Segundo: os países membros do Movimento dos Não-Alinhados
devem valorizar e priorizar a unidade – que deve servir como princípio do
movimento – e trabalhar duro para pô-la em prática. A história do Movimento dos
Não-Alinhados demonstra que a unidade leva à vitória, enquanto a divisão causa
fracassos. Pode haver diferenças de visões e fricções entre países membros, porém
devem focar em tomar ações coletivas, pondo as discordâncias de lado e buscando
um consenso, fortalecendo dessa maneira o apoio mútuo e a solidariedade,
encorajando a unidade e prevenindo a separação. Os países membros devem lutar
ainda mais para defender os interesses do Movimento na arena internacional e
para estabelecer uma justa ordem política e econômica internacionais, através
da reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança.
Nos dias de hoje, a Península Coreana está se tornando o
principal foco de confrontos no mundo, onde a escalada de tensões ocorre de
maneira repetida e uma guerra pode acontecer a qualquer momento, devido à
persistente política hostil dos Estados Unidos contra a RPDC. Nesse exato
momento, os Estados Unidos está realizando exercícios militares conjuntos de
agressão, Ulji Freedom Guardian, tendo como alvo a RPDC, e que estão levando a
situação da península à beira de uma guerra, alardeando uma histeria de guerra
contra o norte.
A situação da península mostra que nós estávamos absolutamente
certos em escolher o caminho da Política Songun e aumentar nossa capacidade de
autodefesa.
As autoridades sul-coreanas, obcecadas com a confrontação
contra os próprios compatriotas, estão servindo como ponta de lança para a
política hostil dos EUA para com a RPDC, visando agravar as tensões na
Península Coreana. As autoridades sul-coreanas jogaram sal nas feridas de nosso
povo, que sofreu a maior perda nacional com a morte do dirigente Kim Jong Il, e
cometeu enormes crimes insultando nossa liderança suprema, levando as relações
intercoreanas à pior fase. Elas nunca serão capazes de evitar seu próprio fim
trágico.
O governo da RPDC juntará mãos com qualquer um que apoiar
sinceramente a reunificação do país, assim como a paz e a prosperidade da
nação, e fará esforços responsáveis e perseverantes para realizar a causa
histórica da reunificação do país.
Nosso povo, que tem como objetivo a construção de um
próspero e poderoso país socialista, valoriza a paz. Contudo, valoriza a
dignidade e soberania nacionais ainda mais do que a paz. Nosso povo expressou
gratidão aos países membros do Movimento por estenderem apoio invariável para
os esforços de nosso povo em salvaguardar a paz e a estabilidade na Península
coreana, assim como por conquistar a reunificação independente do país. O povo
coreano expressou a convicção e a demanda pela continuação do apoio e da
solidariedade no futuro, também.
O governo da RPDC para todos os esforços possíveis para
fortalecer e desenvolver o Movimento dos Não-Alinhados, mantendo os princípios
de sua política externa – independência, amizade e paz.”