quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em nota, Coreia Popular volta a repelir política hostil dos EUA

O governo da República Popular Democrática da Coreia voltou a rechaçar a resolução de condenação do Conselho de Segurança da ONU, pelo lançamento de um satélite em dezembro. Em nota, o Comitê de Defesa Nacional afirma que a política hostil encabeçada pelos EUA contra seu país entra em sua fase mais perigosa. E adverte que continuará com o lançamento de satélites e mísseis de longo alcance.

Os coreanos asseguraram, ainda, que essas ações estarão dirigidas contra os Estados Unidos, nação chamada de inimiga. Segundo o comunicado, é "preciso concentrar todas as forças não na desnuclearização da Península Coreana, mas na das potências, incluindo os EUA".

A Coreia afirma ainda que, diante das hostilidades destas potências, entra agora no "enfrentamento total", para defender a sua soberania. Veja abaixo o comunicado.

Comunicado
O Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia publicou, nesta quinta-feira (24) uma declaração, que segue abaixo:

O lançamento bem sucedido da unidade número 2 do satélite artificial da Terra "Kwangmyongsong-3" foi um acontecimento jubiloso na história nacional, o que elevou o nível de dignidade e honra do país, e é uma vitória fulminante do programa de desenvolvimento espacial com fins pacíficos, reconhecido pelo mundo.

Os homens do mundo, que amam e a justiça e apreciam a consciência, se regozijam com este êxito surpreendente, alcançado por nosso pequeno país em dimensão territorial, considerando-o como seu.


Até os órgãos especializados do país inimigo, habituados a vetar os outros, tiveram que deixar a sua postura arrogante e reconhecer o sucesso do lançamento do nosso satélite com fins pacíficos.

No entanto, os Estados Unidos continuam este ano a qualificar esse trabalho de desenvolvimento espacial da RPDC de "disparo de míssil de longo alcance", "ato que quebra flagrantemente" a resolução da ONU e um "sério desafio" para a paz e segurança mundo.

Depois de tentar escandalizar com o mesmo tema, finalmente produziu uma nova resolução de sanções anti-RPDC, através do Conselho de Segurança da ONU.

O marco desta resolução foi preparado em negociações secretas patrocinadas pelos EUA, e ela foi aprovada por países membros do Conselho acostumados a obedecer cegamente ao império nas votações.

Este documento comprova que entra em uma nova etapa perigosa a política hostil dos EUA contra a RPDC.

Também sugere que até os países grandes, que devem assumir a liderança no estabelecimento de uma ordem mundial justa, estão faltando sem hesitação com os princípios elementares, sendo coibidos pelo despotismo e a coerção dos EUA

Ao mesmo tempo, mostra que mesmo o Conselho de Segurança da ONU, que deve assumir sua missão de garantir os direitos soberanos e a segurança dos países membros, se deformou como um aparelho internacional nominal em que não se pode depositar nenhuma esperança.

Com relação à aprovação da resolução extremamente injusta contra a RPDC, o Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia solenemente declara os seguintes pontos:

1. Rechaçamos todas as resoluções anti-RPDC, de caráter ilegal, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Não temos reconhecido desde o início as sujas resoluções de sanção anti-RPDC de qualquer tipo, inventadas por forças hostis para atacar a nossa soberania.

A soberania é a vida de cada país e nação.

Um país e nação privados dela são iguais a um cadáver vivo.

O lançamento do satélite artificial é um direito soberano e legítimo da RPDC e o exercício de sua soberania é reconhecido pelo direito internacional.

Portanto, EUA e outros países lançadores de satélites artificiais não têm qualquer justificativa ou razão para intervir neste trabalho.

Neste mundo, claro, não se aceita a estúpida insistência de que o lançado por si mesmo é satélite artificial e o lançado pelo outro é um míssil de longo alcance.

Os EUA devem perceber que o tempo mudou e evoluiu também o nosso exército e o povo.

Em meio à luta para defender a soberania, nossos satélites artificiais com fins pacíficos serão lançados um após o outro até o espaço cósmico.

2. Dado que entra na fase mais perigosa a política hostil dos EUA para a RPDC, é preciso concentrar todas as forças não na desnuclearização da Península Coreana, mas na das potências, incluindo os EUA.

A ameaça mais séria à paz e à segurança na Península Coreana é a política hostil dos EUA para a RPDC e de outras forças hostis e das enormes forças armadas nucleares do império que a sustentam.

Nesse sentido, o nosso exército e povo tiraram a conclusão final de que se conquistará a desnuclearização da península coreana e se garantirá a paz e a segurança da RPDC somente quando sejam desnuclearizados primeira e perfeitamente os EUA e o resto do mundo.

Os EUA se colocaram à frente dos ataques contra a soberania da RPDC, e as forças-satélite coordenam suas ações com este país, devido a que o Conselho de Segurança da ONU se tornou um aparato carente de impacialidade e equilíbrio.

Nestas circunstâncias, nós declaramos a todo o mundo que não existem mais as conversações de seis partes, nem a declaração conjunta de 19 de setembro.

A partir de agora, não haverá nenhum diálogo para discutir a desnuclearização da Península Coreana, embora se abram as negociações para a paz e a estabilidade na região, incluindo a Península Coreana.

3. Entraremos no enfrentamento total para defender a soberania do país e a nação, frustrando as manobras hostis dos EUA para a RPDC e de seus satélites insanos.

A resolução de sanção anti-RPDC aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, sob o papel protagônico dos EUA, é a fase mais perigosa da brutal política hostil contra a RPDC.

Nosso exército e nosso povo não são os que permanecem na inação ante a violação da soberania nacional e dos mais altos interesses do país.

Dada a situação de agora, o nosso exército e o povo se levantarão unanimemente na batalha de confrontação total para defender a soberania, mais valiosa do que a sua vida, e frustrar as manobras dos EUA e de outras forças hostis que visam esmagar e isolar a Coreia do Norte.

A construção da potência econômica, a campanha para conquistar o cosmos já em nova etapa e o fortalecimento da dissuasão para a defesa nacional e a segurança do país, que impulsionam todos os nossos militares e habitantes, serão orientadas e submetidas à batalha de enfrentamento total.

Nessa batalha, nova etapa da luta anti-ianque que prossegue de século em século, nós não escondemos que os satélites artificiais de vários tipos, a serem lançados sucessivamente, os foguetes de longo alcance e o teste nuclear de alto nível a ser executado tomam por seu alvo os EUA, inimigo jurado do povo coreano.

Com os EUA, que toma a lei da selva como seu modo de existência, temos que acertar as contas não com palavras, mas com fuzis.

O mundo verá claramente como castigam as forças hostis de todos os matizes e se fazem vencedores finais o nosso exército e o nosso povo, que, convencidos da justeza de sua causa, marcham como torrente pela justa estrada na defesa de sua soberania.

Fonte: Portal Vermelho