Da Prensa Latina
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) advertiu hoje sobre uma invalidação do pacto de não agressão com a Coreia do Sul em caso de represálias por seu suposto vínculo com o afundamento de um navio de guerra.
A partir deste momento, consideramos a situação atual como conjuntura de guerra e enfrentaremos todos os problemas que se apresentam nas relações Norte-Sul desse ponto de vista, de acordo com declarações de um porta-voz do Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria, difundidas pela agência de notícias KCNA.
A resposta inclui a ruptura total dos vínculos e o cancelamento total da cooperação, segundo o porta-voz, que recusou novamente as acusações da outra parte quanto a uma participação norte-coreana no afundamento do barco Cheonan em março passado.
Ao referir-se a esse incidente, assinalou que depois de uma investigação de quase dois meses, as autoridades sul-coreanas inventaram à base de hipóteses e conjecturas a chamada prova circunstancial e apresentaram como evidência material “uns pedaços de ferro e alumínio, o que tem sido motivo de deboche”.
O mais ridículo é que vinculam intencionalmente à RPDC esses materiais, que não têm nenhuma marca nem nacionalidade, alegando que o indicam a análise de sua composição, tamanho e forma, acrescentou.
Insiste que a publicação do “resultado da investigação” não é um simples esclarecimento do caso do afundamento do barco, senão uma provocação premeditada para tentar o pretexto de uma guerra de agressão contra este país.
Também considerou isso um complô criado para eludir a grave crise surgida de uma fracassada política interna e externa, e realizar sem problemas as próximas eleições locais.
O Cheonan afundou na noite do passado dia 26 de março no Mar do Oeste da Coreia. De seus 104 tripulantes, 58 foram resgatados, os demais foram dados como mortos ou desaparecidos. A causa do naufrágio foi uma explosão, segundo explicou-se então, sem chegar a vincular a RPDC ao incidente a princípio.
Ontem, um porta-voz do Comitê de Defesa Nacional afirmou que Pyongyang está disposto a enviar inspetores à outra parte para verificar a suposta prova material apresentada como resultado da investigação, que atribui o acontecimento a um ataque de torpedo.
Fonte: O Outro lado da Notícia