Manifestação contra ataques imperialistas sobre os "Direitos Humanos" |
Milhares de jovens participam de manifestação anti-imperialista em Pyongyang, capital da RPDC |
Em reunião da Assembleia Geral realizada no último dia 18 o Japão e a cúpula da UE, seguindo as determinações de Washington, apresentaram um relatório sobre os direitos humanos na RPDC condenando indevidamente o país socialista.
O relatório foi previamente preparado “sob encomenda” dos EUA através de artimanhas no Conselho dos Direitos Humanos da ONU que criou uma comissão de inquérito para elaborá-lo.
Tal comissão, em um ano de trabalho, jamais visitou a Coreia Popular, não entrevistou nenhuma instituição da sociedade civil do país ou qualquer membro de seu governo mas se bastou com recolher “testemunhos” de sul-coreanos funcionários do setor de inteligência do governo sul-coreano ou de coreanos do norte residentes em Seul pagos pela CIA e algumas ONGs norte-americanas e sul-coreanas para dar informações falsas sobre a situação na RPDC.
O relatório, um documento parcial e mentiroso baseado em fontes suspeitas, fala de crimes contra a liberdade religiosa, torturas, prisões, campos de concentração, fome e outros absurdos sem nada provar. Seu objetivo é denegrir a imagem da Coreia Popular e criar um ambiente na comunidade internacional hostil à RPDC pelo fato do país manter o regime socialista, se recusar a abrir mão de sua soberania nacional e manter uma política externa independente. Não por acaso o relatório foi amplamente divulgado pelos monopólios de mídia em todo o mundo, fiéis defensores dos interesses dos EUA, como parte do processo de manipulação da comunidade internacional e da própria ONU.
Apesar da enorme pressão do governo americano sobre os mais de 180 países durante a reunião, inclusive fazendo ameaças de retaliação econômica, 111 votaram a favor dos EUA, 19 votaram contra, entre eles além de Cuba, China e Rússia, o Vietnã, Bolívia, Venezuela, Irã, Egito e Equador. Entre os 55 que optaram pela abstenção estão: Índia, África do Sul, Indonésia, Malásia, Angola, Moçambique, Arábia Saudita, Argélia, Senegal e Singapura.
Lamentavelmente o Brasil, que sempre teve a tradição de se abster em situações como essa, dessa vez adotou uma posição alinhada aos EUA votando contra a Coreia socialista, endossando as pressões do governo americano e um relatório mentiroso apesar do governo brasileiro e da presidente Dilma saberem muito bem como tudo foi armado. Não pegou bem para o Brasil. Nossa diplomacia jogou no lixo nosso princípio de política externa independente e fez um gol contra o Brasil ao se distanciar dos seus parceiros políticos e econômicos mais tradicionais e em particular dos países BRICS que votaram contra a fraude ou se abstiveram.
O Ministério das Relações Exteriores da RPDC rechaçou as acusações declarando que “os EUA cometeram uma grave provocação política ao aprovar pela força a “resolução de direitos humanos” anti-RPDC instigando a cúpula da União Europeia e o Japão a agirem também assim e colhendo votos a favor mediante a coerção e pressão político-econômica. A “resolução” se baseia em “relatório da comissão de investigação” que recolhe “testemunhos” fabricados por alguns norte-coreanos delinquentes. Nunca houve na história da ONU um antecedente como esse em que um relatório de investigação “fabricado” sem que nenhum integrante da comissão visitasse sequer uma única vez o país fosse posto em votação, e, sem nenhum diálogo com o país interessado fosse adotado como uma resolução da Assembleia Geral. Ainda que os EUA tenham conseguido os votos para a aprovar a “resolução” não poucos países confessaram que votaram a favor não por causa dos direitos humanos na RPDC, mas pelas ameaças de retaliação dos EUA e do Japão. Fato que demonstra que a aprovação dessa “resolução” foi uma fraude política”, afirmou em nota o MINREX da RPDC.
Para afirmar sua política de prioridade à região da Ásia-Pacífico os EUA mantém tropas militares
fortemente armadas, inclusive com arsenais nucleares, na Coreia do Sul e nos mares na Península Coreana, importante e estratégica região para a política americana de dominação do mundo que não aceita a existência de um país independente, com povo unido, patriota e valente decidido a defender a soberania de seu país e o regime de governo que escolheu democrática e livremente – o socialismo – bem na fronteira com a China e a Rússia.
ROSANITA CAMPOS
Fonte: HORA DO POVO